quarta-feira, 30 de junho de 2021

Noslen - Funções do SE

 Hoje vamos concentrar nosso estudo em uma palavra de pequena extensão, mas com inúmeras qualidades. Estamos falando da palavra SE, uma simples partícula que pode apresentar funções sintáticas importantes em textos escritos de acordo com a norma culta, aquela que segue a gramática normativa, já abordada aqui no blog. 


Provavelmente, seu primeiro contato com essa palavra, na escola, durante o estudo da língua portuguesa, deve ter ocorrido durante a aprendizagem de pronomes pessoais. Ela tem característica pronominal (pronome pessoal oblíquo) e é um importante elemento de coesão textual, uma vez que se une ao verbo substituindo termos já mencionados num momento anterior, seja na fala ou na escrita, e, assim, evitando a repetição de tais informações. 


O uso de SE, contudo, é muito mais rico e variado do que podemos imaginar. Por isso, daremos uma conferida em outros casos para que você possa ampliar suas opções quando diante do desafio de produzir um discurso de qualidade nas duas modalidades da língua. Vamos iniciar nossa análise? Vejamos.

Partícula apassivadora/Pronome apassivador


Normalmente ligada a verbos transitivos diretos, expressa a voz passiva de uma ação, ou seja, trata de uma ação que foi sofrida por algo ou por alguém. Como o verbo, nestes casos, costuma ser conjugado na 3ª pessoa, a partícula SE gera o que chamamos de voz passiva sintética. 


Exemplo: Alugam-se casas.


                  Cobra-se taxa.

Parte integrante do verbo


Nestes casos, costuma estar ligada aos chamados verbos pronominais, aqueles que denotam ações próprias do sujeito, sentimento ou mudança de estado. Alguns exemplos desses verbos: amar-se; valorizar-se; queixar-se; vitimizar-se; arrepender-se; suicidar-se; zangar-se; formar-se; aposentar-se; casar-se.


Exemplo: Arrependeu-se amargamente daquela decisão.

Pronome reflexivo


Costuma ser objeto direto do verbo, expressando uma ação que o sujeito realiza para si mesmo. Alguns verbos que, acompanhados do pronome, têm sentido de “a si mesmo”: cortar-se; machucar-se; distrair-se; punir-se; pentear-se.


Exemplo: Ele machucou-se durante o jogo de futebol.

Partícula de realce ou expletiva


Em casos como esse, costuma ligar-se a verbos intransitivos a fim de destacar a ideia da ação. Pode ser facilmente retirado da oração, sem alterar seu sentido. Não exerce função sintática, apenas estilística.


Exemplo: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.

Índice de indeterminação do sujeito


Assume essa função quando ligado a verbo transitivo indireto, intransitivo ou de ligação conjugados na 3ª pessoa do singular, o que torna o sujeito indeterminado. 


Exemplo: Precisa-se de funcionários com experiência. / Trabalha-se durante o dia. / Está-se insatisfeito com o governo. (nesse caso, é impossível identificar o sujeito)

Conjunção


Ao exercer a função de conjunção, SE acaba ligando orações que possuem uma relação de dependência sintática entre si. Tais orações são classificadas como subordinadas. Essa ligação acaba originando relações de sentido diversas, de acordo com o que se deseja dizer. Enquanto conjunção a palavra SE pode ser:


Conjunção subordinativa integrante (em orações subordinadas substantivas)

Exemplo: Carlos não disse se vai ao jantar de amanhã. (observe que SE liga a oração principal a uma oração subordinada substantiva e pode ser substituída por 'isso', exercendo a função de objeto direto do verbo dizer, introduzindo um sentido de dúvida, aproximando-se do advérbio 'talvez', diferente do 'que', que introduz uma certeza e se aproxima do 'certamente')


Conjunção subordinativa causal (em subordinadas adverbiais)

Exemplo: Se não conseguiu se preparar a tempo, não deveria ter feito o concurso. (observe que SE pode ser substituído por 'já que', estabelecendo uma relação de causa entre as orações.)


Conjunção subordinativa condicional (em subordinadas adverbiais)

Exemplo: Se não fizer a tarefa, não poderá ir ao cinema com seus amigos. (observe que SE estabelece uma relação de condição entre as orações e pode ser substituída por 'caso'. A condição para ir ao cinema com os amigos é fazer a tarefa.)


Como acabamos de ver, SE é uma palavra de inúmeras facetas, que agora pode ser usada por você sem dúvidas nem erros. É muito fácil usá-la a seu favor de modo a aprimorar o seu discurso todos os dias! 

Noslen - Transitividade verbal

 Quando falamos em transitividade ou intransitividade verbal, estamos nos referindo à necessidade (ou não) dos verbos se relacionarem com complementos. Existem verbos que precisam de outras informações para fazerem sentido para o falante/ouvinte, outros já possuem sentido completo por si só. Há, ainda, aqueles verbos que podem ora precisar de complemento, ora não. A transitividade não é algo fixo, imutável, não é 2 + 2 = 4 como na matemática. Difícil de entender? Não se preocupe, vou explicar agora tudo que você precisa saber sobre o assunto!

Antes de mais nada, transitivo vem de trânsito, que significa deslocamento, e de transitar, que significa movimentar. 

Só de brincadeira, para o comédia do professor Sidney Martins, transitivo vem de transar.



Verbos transitivos


Claramente, são aqueles verbos que precisam de complemento, assim como precisamos de um companheiro ou companheira para transar. Para você compreender melhor, vou usar como exemplo os verbos amar e gostar. É preciso observar que ambos, normalmente, vão exigir um complemento para que aquilo que você deseja dizer faça sentido. Afinal, amamos algo ou alguém, gostamos de algo ou de alguém.


Imagine que, em uma situação sem contexto definido, alguém se aproxime de você e diga: “Eu amo.” Você certamente, sem entender muita coisa, perguntará: “Ama o quê?” Esta pergunta mostra que amar é um verbo transitivo, ou seja, um verbo que precisa de uma informação complementar para ter seu sentido completo. O mesmo acontece com gostar. Vamos ver alguns verbos transitivos em frases para que você possa perceber com maior facilidade a necessidade que eles têm de complemento.


Enviarei a encomenda amanhã. (enviarei o quê?)


Terminei a sobremesa para a festa do João. (terminei o quê?)


Comecei o curso de italiano ontem. (começou o quê?)


Todos os verbos que verificamos anteriormente precisam de complemento, certo? Por este motivo, nós os chamamos de verbos transitivos.


Os verbos transitivos podem ser de dois tipos: diretos ou indiretos. Os diretos são aqueles que se ligam ao seu complemento sem a presença de uma preposição entre ambos. Os indiretos precisam de uma preposição para se relacionarem com seus complementos. Vamos relembrar os verbos amar e gostar, que acabei de citar. Aproveito para dar dois exemplos.


Eu amo pipoca.


Eu gosto de pipoca.


O verbo amar é transitivo direto, perceba que não há nenhuma preposição entre ele e seu complemento. Já o verbo gostar é transitivo indireto, pois existe a preposição DE entre ele e o objeto pipoca. Resumindo:


Verbo transitivo direto (VTD): liga-se ao complemento SEM PREPOSIÇÃO, exceto em casos especiais: objeto direto preposicionado, por exemplo.


Verbo transitivo indireto (VTI): liga-se ao complemento COM PREPOSIÇÃO.


“Professor, como posso identificar uma preposição reconhecer casos como esse?” Tem um post muito legal sobre o assunto no aqui no blog. Dá uma olhada aqui! 


Existem verbos que podem ser transitivos diretos e indiretos ao mesmo tempo, quero dizer, numa mesma frase. São os chamados VTDI. Quer saber como funcionam? Vamos analisar o exemplo a seguir.


Ele comunicou a demissão aos colegas.


O verbo comunicar está ligado a dois complementos aqui. Ele comunicou o quê? A demissão. Comunicou a quem? Aos colegas. No primeiro caso, não temos a presença de uma preposição, apenas um artigo acompanhado do substantivo abstrato “demissão”. No segundo exemplo, encontramos a preposição a junto ao artigo o (formando ao). Eu posso comunicar ALGO (transitivo direto) A ALGUÉM (transitivo indireto). Assim, percebemos facilmente que comunicar é um VTDI.


Os complementos dos verbos transitivos são chamados de objeto. Se o verbo é transitivo direto, temos um objeto direto (OD). Se o verbo é transitivo indireto, temos um objeto indireto (OI).


Verbos intransitivos


Antes de falar mais a fundo sobre os verbos intransitivos, é preciso lembrar que a transitividade verbal não é algo fixo. Não entendeu? Vou explicar. Um mesmo verbo, a depender do contexto em que é empregado, pode se apresentar de forma transitiva ou intransitiva. Vejamos como isso acontece com dois exemplos.


Ele come salada todos os dias.


Ele come muito.


No primeiro exemplo, o verbo comer é transitivo, pois pede o complemento salada. Neste contexto, é preciso que haja o objeto para que tenhamos um significado completo acerca daquilo que se deseja dizer. Existe a necessidade de se especificar o que o sujeito come todos os dias.


No segundo exemplo, o que se deseja é mostrar que o sujeito, provavelmente, come mais que deveria, come bastante. A palavra “muito” não é complemento do verbo, mas um advérbio que intensifica a ação de comer. Não há especificação sobre o que o sujeito come, portanto não há complemento. Sendo assim, comer se torna intransitivo.


De maneira geral, os verbos intransitivos são aqueles que possuem seu sentido completo, não precisando de nenhuma informação complementar. Morrer e nascer, por exemplo, não precisam estar ligados a um objeto. Quem nasce simplesmente nasce. Quem morre simplesmente morre. Outros exemplos de verbos intransitivos: viver, chegar, dormir, andar, chegar, ir, sair, subir, descer, voltar, comparecer, morar, existir, acontecer, ocorrer, faltar, bastar, sobrar, restar etc. Vejamos um exemplo contextualizado.


Ele chegou!


Observe que não há necessidade de fazer aquela clássica pergunta: “Chegou o quê?” Neste contexto, o verbo é intransitivo. É diferente de eu dizer algo como “Chegou a encomenda que você pediu.” Esta é uma outra situação em que desejamos complementar o verbo. Lembre-se de que acabei de afirmar que a transitividade é algo mutável. Outro exemplo:


Eu durmo à tarde.


Quem dorme simplesmente dorme. Você pode questionar: “Professor, à tarde não é um complemento?” Responderei que não, este fragmento é um adjunto adverbial de tempo, ele expressa uma circunstância sobre o período em que o sujeito da oração dorme.


Ser intransitivo não faz, necessariamente, com que o verbo tenha de ficar isolado em uma frase, ele pode estar acompanhado de uma informação sem que essa seja complementar. Adjuntos adverbiais (tempo, modo, lugar, causa, finalidade etc.) são acessórios, ou seja, podem acompanhar ou não o verbo sem interferir em seu sentido. O que temos no exemplo anterior é uma informação adicional, não um complemento.

Noslen - Verbo

 Você ainda tem dificuldade para compreender a função dos verbos? Fica difícil reconhecer um verbo numa frase, especialmente quando está diante de atividades de língua portuguesa? Saiba que muita gente sente esta mesma dificuldade. Por isso, hoje vamos dar algumas dicas que te ajudarão a compreender e a usar esta palavrinha aparentemente enigmática de uma vez por todas!


Para entender a função dessa classe gramatical, é importante, primeiramente, refletir sobre o que é um verbo. Em nossas interações cotidianas, participamos daquilo a que chamamos de discurso. Cada participante tem seu turno de fala, que, sabemos, na maioria das vezes, se organiza de maneira mais caótica do que a teoria prega. Durante nossas trocas conversacionais, assumimos “postos” diferentes e acabamos realizando o papel de pessoas do discurso. Existem, basicamente, três pessoas:


1ª pessoa (singular ou plural): aquela que fala.


2ª pessoa (singular ou plural): aquela com quem se fala.


3ª pessoa (singular ou plural): aquela ou aquilo sobre quem/o que se fala.

Não entendeu? Pois bem, imagine-se conversando com seu amigo sobre aquele filme comentadíssimo, lançado recentemente no cinema. Você, enquanto estiver comentando a respeito do filme, será a 1ª pessoa (aquela que fala), seu amigo, que ouve sua fala, será a 2ª pessoa (aquela com quem se fala) e o filme, ou seja, o assunto da conversa, será a 3ª pessoa (aquilo sobre o que se fala). Obviamente, tais posições se alternam conforme o turno de fala assumido. 


Os verbos costumam permear todas as nossas conversas, tanto que essas pessoas sobre as quais você acabou de ler são, também, chamadas de pessoas verbais. Os verbos aparecem em nossas conversas como forma de exprimir certos eventos situados num determinado tempo, de um determinado modo e com um certo alguém. Quer entender melhor? Leia a frase a seguir. Suponha que você tenha dito ao seu amigo:


“Ontem, finalmente, assisti ao filme.” 


O verbo assistir exprime uma ação realizada por você. Você foi ao cinema, comprou o ingresso e viu o filme. Podemos afirmar que, na frase em destaque, ele está conjugado na 1ª pessoa do singular (eu – a pessoa que fala), no modo indicativo, que costuma referir-se a ações que certamente aconteceram, estão acontecendo ou vão acontecer. O tempo verbal é o pretérito perfeito, pois se trata de uma ação realizada, já concluída. Isso mostra que uma única palavra pode nos dar muitas informações, perceba que o sujeito não precisou estar explícito na frase para percebermos de quem se trata. O verbo nos deu essa informação.

Resumidamente falando, verbos são palavras que expressam ações, estados e fenômenos, todos situados no tempo. Veja um exemplo para cada situação.


 


João trabalha em seu projeto de mestrado. (o verbo trabalhar expressa uma ação.)


João permaneceu calado diante daquela discussão. (o verbo permanecer indica estado.)


Choveu durante toda a noite. (o verbo chover, impessoal, indica um fenômeno.)


Verbos de ação exprimem ações realizadas pelo sujeito, temos como exemplo os verbos comer, trabalhar, estudar, ouvir, cair, entre outros. Ex.: O grupo auxilia pessoas carentes.


Verbos de estado exprimem uma situação ou condição do sujeito. Quando afirmo, por exemplo, que João fala inglês, estou expondo uma condição a seu respeito. Se digo que João está doente, exponho uma situação sua. Ex.: Ela parece pensativa. / O técnico ficou doente.


Verbos que exprimem fenômenos da natureza são, normalmente, impessoais. Temos como exemplo chover, nevar, ventar, entre outros. Ex.: Trovejou a noite inteira.


Exemplos: Gritos interromperam a palestra. (ação) / Seus olhos estavam inquietos. (estado) / Fiquei nervoso. (mudança de estado) / Nevou em São Joaquim. (fenômeno da natureza)


Preparamos, a seguir, um “resumão” que vai te ajudar a entender tudo sobre o funcionamento dessa classe gramatical fundamental nas situações conversacionais. Leia com atenção para se dar bem!

 


Radical, terminação e vogal temática


Radical = é a raiz da palavra (invariável e que costuma se repetir em todas as estruturas, especialmente nos verbos regulares). Veja: eu cozinho, tu cozinhas, ele/ela cozinha, nós cozinhamos, vós cozinhais, eles/elas cozinham.


Perceba que a estrutura em destaque permaneceu a mesma em todas as conjugações. 


Terminação = é a parte do verbo que flexiona conforme modo, tempo, número e pessoa. Observe: eu cozinhei. Recebem nomes específicos: desinência modo-temporal e desinência número-pessoal.


A estrutura em destaque nos dá as seguintes informações: pessoa (1ª pessoa do plural); modo (indicativo); tempo (pretérito perfeito); número (plural).


Vogal temática = caracteriza a conjugação. Pode ser percebida quando o verbo se encontra no infinitivo. São elas:


1ª conjugação: verbos terminados em -AR (amar)


2ª conjugação: verbos terminados em -ER (correr)


3ª conjugação: verbos terminados em -IR (sorrir)


Verbos com terminação em -OR como pôr e seus derivados pertencem à 2ª conjugação. Livros de gramática costumam justificar essa classificação, afirmando que, em certas conjugações, eles conservam a vogal de forma antiga da palavra, e também em formas como poente (sol poente), poedeira (galinha poedeira) e depoimento. Pus-e-stes (por, na forma antiga, era “poer”) ou compus-e-s-te (compor, na forma antiga, componere) são exemplos. 

 


Modos verbais


São eles:


Indicativo: ideia de certeza, convicção.


Exemplo: Caminhamos ontem na praia.


Subjuntivo: ideia de hipótese, condição, incerteza, dúvida.


Exemplo: Se eu caminhasse mais, perderia aqueles quilinhos. 


Imperativo: ideia de ordem, conselho, pedido, súplica, convite, recomendação, alerta.


Exemplo: Caminhe todos os dias, pois faz bem à saúde. 


Tempos verbais


Cada modo verbal apresenta tempos dentro dos quais o verbo pode ser conjugado. O indicativo apresenta:


Pretérito perfeito: ideia de ação ocorrida no passado e já finalizada. Ex.: Eu cozinhei hoje.


Pretérito imperfeito: ideia de ação contínua no passado, que acontece em relação a um fato passado, fato passado impreciso quanto ao tempo. 


Ex.: No meu tempo, aquele chef cozinhava no meu restaurante. 


Dormia quando você entrou e me acordou.


Era uma vez uma menina que morava no alto da colina...


Pretérito mais-que-perfeito: ação realizada no passado, concluída e anterior ao pretérito perfeito. Também é usado para indicar desejo.


Ex.: Ela cozinhara para seus amigos antes de partir. 


Quem me dera!


Presente: ação que ocorre no momento da fala, que expressa um fato ocorrido no passado, uma verdade universal, a atenuação do tom do imperativo, um fato habitual ou até mesmo um fato futuro (mais comum na linguagem informal) Veja os exemplos:


Cozinho seu prato preferido neste momento. (ação ocorrida no momento da fala)


Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil. (atualidade a fato ocorrido no passado - presente histórico)


Amanhã, cozinho aquele prato especial para você. (futuro próximo, com certeza de que ocorrerá)


Não trabalho aos domingos. (ação habitual)


O Brasil possui um imenso litoral. (verdade universal)


Vocês resolvem esse problema para mim? (tom do imperativo atenuado)


Futuro do presente: indica uma ação que vai ocorrer, dúvida ou incerteza, um desejo ou uma ordem, com valor imperativo. Veja os exemplos: 


Cozinharei para meus amigos amanhã. 


Não terás outros deuses além de mim.


Será que o projeto foi concluído?


Futuro do pretérito (ou condicional): exprime uma ação não realizada que depende de uma condição para acontecer, sugestão ou pedido de uma forma mais educada, surpresa ou indignação sobre um fato, fato incerto com hipótese.


Cozinharia para você se não estivesse ocupada. 


Naquela época, eu teria uns trinta anos. (suposição)


Quem diria! (surpresa)


Nunca faria uma coisa dessas! (indignação)


Você poderia repetir o que acabou de dizer? (polidez de um pedido, em substituição ao imperativo)


O subjuntivo apresenta os tempos:


Presente: É necessário que eu cozinhe amanhã. (fato atual expressando uma possibilidade)


Pretérito imperfeito: Se eu cozinhasse bem, passaria no teste. (fato passado dependente de outro)


Futuro: Quando eu cozinhar bem, vou me candidatar à vaga daquele restaurante. (fato futuro relacionado a outro)


Diferente do indicativo e do subjuntivo, o imperativo não possui tempo verbal, apenas uma forma afirmativa e outra negativa.


Afirmativo: Cozinha a pasta por mais tempo. 


Negativo: Não cozinhe a pasta por tanto tempo.


Formas nominais


Ocorrem quando o verbo perde seu valor de verbo e passa a ter valor de nome, podendo, inclusive, exercer a função de substantivo, adjetivo ou advérbio. 


São elas:


Infinitivo = amar


Gerúndio = amando


Particípio = amado


Locuções verbais


Conjuntos de verbos que, em uma mesma oração, desempenham o papel de um único verbo. São compostas por um verbo auxiliar e um verbo principal.


Exemplo: Estava caminhando.


Verbo auxiliar = estava (indica pessoa, tempo e modo da ação)


Verbo principal = caminhando (indica o significado da ação)

Noslen - Concordância com os pronomes relativos que e quem

 Falar de concordância verbal não é tão simples, afinal, esse é um conteúdo repleto de regras. No entanto, eu já mostrei para você aqui no blog que esse assunto pode ser estudado de forma mais descomplicada. Se quiser rever esse post, clique aqui: Exercícios de Concordância Verbal.


Hoje, vamos retomar uma dessas regras e abordar especificamente a concordância verbal com os pronomes relativos que e quem. 


Observe as seguintes frases:


(a) Fui eu que fiz nosso jantar.


(b) Fui eu que fez nosso jantar.


(c) Fui eu quem fiz nosso jantar.


(d) Fui eu quem fez nosso jantar.


Nas orações (a) e (b), o verbo “fazer” tem o “que” como sujeito. Porém, como se trata de um pronome relativo universal (que pode fazer referência tanto a coisas quanto a pessoas), o “que” não tem força de sujeito. Logo, obrigatoriamente, o verbo “fazer” deverá concordar, em número e pessoa, com o termo que antecede o pronome relativo, que, nesse caso, é o pronome pessoal “eu”.  Sendo assim, a oração (a) está correta, e a (b), incorreta. 


Já nas orações (c) e (d) é o “quem” que atua como sujeito do verbo “fazer”. Considerando que tal pronome relativo refere-se apenas a pessoas e é um pronome de 3.ª pessoa, ele terá, sim, força de sujeito na oração. Desse modo, o verbo deverá concordar com a 3.ª pessoa do singular, como em (d). Porém, há gramáticas que também consideram a possibilidade de concordância com o pronome anterior, como em (c). Ou seja, as orações (c) e (d) são possíveis – sendo preferível e mais adequado à norma culta o que temos em (d).


Então, de forma resumida, temos:


sujeito que – o verbo concorda com o termo anterior ao pronome.

Fui eu que comprei as flores.


Foste tu que compraste as flores.


Foi ele que comprou as flores.


Fomos nós que compramos as flores.


Fostes vós que comprastes as flores.


Foram eles que compraram as flores.


sujeito quem – o verbo fica na 3.ª pessoa do singular ou concorda com o termo anterior ao pronome, quando se pretende fazer uma concordância enfática.

Fui eu quem ajudou / ajudei Maria.


Foste tu quem ajudou / ajudaste Maria.


Foi ele quem ajudou Maria.


Fomos nós quem ajudou / ajudamos Maria.


Fostes vós quem ajudou / ajudastes Maria.


Foram eles quem ajudou / ajudaram Maria.

Noslen - Flexão dos substantivos: gênero, número e grau

 Como sabemos, os substantivos são palavras variáveis. Dessa forma, podem ser flexionados em gênero, número e grau. No post de hoje, vamos verificar, de maneira bastante objetiva, como isso ocorre. Tenho certeza de que todas as suas dúvidas a respeito do assunto serão resolvidas. Vem comigo!


FLEXÃO DE GÊNERO


Quando falamos em gênero, estamos nos referindo a masculino e feminino. Normalmente, os substantivos apresentam a desinência A e O para diferenciar um do outro: gato, gata, menino, menina, aluno, aluna, etc. É claro que nem sempre podemos considerar a flexão dessa forma, já que existe certa complexidade na definição do gênero. Há palavras que não dependem desse tipo de desinência para a distinção entre masculino ou feminino, bons exemplos disso são homem, mulher, artista, criança, entre outros. 


Existem os substantivos denominados biformes e aqueles denominados uniformes. Vamos verificar agora como funciona cada caso. 


Substantivo biforme


É aquele que apresenta uma forma para o masculino e outra para o feminino. Podemos citar desde os que variam por meio da desinência até aqueles cuja estrutura é completamente modificada para designar o gênero. Alguns exemplos são: garoto e garota, funcionário e funcionária, filho e filha, pai e mãe, ator e atriz, marido e esposa e assim por diante. 


Alguns mudam de sentido: o capital (dinheiro) e a capital (cidade), o rádio (aparelho) e a rádio (emissora), o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo), o crisma (óleo) e a crisma (sacramento), o moral (estado de espírito) e a moral (ética), o grama (medida de massa) e a grama (planta).


Substantivo uniforme


Basicamente, é aquele que apresenta uma única forma para designar tanto masculino quanto feminino. Nesse caso, há alguns tipos diferentes que funcionam das maneiras destacadas a seguir.


Substantivos comuns de dois gêneros


Apresentam a mesma forma para ambos os gêneros, apresentando distinção por meio dos artigos definidos ou indefinidos o(s), a(s), um(ns), uma(s): o/a artista, o/a repórter, o/a estudante, o/a jovem, o/a dentista, o/a terapeuta, o/a chefe, o/a cliente, o/a gerente, o/a taxista, o/a assistente, o/a agente, o/a lojista, o/a repórter, o/a imigrante, o/a patriota.


Substantivos sobrecomuns


Apresentam uma só forma para denominar ambos os gêneros e são usados para referência a pessoas: a criança, a criatura, a vítima, a pessoa, o cônjuge, o ídolo, a testemunha, o indivíduo, o modelo.


 Substantivos epicenos


Apresentam um só gênero, independente da referência a masculino ou feminino. Costumam ser usados na definição de espécies animais: a aranha, a águia, a borboleta, o beija-flor, a capivara, a cobra, a formiga, o jacaré, o mosquito, a onça, o tatu, o tigre. 


Dessa forma, como fazemos exatamente para distinguir o gênero? Usando as palavras macho e fêmea: jacaré fêmea, tigre macho, onça fêmea, capivara fêmea, etc. 


FLEXÃO DE NÚMERO


Gramaticalmente falando, a flexão de número diz respeito a singular e plural. A forma mais básica de conferir singular e plural a um substantivo é, respectivamente, a supressão ou a inclusão da consoante S: amigo ou amigos, aluna ou alunas, bolo ou bolos, calça ou calças, etc. 


É importante saber, contudo, que existem outras formas de definição de número de um substantivo. Assim, algumas diferenças quanto à formação do plural ficam bastante visíveis. Vejamos como funcionam essas “regrinhas”. 


No singular termina com -r – no plural termina com -res: mulher, mulheres. 


No singular termina com -s – no plural termina com -ses: freguês, fregueses. 


No singular termina com -z – no plural termina com -zes: rapaz, rapazes. 


No singular termina com -ão – no plural termina com -ões: calção, calções. 


No singular termina com -ão – no plural termina com -ãos: órfão, órfãos. 


No singular termina com -ão – no plural termina com -ães: pão, pães. 


No singular termina com -m – no plural termina com -ns: som, sons. 


No singular termina com -n – no plural termina com -ns: hífen, hifens. 


No singular termina com -al – no plural termina com -ais: pardal, pardais. 


No singular termina com -el – no plural termina com -éis: carrossel, carrosséis. 


No singular termina com -ol – no plural termina com -óis: anzol, anzóis. 


No singular termina com -il – no plural termina com -is: fuzil, fuzis.  


No singular termina com -il – no plural termina com -eis: míssil, mísseis.  


Obviamente, existem muitas maneiras de formar o plural, a língua portuguesa é cheia de exceções: o plural de cônsul, por exemplo, é cônsules. Por isso, de nada adianta ficar apenas decorando regras, é preciso aprender a forma adequada do plural também por meio da leitura e do uso. 


Alguns substantivos são sempre usados em sua forma plural: os óculos, os parabéns, as férias, as núpcias, os pêsames, as trevas, as reticências, as finanças.


Existem outros que têm um sentido diferente no singular ou no plural: bem (virtude) e bens (riquezas), féria (remuneração) e férias (descanso), letra (sinal gráfico) e letras (literatura), óculo (luneta) e óculos (lente), costa (litoral) e costas (dorso ou estilo de natação), vencimento (prazo final) e vencimentos (salário).



Plural dos substantivos compostos


Vejamos algumas regras para formar o plural dos substantivos compostos, ou seja, aqueles que possuem mais de um radical ou mesmo palavra. 


Quando os dois elementos forem substantivos, ambos ficam no plural ou apenas o primeiro: couve-flor,  couves-flores e couves-flor; peixe-espada, peixes-espadas e peixes-espada.


Quando os dois elementos forem verbos repetidos, ambos ficam no plural: corre-corre e corres-corres; pula-pula e pulas-pulas. 


Quando houver a sequência verbo + substantivo, flexiona apenas o segundo elemento: guarda-roupas. 


Quando o primeiro elemento for uma palavra invariável e o segundo elemento for um adjetivo, flexiona somente o segundo elemento: vice-presidente e vice-presidentes. 


Quando o substantivo composto for preposicionado, varia apenas o primeiro elemento: cana-de-açúcar e canas-de-açúcar; fim de semana e fins de semana. 


FLEXÃO DE GRAU


Quanto aos substantivos, falamos em grau para fazer referência a tamanho. São, basicamente, três os graus considerados: normal, diminutivo e aumentativo. O primeiro trata de um tamanho considerado normal (casa), enquanto o segundo faz referência a uma diminuição de tamanho (casinha) e o terceiro, a um aumento (casarão). 


Aumentativo 


Pode ser analítico (acompanhado de um adjetivo): casa grande; homem grande; boca grande.


Pode ser sintético (cujo aumento ocorre pelo acréscimo de um sufixo): casarão; homenzarrão; bocarra. 


Alguns exemplos:


Forno: fornalha, fornaça.


Lata: latão.


Rato: ratazana.


Voz: vozeirão.


Diminutivo


Pode ser analítico (acompanhado de um adjetivo): casa pequena, homem pequeno, boca pequena. 


Pode ser sintético (cuja diminuição é indicada pelo acréscimo de um sufixo): casinha; homenzinho; boquinha. 


Alguns exemplos: 


Palácio: palacete. 


Folha: folíolo, folhinha.


Ilha: ilhéu, ilhota.


Parte: partícula.


Algo curioso é o fato de que alguns diminutivos costumam ser usados para denotar certos julgamentos por parte do emissor.  Vejamos dois exemplos.


É um jornaleco que publica inverdades. (jornaleco = jornal de pouca qualidade)


Que fazendinha mais mimosa! (fazendinha = pequena no sentido de bonita, graciosa) 


Existem também palavras que perderam a noção de aumento e diminuição e adquiriram outros sentidos: cartão, fogão, cartilha, folhinha (calendário) e aumentativos e diminutivos formados com o uso de prefixos: supermercado, hipermercado, megaevento, minidicionário, microempresário.


Existe, na internet, uma infinidade de listas com aumentativos e diminutivos das mais variadas palavras. É sempre recomendável pesquisá-las como forma de ampliar o conhecimento a seu respeito. 

Noslen - Vírgula

 Há quem diga que a vírgula é uma pausa na leitura de um texto para respirar. Essa, porém, é uma definição equivocada e que, lamentavelmente, ainda é muito ensinada por aí. 


A vírgula, assim como os sinais de pontuação em geral, auxilia na coesão textual e é uma tentativa de reproduzir, na escrita, as entonações e intenções da fala. Nesse sentido, ela possui usos variados, e é sobre isso que vou explicar a seguir. 


1. Vírgula obrigatória

Para isolar o aposto:

Noslen, professor de português, tem um canal no YouTube.


Para isolar o vocativo, inclusive o vocativo de ofícios e cartas comerciais:

Mãe, você pode me ajudar?


Para separar elementos de mesma função sintática em uma enumeração:

Fui à feira e comprei banana, maçã, tomate, cebola.


Para separar adjunto adverbial anteposto ou intercalado:

No mundo todo, o desmatamento preocupa ambientalistas.


Para indicar termos deslocados de sua posição habitual na oração, objetos antepostos desde que pleonásticos e anacolutos:

O pão, você trouxe?

Aquelas músicas, ouço-as sempre.

Eu, ele sempre está querendo conversar comigo.


Para separar expressões explicativas e retificadoras (além disso, aliás, a saber, assim, na verdade, de fato, com efeito, então, isto é, ou seja, digo, por assim dizer, por exemplo, ou melhor, na minha opinião, em suma, quer dizer, resumindo):

Eu, por exemplo, adoro caminhar no parque.


Para isolar nomes de lugares, em datas escritas por extenso, em endereços e integrantes de dispositivos de lei: 

Brasília, 3 de setembro de 2020. / Rua dos Funcionários, nº 60, Cabral. / Artigo 8, inciso 6.


Para separar orações coordenadas assindéticas:

Taís acordou cedo, tomou banho, saiu.


Para separar orações coordenadas sindéticas, exceto quando introduzidas pela conjunção e:

Fez o que podia, porém não conseguiu ajudá-lo. (adversativa)

Ou vai à missa, ou vai ao parque. (alternativa)

Confio em você, portanto posso contar meu segredo. (conclusiva)

Não demore, que o filme vai começar. (explicativa)


Para separar orações com sujeitos diferentes, ligadas pela conjunção e ou quando este conectivo tem valor adversativo (= mas):

A professora ditava a atividade, e os alunos copiavam.

O carro bateu, e ninguém se feriu.


Para indicar a repetição enfática de conjunção (polissíndeto):

Meu neto corre, e brinca, e pula, e fala, e não para.


Para separar a oração subordinada substantiva apositiva da oração principal. Neste caso, a pontuação mais frequente são os dois-pontos:

Ele me pediu um favor, que eu não o procurasse mais.


Para separar orações adjetivas explicativas, diferenciando-as das restritivas:

As madeireiras, que devastam as florestas, são um problema a ser combatido.


Para indicar a elipse do verbo:

Alice gosta mais de doces. Júlia, de salgados.


Para separar orações subordinadas adverbiais quando antepostas ou intercaladas à oração principal, com exceção da adverbial consecutiva:

Assim que chegamos em casa, meu filho começou a chorar.


Para isolar orações subordinadas adverbiais reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo quando antepostas ou intercaladas à oração principal:

Agindo dessa maneira, você jamais terá o meu apoio.


2. Vírgula proibida

Entre sujeito e predicado:

Os moradores do condomínio Ø elegeram o novo síndico.


Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), a locução verbal de voz passiva e o agente da passiva e o verbo de ligação e o predicativo:

Meus pais gostam muito Ø de viajar.


Entre núcleo nominal e seus adjuntos ou complementos:

A situação Ø da política brasileira está um caos.


Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva, exceto quando for apositiva:

Eu desejo Ø que você seja aprovado no vestibular.

Noslen - Paralelismo sintático e semântico

 É possível que você já tenha produzido paralelismos em suas produções textuais e nem tenha se dado conta disso. Para introduzir de forma clara esse conteúdo, podemos dizer que o paralelismo tem relação com a organização das ideias em um texto. Trata-se de um recurso de coesão textual (ou mesmo de coerência) usado para conferir clareza e objetividade às informações de um texto. O paralelismo é uma sequência de estruturas que se correspondem apresentando semelhança entre si. Muitos gramáticos costumam falar em estruturas paralelas e, portanto, simétricas. Uma redação sem tal recurso pode apresentar problemas quanto ao entendimento daquilo que se deseja afirmar. 


Para compreendermos melhor, vamos analisar o paralelismo sintático e o paralelismo semântico, que dizem respeito, respectivamente, à simetria entre estruturas sintáticas (normalmente, com a mesma função sintática) e à simetria entre ideias de um texto. Vejamos de que modo se organizam. 


Paralelismo sintático

Como você já sabe, quando nos referimos ao paralelismo sintático (também conhecido como paralelismo gramatical), estamos falando, basicamente, de semelhança entre estruturas. Quando mantemos a simetria entre as elas, deixamos o texto mais claro e organizado para o nosso leitor. Vamos observar uma estrutura sem paralelismo para confirmar o quanto isso pode ser prejudicial a um texto. 


“Quer ele deseje organizar a festa ou não, a data do evento não será remarcada.”


Ainda que o período contenha duas conjunções alternativas, não há semelhança entre elas, e isso gera uma assimetria quanto ao que é informado. Como deixarmos as informações relacionadas de maneira mais harmoniosa? Vamos conferir no exemplo a seguir. 


“Quer ele deseje organizar a festa, quer não deseje, a data do evento não será remarcada.”


No exemplo acima, a igualdade entre as conjunções acabou por deixar o texto com uma maior correção e, consequentemente, mais compreensível aos olhos de quem o lê. Percebeu como manter a semelhança entre estruturas torna a leitura do texto mais fácil? É uma questão de ter domínio e usar recursos textuais a nosso favor. Vamos ler mais alguns exemplos de estruturas com e sem paralelismo sintático. 


Sem paralelismo: Não só demonstrou desprezo pelos vizinhos, mas ignorou as regras do condomínio. 


Com paralelismo: Não só demonstrou desprezo pelos vizinhos, mas também ignorou as regras do condomínio. 


O correto uso das conjunções mantém a organização das estruturas e confirma seu caráter aditivo entre uma e outra oração. 


Sem paralelismo: Eu pedi a ele para me encontrar mais cedo e que trouxesse o guarda-chuva. 


Com paralelismo: Eu pedi que ele me encontrasse mais cedo e que trouxesse o guarda-chuva. 


No exemplo anterior, fica ainda mais perceptível a semelhança entre estruturas sintáticas. 


Sem paralelismo: Depois de muitas horas, eles chegaram ao cume da montanha, mas apresentando grande debilidade física.


Com paralelismo: Depois de muitas horas, eles chegaram ao cume da montanha, mas apresentaram grande debilidade física. 


A correspondência quanto à conjugação verbal também cria paralelismo sintático e harmoniza as informações no período. 


Paralelismo semântico

Como já verificamos no início do post, esse paralelismo estabelece a semelhança entre sentidos dos termos usados em um texto. Verificamos, assim, a relação entre palavras cujos significados se aproximam. É isso que torna um texto coerente. Vamos observar um exemplo retirado da internet de um fragmento sem paralelismo semântico. 


“É preciso que os governantes entendam que uma mudança tão brusca como essa afetará a vida de milhões de brasileiros e crianças que vivem no país.”


A estrutura destacada causa, no leitor, a impressão de que brasileiros exclui crianças, ou seja, teríamos brasileiros e crianças de outras nacionalidades. Estranho, não é mesmo?


A proposta de solução para o problema, também retirada da internet, deixa clara a importância do paralelismo. Vejamos a seguir. 


“É preciso que os governantes entendam que uma mudança tão brusca como essa afetará a vida de milhões de brasileiros, quer sejam adultos, quer sejam crianças, que vivem no país.”


A criação de um paralelismo sintático resolveu o problema semântico em questão. 


Agora, é importante conferirmos outros exemplos de paralelismo semântico para deixar ainda mais claro de que maneira ele ocorre em uma frase. 


Sem paralelismo: Com a fome que estava, João comprou pão, queijo e uma nova ferramenta. 


Com paralelismo: Com a fome que estava, João comprou pão, queijo e presunto. 


Observe que “uma nova ferramenta” não é coerente com as demais informações do período. Quando a substituímos por “presunto”, mantemos o sentido de alimentos que correspondem adequadamente à informação de que João está com fome. 


Sem paralelismo: Joana faz aulas de piano, de violão e costura. 


Com paralelismo: Joana faz aulas de piano, de violão e de canto. 


Mais uma vez, é preciso manter a coerência textual por meio do paralelismo semântico, procurando por palavras semelhantes quanto ao significado. 


Sem paralelismo: A gerente do supermercado pediu que Márcio a acompanhasse na vistoria. 


Com paralelismo: A gerente do supermercado pediu que o supervisor de caixa a acompanhasse na vistoria. 


Quem é Márcio? O que o faz acompanhar a gerente? É preciso estabelecer semelhança entre as informações, o que se resolve com o último exemplo. 

Noslen - Falsos sinônimos

 Não é exagero, os falsos sinônimos são constantemente usados no dia a dia. O problema é maior que se pode pensar, pois eles acabam, muitas vezes, apresentando inadequações em nosso discurso, seja falado ou escrito. A ambiguidade está entre esses problemas, o que é muito ruim, pois pode gerar falhas ou mesmo impedir a correta interpretação de um texto. Não pense que apenas você já caiu nessa armadilha, pois isso não é verdade. Mesmo falantes habilidosos já cometeram inadequações nesse sentido.  


O que são, afinal, falsos sinônimos? Como você já deve imaginar, são aquelas palavras muito semelhantes, seja na grafia, som ou mesmo no sentido, mas que, ao contrário daquilo que muitos pensam, não significam exatamente a mesma coisa. Por conta de tal semelhança, acabam sendo usadas uma no lugar da outra, podendo mudar a relação de sentido daquilo que realmente se desejou afirmar. 


Um exemplo clássico de falsos sinônimos se mostra por meio dos termos “haver” e “a ver”. Você já deve ter visto ou mesmo criado frases como a seguinte: “O filme não tem nada haver com o que eu imaginava.” A construção está errada porque não cabe o verbo haver nesse caso. Ele é um verbo impessoal, que costuma ser usado com sentido de existir, acontecer, realizar-se, de tempo transcorrido. Na frase em destaque, devemos usar “a ver” (preposição a + verbo ver), que nos remete à ideia de que o filme não apresenta relação, não corresponde, não diz respeito ao que o locutor imaginava. 


“Pode a ver aglomerações na manifestação de hoje.” (Inadequado)


“Pode haver aglomerações na manifestação de hoje.” (Adequado)


“Não tenho nada haver com essa história.” (Inadequado)


“Não tenho nada a ver com essa história.” (Adequado)


Outro exemplo muito conhecido são as expressões “de encontro a” e “ao encontro de”. Podemos imaginar que signifiquem coisas semelhantes quando, na verdade, são expressões de valores semânticos contrários. A primeira significa ser contra alguma coisa, confrontar algo, ir em sentido contrário. A segunda, por sua vez, tem sentido de algo que é favorável, que se aproxima ou que vai na direção de algo ou alguém. Vejamos algumas frases com o uso correto desses dois casos. 


As decisões da gerente vão de encontro aos interesses dos funcionários. (contra)


As ideias daquele governante vão de encontro ao plano de modernização do país. (contra)


As medidas da empresa vão ao encontro das reivindicações de seus colaboradores. (a favor)


Aquelas leis vão ao encontro das necessidades da população. (a favor)


Como podemos ver, o simples uso inadequado de uma preposição pode fazer toda a diferença quanto ao que se desejou de fato dizer. É preciso dar atenção a isso e, dessa forma, evitar deslizes na fala e na escrita.


Outro cuidado necessário que devemos ter é com as palavras homófonas, aquelas que são pronunciadas da mesma forma, ainda que escritas de maneira diferente. Caça e cassa, cela e sela, traz e trás, vaso e vazo são só algumas das palavras que podem causar a maior confusão na hora de produzir um texto. Procure pesquisar o sentido de cada uma e verá que significam coisas distintas. 


Separei mais alguns exemplos da internet que são verdadeiros clássicos no que diz respeito a falsos sinônimos. Curioso ou curiosa para saber quais são e se já usou algum? Certamente, todos nós já cometemos alguma inadequação com as palavras e expressões a seguir. Vejamos. 


Onde X Aonde


Onde = pronome que se refere a lugar. Tem ideia de permanência.


“Onde você estuda?”


Aonde = significa a que lugar. Usado com ideia de movimento. 


“Aonde iremos no sábado?”


Suplementação X Complementação


Suplementação = algo que é adicional.


“Com a verba suplementar concedida, a escola reformou a biblioteca.”


Complementação = algo que completa. Sentido de segunda parte. 


“A parte complementar da prova foi mais complexa que a primeira.”


Ao invés de X Em vez de 


Ao invés de = ao contrário de. Ideia de oposição.


“Ao invés de dormir, permaneceu acordado.”


Em vez de = no lugar de. Ideia de substituição. 


“Em vez de estudar, ficou assistindo à série de que gostava.”


Todo X Todo o


Todo = sentido de cada, qualquer.


“Todo professor deve ser valorizado.”


“Toda vida importa.”


Todo o = algo inteiro, específico. 


“Todo o país se mobilizou nas manifestações.”


“Toda a cidade participou da campanha de vacinação.”


Comercializar X Vender


Comercializar = ação que abrange vender, comprar, alugar, etc. 


“Nossa empresa comercializa produtos cosméticos há mais de vinte anos.”


Vender = uma das ações referentes a comercializar algo.


“Vendo este carro. Valor a negociar.”


Conflito X Confronto


Conflito = divergência de ideias, posições, atitudes e interesses, confusão. 


“As irmãs resolveram o conflito rapidamente.”


Confronto = enfrentamento, comparação, briga, luta, guerra.


“O confronto entre gangues rivais assustou moradores da comunidade.”


Uma observação: confronto também pode ter a ver com acareação. 


“Os depoimentos das testemunhas foram confrontados na procura de inconsistências.”


Questionar X Perguntar


Questionar = lançar uma dúvida. 


“Os moradores questionaram as novas regras do condomínio.”


Perguntar = indagar. 


“Por que minha resposta está errada?” Perguntou o aluno ao professor. 


Outros exemplos do que parece, mas não é:

acatar = obedecer / acolher = receber, aceitar

arruinado = quem perdeu tudo, ficou em ruínas / destruído = destroçado

em princípio = em tese / a princípio = inicialmente

inúmeros = incontáveis / numerosos = muitos

mesmo = um só / igual = outro

reverter = voltar ao que era antes / inverter = mudar para o oposto / modificar = mudar, alterar

refutar = contestar / rejeitar = negar

desabrigado = quem fica sem casa para morar / desalojado = quem precisou sair de casa

tampouco = nem / tão pouco = muito pouco

roubar = com violência ou ameaça / furtar = sem violência ou ameaça

com reservas = com cuidado, restrições / reservadamente = confidencialmente

escassez = quando há pouco / falta = quando não há

legalizar = tornar legal / descriminalizar = deixar de ser crime

eventual = difícil de acontecer, que ocorre de vez em quando / possível = que pode acontecer / provável = que deve acontecer / potencial = que ainda não é, mas pode vir a ser

implantar = estabelecer, fixar / implementar = realizar, executar

admitir = negativo / confessar, reconhecer = positivo

ao contrário de = coisas opostas / diferentemente = coisas diferentes

aparição = algo súbito e surpreendente / aparecimento = demais casos

chance e oportunidade = coisas positivas / risco, possibilidade e probabilidade = coisas negativas

epidemia = seres humanos / epizootia = animais

explicar = esclarecer / justificar = provar a inocência, demonstrar

extorquir = coisa / ameaçar = pessoa

familiar = adjetivo / parente = substantivo

extradição = acordo entre países / expulsão = decisão unilateral

falência = empresas / insolvência = pessoas físicas

fronteira = entre países / divisa = entre estados / limite = entre municípios

greve = empregado / lockout = patrão


Noslen - Pronomes

 Os nomes são vários e parecidos, por isso podem causar confusão. Para ajudar na sua compreensão, trouxemos neste post a classificação dos pronomes de maneira descomplicada. Mas, antes, vale lembrar o conceito: pronome é a palavra que substitui, retoma ou determina um substantivo na oração.


Pronome pessoal

Os pronomes pessoais são subdivididos em três tipos: pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais oblíquos (incluindo os reflexivos e recíprocos) e pronomes pessoais de tratamento.


Os pronomes pessoais do caso reto substituem o substantivo e assumem principalmente a função de sujeito. Eventualmente, podem funcionar como predicativo do sujeito ou vocativo, esse último com tu e vós. São eles: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas. Exemplos:


Nós fomos à aula.

Eu não sou ele.

Por questão de economia, o pronome pessoal pode ser omitido. Nestes casos, a pessoa do discurso (1ª, 2ª e 3ª) e o número gramatical (singular ou plural) são indicados pela desinência verbal.

Em alguns casos, é fácil confundir se deve ser usado um pronome pessoal reto ou um pronome pessoal oblíquo.


Para eu, para tu, para mim e para ti

As expressões para eu e para tu deverão ser usadas quando assumem a função de sujeito, sendo seguidas de uma ação, ou seja, de um verbo no infinitivo.


Façam silêncio para eu telefonar para este cliente.

Para eu fazer isso, vou precisar da sua ajuda.

Vê se tem algum erro para tu corrigires.

É errado dizer “Ela comprou este caderno para eu.” ou “Ela comprou este caderno para tu.”. Não se pode usar preposição com os pronomes retos eu e tu. Com preposições têm que ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: mim e ti.


Ela comprou este caderno para mim.

Ela comprou este caderno para ti.

Vi ele, ajudei ele, encontrei ele ou vi-o, ajudei-o, encontrei-o

É comum ouvirmos, na linguagem oral, as seguintes construções frásicas: “Ajudei ele na arrumação do armário.” e “Encontrei ela na praia.”. Contudo, estas construções estão erradas, não existem! Nestas frases, os pronomes ele e ela não se referem ao sujeito da ação, por isso não podem ser utilizados pronomes pessoais do caso reto. Têm que ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: o e a.



Ajudei-o na arrumação do armário.

Encontrei-a na praia.

Já os pronomes pessoais oblíquos são tônicos ou átonos. No primeiro caso, aparecem precedidos de preposição. Eles funcionam como objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva ou objeto direto preposicionado. São pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele/ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles/elas. Quando acompanhados da preposição com, esses pronomes obtém as formas comigo, contigo, consigo, conosco e convosco, que normalmente funcionam como adjunto adverbial de companhia. Por exemplo:


João gosta de mim.

Você vai conosco?

Os pronomes oblíquos átonos, por sua vez, não sucedem a preposição, podendo substituir substantivos. Exercem as funções de objeto direto, objeto indireto, adjunto adnominal e sujeito de infinitivo. São eles: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Por exemplo:


Conheci-a na festa.

Homenagearam-me na festa.

Os pronomes de tratamento são uma forma de se dirigir às pessoas de modo familiar, cerimonioso ou oficial. 

Uso dos pronomes de tratamento

Você (v.) - Usado em tratamentos informais, íntimos e familiares. Este pronome, em algumas regiões do Brasil, é substituído pelo pronome pessoal reto tu.



Senhor, senhora, senhorita (Sr., Sr.ª, Srta.) - Usados em tratamentos formais e respeitosos, quando existe um maior distanciamento entre os locutores. Senhor é utilizado quando o tratamento se dirige a homens, senhora é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres casadas e senhorita é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres solteiras.


Vossa Senhoria (V. S.ª) - Usado em tratamento formal a pessoas com grande prestígio, como vereadores, chefes, secretários e diretores de autarquias. Este pronome é também utilizado em textos escritos oficiais, como correspondência comercial, ofícios e requerimentos.


Vossa Excelência (V. Ex.ª) - Usado em tratamento formal a pessoas com alta autoridade, como o Presidente da República, governadores, prefeitos, juízes, ministros, senadores, deputados, embaixadores, juízes, etc., tanto do poder executivo, como do poder legislativo e do poder judiciário. No caso do Presidente da República, deverá ser usado apenas por extenso.


Vossa mercê (V.M.cê) - Antiga forma de tratamento usada em tratamento formal. Originou o você.


Vossa Eminência (V. Em.ª) - Usado em tratamento formal a cardeais, que são eclesiásticos do Sacro Colégio pontifício e participam no conclave para a eleição de um novo Papa.


Vossa Magnificência (V. Mag.ª) - Usado em tratamento formal a reitores de universidades e outras instituições de ensino superior.



Vossa Alteza (V. A) - Usado em tratamento formal a príncipes, princesas, duques e duquesas.


Vossa Majestade (V. M.) - Usado em tratamento formal a reis e rainhas.


Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) - Usado em tratamento formal a imperadores e imperatrizes.


Vossa Santidade (V. S.) - Usado em tratamento formal ao Papa. Este pronome de tratamento é também utilizado por ocidentais em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Dalai Lama, embora não seja utilizado pelos tibetanos.


Vossa Paternidade (V.P.) - Usado em tratamento formal a superiores de ordens religiosas.


Vossa Reverendíssima (V. Rev.mª) - Usado em tratamento formal a sacerdotes, bispos e religiosos em geral.


Vossa Onipotência - Usado em tratamento formal a Deus (sempre por extenso).


Exemplos de frases com pronomes de tratamento

Vossa Excelência estará presente na cerimônia de encerramento?

Vossa Eminência estará presente no conclave?

Estou ansioso pela missa que Vossa Santidade rezará no Rio de Janeiro.

Vossa Majestade cumpriu, na perfeição, o protocolo na missa de entronização do novo Papa.

Vossa Reverendíssima irá ministrar algum sacramento da igreja hoje?

Vossa Magnificência presidirá a cerimônia de encerramento do ano letivo?

Senhorita, queira fazer o favor de me desculpar, suas vontades serão realizadas imediatamente.

Concordância com os pronomes de tratamento

Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2.ª pessoa do singular ou do plural, a concordância verbal deverá ser feita sempre com a 3.ª pessoa do singular ou do plural:


Todos os fiéis da sua paróquia acreditam em si e seguem seus ensinamentos, Vossa Reverendíssima.

Vossa Magnificência, sua opinião e suas decisões são muito importantes para os estudantes desta universidade.

Vossa ou Sua: qual é a diferença?

Além do uso de Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa Majestade,…, também é possível o uso de Sua Senhoria, Sua Alteza, Sua Majestade,… A diferença no uso dessas duas formas é: usamos o pronome vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa e usamos o pronome sua quando estamos falando sobre a pessoa:


Vossa Senhoria quer que eu lhe entregue os ofícios agora?

Lamento informar que Sua Senhoria, o diretor da autarquia municipal, não pode estar presente hoje neste evento.

Pronome de tratamento e a redação oficial

Na redação oficial, os pronomes de tratamento são utilizados no corpo do texto, no vocativo e no endereçamento.



Corpo do texto

O pronome de tratamento pode ser utilizado por extenso ou de forma abreviada:


Convido Vossa Excelência a participar na inauguração do edifício.

Convido V. Ex.ª a participar na inauguração do edifício.

Deverá ser feita a concordância em gênero (masculino e feminino):


Informo que Vossa Excelência será convocado para a assembleia.

Informo que Vossa Excelência será convocada para a assembleia.

Vocativo

O vocativo aparece no início do documento, sendo uma forma de se dirigir ao destinatário. Será sempre seguido de vírgula:


Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

Senhora Senadora,

Senhor Juiz,

Senhora Ministra,

Senhor Embaixador,

Senhora Beneficiária,

Prezado Senhor,

Endereçamento

O endereçamento é utilizado no envelope. É iniciado com o pronome de tratamento adequado, seguido do nome, do cargo e do endereço:


A Sua Excelência o Senhor

A Sua Excelência a Senhora

Ao Senhor

À Senhora


Pronome possessivo

São possessivos os pronomes que substituem ou acompanham o substantivo, indicando relações de posse (coisas possuídas e possuidores, de acordo com as pessoas do discurso). São: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas.


Este carro é meu.

Guardei nossas roupas.

Os pronomes possessivos estabelecem concordância com a pessoa gramatical a que se referem, indicando se há apenas um possuidor (eu, tu, ele, ela) ou se há vários possuidores (nós, vós, eles, elas). Também varia em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) de acordo com o objeto ou ser que é possuído.

No caso de o pronome possessivo determinar vários substantivos, deverá concordar em gênero e número com o substantivo que estiver mais próximo: Nós trouxemos nossas roupas, sapatos e equipamento.

Além da noção de posse, os pronomes possessivos podem transmitir uma ideia de respeito, afeto, ofensa ou cálculo aproximado:


Não se preocupe, minha senhora, nós resolveremos o assunto. (respeito)

Meu filho, por favor, tenha cuidado! (afeto)

Seu irresponsável, você podia ter morrido! (ofensa)

Aquela estátua já deve ter seus 15 anos. (cálculo aproximado)

É facultativa a utilização de um artigo definido antes dos pronomes possessivos, sendo as duas formas corretas:


Meu irmão é muito bonito.

O meu irmão é muito bonito.

O diretor não ouviu minha intervenção.

O diretor não ouviu a minha intervenção.

Algumas palavras, como próprio, mesmo e tão, podem ser usadas para reforçar a ideia de posse transmitida por um pronome possessivo:


Eu resolvo esse assunto pelas minhas próprias mãos.

Foram os teus mesmos amigos que te abandonaram.

Este sorriso tão seu me encanta.

Em algumas situações, os pronomes pessoais oblíquos podem assumir valores equivalentes aos pronomes possessivos, esse uso confere desenvoltura e elegância à frase:


A chuva molhou-te o cabelo. (Molhou o teu cabelo).

Agarrei-lhe a mão. (Agarrei a sua mão).

Atenção!

Na frase “Seu Antônio, o senhor chegará hoje ou manhã?”, a palavra seu não é um pronome possessivo, é uma alteração fonética da palavra senhor.

Pronome demonstrativo

O pronome demonstrativo substitui ou acompanha o substantivo, indicando a posição dos seres em relação às pessoas que participam do discurso, podendo ser contraídos às “em”, “de” e “a”. São pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), isto, isso, aquele(s), aquela(s), aquilo, mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), semelhante(s), tal(is), o(s), a(s).


De quem é aquele lápis?

Saiba mais neste texto.

A diferença no uso dos pronomes demonstrativos é uma questão referencial, relacionada com o espaço (se próximo ou se distante) e com o tempo (se presente ou se passado).



Quando usar este?

O pronome demonstrativo este deve ser usado quando o objeto ou ser que está sendo referido está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. É usado também para referir alguma coisa que vai ser especificada no discurso.


Essas regras também se aplicam às formas contraídas com preposições e flexionadas do pronome: este, esta, estes, estas, isto, neste, nesta, nestes, nestas, deste, desta, destes, destas.


Esta caneta aqui é minha.

Este é o ano do meu casamento.

Isto que está acontecendo é horrível!

Isto será explicado mais à frente.

Neste momento não tenho para nada para fazer.

Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente.

Quando usar esse?

O pronome demonstrativo esse deve ser usado quando o objeto ou ser que está sendo referido está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala. É usado também para indicar um tempo passado recente em relação à pessoa que fala ou alguma coisa que já foi especificada no discurso.


Essas regras também se aplicam às formas contraídas com preposições e flexionadas do pronome: esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse, dessa, desses, dessas.



Essa caneta aí é sua.

Esse foi ser o ano em que fui mãe.

Isso que aconteceu foi horrível!

Isso foi explicado na aula passada.

Nesse dia eu estava nervosa porque tinha visto um acidente.

Antes de se ir embora, coloque tudo dentro desse recipiente que está perto de você.

Quando usar aquele?

O pronome demonstrativo aquele deve ser usado quando o objeto ou ser que está sendo referido está longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala. Também deve ser usado para indicar um passado distante ou para referir algo que foi mencionado com uma grande distância no discurso.


Essas regras também se aplicam às formas contraídas com preposições e flexionadas do pronome: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo, daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo.


Aquela caneta ali é dele.

Aquele foi o melhor ano da minha infância.

Aquilo foi o melhor de tudo.

Ela partiu a perna naquele fim de semana que fomos passear ao campo.

Este livro é daquele menino da 6ª série. Você sabe quem ele é?

Nota: Os pronomes demonstrativos possuem também uma finalidade expressiva, reforçando algum termo anteriormente mencionado.

Pronomes demonstrativos contraídos com preposições

Os pronomes demonstrativos contraem-se com as preposições a, em e de:


Eu moro nesta casa.

Não gosto dessa sua maneira de ser.

Entregue seu teste àquele professor.

Preposição de + pronome demonstrativo:

de + este = deste

de + esta = desta

de + estes = destes

de + estas = destas

de + isto = disto

de + esse = desse

de + essa = dessa

de + esses = desses

de + essas = dessas

de + isso = disso

de + aquele = daquele

de + aquela = daquela

de + aqueles = daqueles

de + aquelas = daquelas

de + aquilo = daquilo



Preposição em + pronome demonstrativo:

em + este = neste

em + esta = nesta

em + estes = nestes

em + estas = nestas

em + isto = nisto

em + esse = nesse

em + essa = nessa

em + esses = nesses

em + essas = nessas

em + isso = nisso

em + aquele = naquele

em + aquela = naquela

em + aqueles = naqueles

em + aquelas = naquelas

em + aquilo = naquilo


Preposição a + pronome demonstrativo:

a + aquele = àquele

a + aquela = àquela

a + aqueles = àqueles

a + aquelas = àquelas

a + aquilo = àquilo



Outros pronomes demonstrativos

Além dos pronomes demonstrativos acima referidos, existem outras palavras que atuam como pronomes demonstrativos:


o, a, os, as;

mesmo, mesma, mesmos, mesmas;

próprio, própria, próprios, próprias;

tal, tais;

semelhante, semelhantes.

Pronome demonstrativo o

O, a, os, as são pronomes demonstrativos quando acompanharem os pronomes que e qual, podendo ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.


Não entendi o que foi dito pelo apresentador. (aquilo que foi dito).

Essa mochila não é a que eu comprei. (aquela que eu comprei).

Pronomes demonstrativos mesmo e próprio

Mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias são pronomes demonstrativos quando reforçam pronomes pessoais e se referem a alguma coisa citada anteriormente.


Ela mesma resolveu o assunto.

Foram os próprios responsáveis que fizeram a confusão.

Pronomes demonstrativos tal e semelhante

Tal, tais, semelhante, semelhantes são pronomes demonstrativos quando se referem a um nome anteriormente citado e transmitem um sentido completo (tal) ou incompleto (semelhante). Podem ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, esse, essa, esses, essas, isso, este, esta, estes, estas, isto. Estes dois pronomes podem ser utilizados ironicamente.


Não tenha semelhante atitude. (aquela atitude)

Em tais momentos, não devemos reagir de cabeça quente. (nesses momentos)

Pronome interrogativo

O pronome interrogativo é usado em perguntas diretas e indiretas. São eles: qual(is), quanto(s), quanta(s), que, quem.


Quanto custa?

Que horas são?

Os pronomes interrogativos que, quem, qual, e quanto se referem a seres diferentes e devem ser usados conforme a ideia que transmitem.



Pronome interrogativo QUE

O pronome interrogativo que se refere principalmente a coisas, podendo perguntar: que coisa? ou que espécie de coisa ou pessoa? Pode vir acompanhado da expressão é que, reforçando a interrogação, bem como ser utilizado para conferir maior ênfase à interrogação.


Que comeremos agora?

Que comunicado ele pretende fazer?

Que é que você fez?

O que terá acontecido?

O que você quer de mim?

Pronome interrogativo QUEM

O pronome interrogativo quem se refere principalmente a pessoas ou coisas personificadas.


Quem quer ir comigo ao cinema?

Gostaria de saber quem é o responsável da empresa.

Pronome interrogativo QUAL

O pronome interrogativo qual se refere a coisas ou a pessoas. Pode transmitir uma ideia de seleção, ou seja, de identificação de um ou vários elementos dentro de um grupo.


Qual é o departamento certo?

Quais são as orientações atuais?

Qual de vocês me ajudará nesta tarefa?

Quais os alunos que foram selecionados para o campeonato?

Pronome interrogativo QUANTO

O pronome interrogativo quanto se refere a coisas ou a pessoas. Transmite uma ideia de quantificação.


Quanto mais terei de aturar?

Quanta farinha é necessária para fazer o bolo?

Quantos problemas você conseguiu acertar?

Quantas inscrições são precisas para que a atividade se realize?

Outros usos dos pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos podem ainda ser usados em exclamações que simbolizem uma interrogação com admiração e espanto:


Que confusão!

Quem diria!

Quanta barbaridade!

Pronome relativo

O pronome relativo retoma um substantivo ou pronome que já foi citado anteriormente na oração. São eles: que, quem, onde, como, quando, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quantas. Veja as frases:


A escola onde estudei era católica.

Este é o livro cuja história é emocionante.

Como usar os pronomes relativos?

Os pronomes relativos apresentam usos diferentes, devendo ser utilizados conforme a ideia que transmitem. Os antecedentes com os quais os pronomes relativos se relacionam podem ser um substantivo, um pronome, um adjetivo, um advérbio ou uma oração.


Uso do pronome relativo QUE

O pronome relativo que é o mais utilizado, sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais.



Emprega-se preferencialmente com preposições com uma só sílaba (a que, com que, de que, em que, por que) e pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as.


Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.

Ele é o candidato que foi selecionado.

Já encontramos a chave que estava desaparecida.

A funcionária que traz a documentação ainda não chegou.

Este é o sabor de que eu mais gosto.

O carro em que eu vim é o do meu marido.

Na realidade, já nem sei o que faço.

Era revisor de textos, o que requer muita atenção.

Uso do pronome relativo QUEM

O pronome relativo quem se refere somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito.


Este é o garoto a quem sempre amei.

A senhora a quem cumprimentei é a minha antiga sogra.

É esta a professora de quem você falou?

Aquele é o rapaz de quem eu gosto.

Meu filho é única pessoa por quem daria a vida.

Esta é a secretária para quem eu trouxe a encomenda dos correios.

O pronome relativo quem pode ser usado sem um termo antecedente:

Quem puder ajudar será bem-vindo.

Quem chegar mais cedo conseguirá os melhores lugares.



Estas frases podem ser entendidas como:

Aquele que puder ajudar será bem-vindo.

Aquele que chegar mais cedo conseguirá os melhores lugares.


Uso do pronome relativo ONDE

O pronome relativo onde é utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para transmitir noções de movimento.


Este é o apartamento onde vivi quando pequena.

O hotel onde ficamos era cinco estrelas.

A cidade onde cresci é muito tranquila.

Não conheço o restaurante onde ela foi almoçar.

O pronome relativo onde pode ser usado sem um termo antecedente:

Fique onde você for feliz.

Estou onde combinamos.


Estas frases podem ser entendidas como:

Fique no lugar em que você for feliz.

Estou no lugar em que combinamos.


Uso do pronome relativo QUAL

O pronome relativo qual vem sempre precedido de um artigo: o qual, a qual, os quais, as quais. Emprega-se preferencialmente depois de preposições com duas ou mais sílabas ou depois de locuções prepositivas (sobre o qual, durante a qual, ao lado dos quais).



Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.

Este é o juiz perante o qual tive de defender o meu ponto de vista.

Estes são as crianças ao lado das quais passei minha infância.

Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.

O nevoeiro, através do qual não se conseguia enxergar, começou a desaparecer.

O pronome relativo qual pode substituir o pronome relativo que:


A professora que foi selecionada para acompanhar os alunos na gincana é a Priscila.

Aquela professora, a qual foi selecionada para acompanhar os alunos na gincana, é a Priscila.

Uso do pronome relativo QUANTO

O pronome relativo quanto aparece maioritariamente depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto e todo, que servem de antecedente. Podem, contudo, ser omitidos.


Compre tanto quanto for preciso.

Ele não fez tudo quanto havia prometido.

Tire tantas folhas quantas quiser.

Ninguém tem tudo quanto quer.

Aquela professora, de tantas quantas tive, sempre foi a minha preferida.

Nenhum tecido, de tantos quantos comprei, agradou o estilista.

Uso do pronome relativo CUJO

O pronome relativo cujo aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída: cujo, cuja, cujos, cujas.



Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.

Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.

Não simpatizo com pessoas cuja atitude é preconceituosa.

Este é o colaborador cujo desempenho foi premiado.

Aquele é o meu vizinho cuja esposa faleceu recentemente.

Pronomes relativos indefinidos (sem antecedente)

Os pronomes quem e onde podem ser utilizados numa frase sem um antecedente, apresentando um valor absoluto. Nessas situações, são chamados de pronomes relativos indefinidos ou de pronomes relativos sem antecedentes.


Quem copiou na prova, foi reprovado. (aquele que)

More onde você quiser. (no lugar em que)

Pronomes relativos e preposições

Os pronomes relativos podem ser ou não precedidos de uma preposição, conforme a regência verbal dos verbos da oração em que estão inseridos.


A rua pela qual passei estava vazia. (passar por)

A situação em que me encontro é complicada. (encontrar-se em)

A pessoa a quem pedi o favor ainda não me respondeu. (pedir a)

Aquela é a menina de quem meu filho gosta. (gostar de)

Este é o livro de que você pode precisar. (precisar de)

Visitei a minha avó materna, em cuja casa passava as férias. (passar em)

Pronome indefinido

O pronome indefinido aplica-se à terceira pessoa, substituindo ou acompanhando o substantivo de maneira vaga, imprecisa ou expressando uma quantidade indefinida. São exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, quem, mais, menos, demais, fulano, sicrano, beltrano, algum(ns), alguma(s), nenhum(ns), nenhuma(s), todo(s), toda(s), outro(s), outra(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), certo(s), certa(s), tanto(s), tanto(s), quanto(s), quanta(s), vário(s), vário(s), bastante(s), qualquer, quaisquer.


Ninguém quer fazer a atividade.

Vimos alguém entrar na sala.

Os pronomes indefinidos apresentam diferentes valores, conforme o contexto frásico em que ocorrem.


Nenhum e algum

O pronome indefinido nenhum assume sempre um sentido negativo. Já o pronome indefinido algum assume um sentido afirmativo quando anteposto ao substantivo e um sentido negativo quando posposto ao substantivo.


Nenhum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura. (sentido negativo)

Algum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura? (sentido afirmativo)

Motivo algum foi apresentado para a desistência da candidatura. (sentido negativo)

Ninguém e alguém

O pronome indefinido ninguém assume sempre um sentido negativo, enquanto o pronome indefinido alguém assume um sentido afirmativo. Ambos se referem a pessoas.


Com certeza, ninguém seguiu este caminho. (sentido negativo)

Com certeza, alguém seguiu este caminho. (sentido afirmativo)

Nada e algo

O pronome indefinido nada assume sempre um sentido negativo, enquanto o pronome indefinido algo assume um sentido afirmativo. Ambos se referem a coisas.



Não pretendia nada, além de uma vida descansada. (sentido negativo)

Queria sempre algo novo. (sentido afirmativo)

O pronome indefinido nada significa principalmente coisa nenhuma, mas pode significar alguma coisa em frases interrogativas negativas. Pode ainda assumir a função de advérbio quando acompanhado de um substantivo.


Não quero nada, obrigado! (coisa nenhuma)

Você não viu nada de estranho ontem? (alguma coisa)

Não fiquei nada feliz com meu resultado na prova. (advérbio)

Certo

O pronome certo apenas atua como pronome indefinido quando anteposto ao substantivo, particularizando alguma coisa. Quando posposto ao substantivo assume a função de um adjetivo, sinônimo de correto, certeiro, garantido, combinado, apropriado, entre outros.


Certos alunos ficam para sempre na memória dos professores. (pronome indefinido)

O diretor tomou decisões certas. (adjetivo)

Qualquer

O pronome indefinido qualquer tem como principal função generalizar uma situação. Contudo, assume um valor depreciativo quando posposto a um artigo indefinido ou a um substantivo próprio.



Qualquer ajuda será bem-vinda. (sentido generalizador)

Ele é apenas um qualquer. Nem me vou preocupar com suas opiniões. (sentido depreciativo)

Todo e tudo

Os pronomes indefinidos todo e tudo indicam totalidades afirmativas. O pronome todo, no singular, indica a totalidade das partes. No plural, indica uma totalidade numérica. O pronome tudo representa, normalmente, um termo absoluto.


Ele comeu o bolo todo. (totalidade das partes)

Todos os alunos realizaram a prova. (totalidade numérica)

Já fizemos tudo. (termo absoluto)

Outro

O pronome indefinido outro pode indicar um momento passado ou um momento futuro, como nas expressões outro dia (passado) e no outro dia (futuro).


Outro dia fui ver a exposição de pintura de minha tia.

No outro dia, depois de regressar de viagem, irei ver a exposição de pintura de minha tia.

Pronome adjetivo e pronome substantivo

O pronome liga-se ao substantivo de duas maneiras: acompanhando-o ou substituindo-o.


Os pronomes adjetivos acompanham substantivos, fazendo papel de adjetivo e modificando o substantivo. Por exemplo:


Meu carro é vermelho.

Aquela criança é órfã.

Já os pronomes substantivos são aqueles que substituem os substantivos na frase. Por exemplo:


Poucos conhecem o artista.

Muitos foram selecionados para a vaga.

sábado, 26 de junho de 2021

Nova Rede Telecine - 22/10/2010

A partir de 22 de outubro de 2010, a Rede Telecine apresenta uma série de novidades a seus assinantes. A segmentação ficará ainda melhor e mais completa. A Rede estreia dois novos canais: o Telecine Fun - dedicado a comédias, aventuras, comédias românticas, animações e filmes religiosos; e o Telecine Touch - dedicado a dramas, romances, biografias, musicais e documentários - que substitui o Telecine Light. Para completar o pacote, a rede lança o Telecine Action HD e o Telecine HD, que tem a programação diferenciada do Telecine Premium, passa a ter a mesma programação do Telecine Premium, ganhando o nome de Telecine Premium HD. Com o Action HD, a rede passará a ter três canais em HD, juntamente com o Pipoca, que se torna Telecine Pipoca Alta Definição, em vez de Telecine Pipoca HD. A outra novidade é uma grande mudança no on air look, com logomarcas, chamadas e vinhetas reformuladas. O Telecine Touch é o retorno do Emotion, que em 2007 deu lugar ao Light. O Telecine Fun é o retorno do Happy, que em 2004 deu lugar ao Pipoca, que é um sucesso, o mais visto dos Telecines. Na Net, Sky, Via Embratel, CTBC TV, Oi TV, Jet, Nossa TV, Telefônica TV Digital e TVA, a entrada dos canais é certa, mas não está confirmada para o dia 22, data de seu lançamento oficial. Uma questão importante em discussão é em que número o Telecine Fun entrará. 

Na grade da Sky, os Telecines vão do 60 ao 65. Se o Fun virar o 66, o Canal Brasil, o MGM, os mosaicos Cine Sky e os HBOs terão que mudar de lugar.

Na grade da Telefônica, da Oi TV, da CTBC TV e da TVA, os Telecines vão do 675 ao 679. Se o Fun virar o 680, a TV Justiça, a TV Escola, a TV Câmara, a TV Brasil e a TV Senado terão que mudar de lugar.

Na grade da Net e da Jet, os Telecines vão do 60 ao 65. Se o Fun virar o 66, o ESPN, o Megapix, o Canal Brasil, o Disney, o Animal Planet, o ESPN Brasil, o CNN e os HBOs terão que mudar de lugar.

Na grade da Via Embratel, os Telecines vão do 60 ao 66. Se o Fun virar o 66, o Canal Brasil, o Eurochannel, o Film&Arts e os HBOs terão que mudar de lugar.

A primeira reformulação ocorreu em outubro de 2004, quando o Telecine Happy, dedicado a comédias e animações, transformou-se em Telecine Pipoca, dedicado a filmes dublados, devido ao sucesso das sessões dubladas do Telecine Happy, chamadas de Sessão Pipoca.

A segunda reformulação ocorreu em novembro de 2005, quando o Telecine Classic, dedicado a clássicos do cinema, transformou-se em Telecine Cult, incluindo também filmes independentes, filmes temáticos, filmes de arte e produções europeias, asiáticas e latinas.

A terceira reformulação ocorreu em junho de 2007, quando o Telecine Emotion, dedicado a dramas e romances, transformou-se em Telecine Light, dedicado a comédias e animações. O telespectador associava o termo 'Emotion' a filmes pesados, reclamava que sua vida, as novelas e os noticiários já tinham muito drama, e queria um canal com filmes leves para relaxar após um dia tenso.


Todas as novidades são frutos de pesquisas feitas pela Rede Telecine, que apontaram que a segmentação dos canais é o grande diferencial da Rede. "A nova estrutura da rede, com a chegada do Telecine Fun, deixará a nossa divisão por gêneros ainda mais clara. Ele será totalmente dedicado a comédias, comédias românticas e animações.", conta João Mesquita, diretor geral do Telecine.


Os assinantes do Telecine ganham o Fun, o sexto canal da Rede, com a programação dedicada a toda família. O acervo do Telecine Fun será formado por comédias, aventuras, comédias românticas e animações. Em sua grade, o público poderá assistir a títulos como Kung Fu Panda e Se Eu Fosse Você 2, entre muitos outros.


Os demais canais - Telecine Premium (filmes inéditos e exclusivos), Telecine Action (filmes de ação, suspense, policial, ficção científica, terror, guerra, western e eróticos), Telecine Pipoca (filmes dublados) e Telecine Cult (filmes da era de ouro do cinema) mantêm o posicionamento atual. A identidade visual do Telecine Cult se mantém a mesma.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Bordões que deram o que falar nas novelas

 Os bordões são frases ou palavras que repetidas muitas vezes em uma situação específica, se tornam inesquecíveis! Eles são famosos no mundo do entretenimento como as frases 'Ô loco meu', 'Foi sem querer querendo', 'Loucura, loucura, loucura', 'Foi sem querer querendo', 'Quem quer dinheiro', 'Seus problemas acabaram', 'Graças a Deus, é sexta-feira, é vida que segue', 'Coragem, hoje é segunda-feira', 'Vamos pensar um pouco' e 'Atenção, se liga aí, que é hora da revisão'.

Além de programas de TV, os bordões são famosos nas novelas e marcam gerações! Cada trama conta com dois ou mais bordões inesquecíveis e, alguns deles, tornam-se atemporais. Muitas vezes, as frases ultrapassam a lembrança dos fãs das novelas e conquistam o Brasil! 

1 – É tudo culpa da Rita


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“É tudo culpa da Rita” (Imagem: Montagem / RD1)

Este não foi bem um bordão planejado, porém, a frase repetida à exaustão pela personagem Carminha (Adriana Esteves) em “Avenida Brasil” (2012), escrita por João Emanuel Carneiro, quando algo saía do seu controle, caiu no gosto popular. Carminha colocava a culpa na conta de Rita (Débora Falabella), que era Nina e buscava vingança contra a vilã.


2 – Não é brinquedo não


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“Não é brinquedo não” (Imagem: Montagem / RD1)

Dita por Dona Jura (Solange Couto) durante a novela “O Clone” (2001), a frase “Não é brinquedo não” ganhou as ruas do Brasil. As pessoas usavam para qualquer tipo de reclamação, mas com o mesmo humor que a personagem da novela fazia na TV.


3 – Cada mergulho é um flash


Este bordão ficou eternizado até hoje na sociedade brasileira. O que pouca gente sabe é que ele partiu de uma novela da autora Glória Perez. A frase saía da boca da personagem Odete (Mara Manzan), em “O Clone” (2001), e era usada para ressaltar a presença de paparazzis que vigiavam a vida dos famosos. Odete era louca pela fama e esperava um ‘flash’ a cada mergulho no Piscinão de Ramos, onde frequentava.


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4 – Tô certo ou tô errado?


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“Tô certo ou tô errado?” (Imagem: Montagem / RD1)

“Roque Santeiro” (1985), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, trouxe muitas curiosidades e, dentre elas, a frase “Tô certo ou tô errado?”, dita por Sinhozinho Malta (Lima Duarte), pondo em xeque quem desconfiasse de sua palavra. Enquanto dizia a frase, Sinhozinho balançava a pulseira e relógio de ouro que usava nos punhos, chacoalhando-os como uma cascavel.


5 – Sou uma mulher de catiguria


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“Catiguria” (Imagem: Montagem / RD1)

A frase que marcou a novela “Paraíso Tropical” (2007), escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, deu à garota de programa Bebel (Camila Pitanga) a fala de maior sucesso entre o público da história. Bebel se mudou da Bahia para o Rio de Janeiro e se achava melhor que as outras meninas de sua profissão. Auto-afirmava-se de “catiguria”, o que caiu nas graças do público que passou a usar o bordão.


6 – Stop, Salgadinho


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“Stop, Salgadinho” (Imagem: Montagem / RD1)

“Stop, Salgadinho” vem da novela “Explode Coração” (1995), de Glória Perez. A história, que contava com o cigano Igor Nicolich (Ricardo Macchi), trazia o casal Lucineide (Regina Dourado) e Romualdo Salgado ou, Salgadinho (Rogério Cardoso) sempre com algum conflito de relacionamento. Durante as brigas, Lucineide, para ganhar a discussão, disparava: “Stop, Salgadinho”, que logo caiu na boca do povo.


7 – É justo, muito justo, é justíssimo


A frase, dita pelo coronel Belarmino (José Wilker) em “Renascer” (1993), logo virou febre entre os telespectadores da novela. O bordão nasceu de improviso. Ocorre que Wilker esquecera a fala durante a gravação de uma cena e, sem graça de ficar em silêncio, soltou a frase que acabou marcando a personagem.


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8 – Vamo Nhánhá


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“Vamo nhanhá” (Imagem: Montagem / RD1)

Outra frase que vem da distante cidade de Greenville, onde se passava a novela “A Indomada” (1997), com autoria de Aguinaldo Silva. A personagem Scarlet (Luiza Tomé) tinha um fogo com seu marido, o prefeito Ypiranga Pitiguary (Paulo Betti) e disparava o “vamo nahná” quando queria uma noite de amor com o marido.


9 – Oxente, my God


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“Oxente, my God” (Imagem: Montagem / RD1)

Este é clássico na boca de Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque (Eva Wilma). A vilã da história de “A Indomada” (1997), de Aguinaldo Silva, mesclava o português com o inglês na tentativa de dar um ar de realeza sobre os demais cidadãos da cidade, mas acabava criando mais e mais bordões para o público. Altiva tentava “americanizar” o jeito caipira de falar, com a versão brasileira Telecine.


10 – Jamanta não morreu


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“Jamanta não morreu” (Imagem: Montagem / RD1)

Não morreu em “Torre de Babel” (1998) como reapareceu em “Belíssima” (2005). Interpretado por Cacá Carvalho, Ariovaldo da Silva Falcão “Jamanta” era considerado com transtornos mentais na trama de Silvio de Abreu. As trapalhadas de Jamanta no ferro-velho, onde trabalhava, acabou fazendo com que a personagem ganhasse as graças do público e, claro, entrasse na nossa lista de melhores bordões de novelas.


11 – Are baba!


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“Are Baba” (Imagem: Montagem / RD1)

Essa fala, embora não seja em português, traz toda a história de “Caminho das Índias” (2009), com autoria de Glória Perez. A frase, dita por todas as personagens da trama, servia para justificar os bons costumes de uma moça. Na história, a família de Opash Ananda (Tony Ramos) dizia que “uma mulher de respeito deve cuidar da casa do marido, então arrastar o sári no mercado”.


12 – Felomenal


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“Felomenal” (Imagem: Montagem / RD1)

Na boca do ‘felomenal’ Giovanni Improtta (José Wilker), em “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva, o bordão caiu como uma luva na boca do povo. Uma febre que tomou conta de todo o público que disparava o bordão quando algo era sensacional, fantástico ou, claro, “felomenal”. Além desse, havia outros bordões como “Giovanni Improtta de Charme e osso” e “A vaca vai voar”. Mesmo após sete anos do término da novela, o sucesso de “felomenal” era tão arrebatador que virou filme com o nome da personagem, “Giovanni Improtta” (2012).


13 – É chique de doer


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“É chique de doer” (Imagem: Montagem / RD1)

Chique de doer os olhos, o bordão era disparado por Elvira (Nívea Stelmann), na novela “Sete Pecados” (2007), escrita por Walcyr Carrasco. A frase era dita quando Elvira, que era louca para se casar com Régis Batista Florentino (Malvino Salvador), via algo bonito. O bordão ainda continua na consciência da sociedade brasileira e é usado ainda nesse caso.


14 – Eu sou rica


Imortalizado por Carolina Ferraz na pele da personagem Norma Gusmão, em “Beleza Pura” (2008). Com autoria de Andréa Maltarolli, Norma chegou ao seu ápice ao berrar a frase “Eu sou ricaaaaaaaaaaaa” durante uma conversa com Guilherme Medeiros (Edson Celulari). Norma dizia que não seria presa porque era rica e, claro, eternizou a fala.


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15 – Eu sô chique, bem


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“Eu sou chique, bem” (Imagem: Montagem / RD1)

A caipira mais chique da trama, a manicure Márcia (Drica Moraes) marcou sua frase no hall dos bordões de “Chocolate com Pimenta” (2003), de Walcyr Carrasco. A moça se achava elegante demais e soltava o bordão sempre que achava necessário para reforçar a ideia de importância. O público não demorou para comprar a ideia que permeia até hoje na sociedade.


16 – Epa, epa, epa! Muita calma nessa hora!


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“Epa, epa, epa! Muita calma nessa hora” (Imagem: Montagem / RD1)

A frase que eternizou Juvenal Ferreira dos Santos ou Juvenal Antena (Antônio Fagundes), em “Duas Caras” (2007), virou referência entre uma discussão acalorada. O líder da Portelinha, favela fictícia da novela escrita por Aguinaldo Silva, foi inserido dentro de conflitos sociais que trazem debates e discussões a cada momento. Juvenal era um líder comunitário carismático que não deixava faltar nada aos moradores da Portelinha.


17 – Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa


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“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” (Imagem: Montagem / RD1)

O bordão era de Manolo Gutiérrez (Tony Ramos) em “As Filhas da Mãe” (2001), de Silvio de Abreu. A frase, redundante, servia para tentar separar as ‘coisas’, mas Manolo acabava por sair pela tangente quando era posto contra a parede.


18 – Jesus, me chicoteia/Jesus, apaga a luz


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“Jesus me chicoteia/Jesus apaga a luz” (Imagem: Montagem / RD1)

Alguns jovens se lembrarão com facilidade desta fala da personagem Yasmin (Mariana Rios), na 15ª temporada de “Malhação”, em 2008. Sucesso entre os adolescentes da época com seu jeito bem humorado e seus bordões como “Jesus apaga a luz” e “Jesus me chicoteia”, Yasmin roubou a cena na novelinha teen e deixou a protagonista Angelina Maciel Rios (Sophie Charlotte) em segundo plano.


19 – Salguei a santa ceia


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“Salguei a Santa Ceia” (Imagem: Montagem / RD1)

Um dos mais atuais bordões, embora tenha sido dito em “Amor à Vida” (2013) pelo famigerado Félix Khoury (Mateus Solano), a expressão mexeu com algo intocável por muitos brasileiros: religião. Como Félix não se importava com qualquer coisa, apenas consigo mesmo, disparava muitos bordões dentro da trama de Walcyr Carrasco.


Félix trouxe uma chuva de falas na trama, como: “Você é ruim, mas eu sou muito pior!”, “Pelas rugas de Matusalém!”, “Pelos cachos de Sansão!”, “Devo ter sambado no Santo Sepulcro!”, “O desejo é como uma onda: vem e vai”, “Será que piquei salsinha na tábua dos Dez Mandamentos?”, “Eu abri uma frestinha na porta do armário, dei uma escapadinha para fora, mas eu volto. Entro dentro do armário, tranco a porta com cadeado. Eu juro”, “Strip-tease fora de hora é barraco”, “Quando o queixo bate na merda, a gente aprende a nadar”, “Pior é a mulher quando é pobre, gorda e feia. Aí é uma lástima”, “Nasci para o luxo!”, “Tem dias que eu acordo e pareço um chiclete mascado!”, “Mamãe não tem um coração, tem um mousse de morango no lugar, de tão doce que é!”, “Bofe bom é bofe burro!”, “Gosta de arquitetura? Come o concreto da parede, então!”, “A lei da gravidade é um crime contra a mulher!”, “Sou um livro aberto, mas não pense que eu sou livro pornográfico!”, “Sou tão inofensivo quanto uma mosquinha, apesar de me achar mais parecido com uma mariposa!”, “A confiança é a base para um bom golpe”, “Vou trocar minha aura por um esplendor de purpurina”, “Odeio gente muito feliz!”, “Dormir pouco me deixa com a cara do travesseiro”, “Minha pele borbulha com comida gordurosa”, “Qualquer mulher ficaria molhadinha só de olhar para o abdômen dele!”, “Você não vai ficar nada sexy se tiver que dormir de fraldão”, “Eu não tenho vocação para a pobreza”, “Onde foi que ganhei essa fama de coração de ouro? Ou será que estou em Israel e fui confundido com o Muro das Lamentações?”, “Sabe que é muito difícil ter mais neurônios que o resto da humanidade?”, “Já me conformei, nem todo mundo nasce genial como eu”, “Tenho motivos suficientes pra acreditar que eu lavei cueca na manjedoura”, “Será que eu cobrei juros das trinta moedas de Judas para ouvir uma mentira dessas?”, “Sabe que é muito difícil ter mais neurônios que o resto da humanidade?”, “Se eu gostasse de mulher, tinha virado ginecologista” e “Que toda sua inveja vire gordura” são alguns exemplos.


20 – Deite que vou lhe usar!


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“Deite que vou lhe usar” (Imagem: Montagem / RD1)

A célebre frase do coronel Jesuíno (José Wilker), no remake de “Gabriela” (2012) caiu nas graças do público e virou um dos memes mais usados nas redes sociais, na época. A trama clássica de Jorge Amaro, escrita por Walcyr Carrasco, virou febre entre os internautas que colocavam a frase para qualquer situação.


BÔNUS – Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta!


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“Não imaginam o prazer que é estar de volta” (Imagem: Montagem / RD1)

Essa já virou o bordão do ano e caiu no gosto popular. Dita por Clara Tavares (Bianca Bin) em “O Outro Lado do Paraíso” (2018), a frase foi reproduzida exaustivamente por todos os veículos de comunicação. Nas redes sociais, a imagem da personagem atrelada à frase é corriqueira.


Ocorre que Clara foi humilhada enquanto vivia na cidade de Palmas (TO), onde se passava a novela. Levada a um manicômio, a personagem volta à cidade, mas com um ar de vingança. Rica, Clara entra na festa da alta sociedade, composta por pessoas que lhe fizeram mal no passado e dispara: “Não imaginam o prazer que é estar de volta“, deixando todos com a boca aberta.


A repercussão da fala foi parar dentro do “Big Brother Brasil 18” quando Gleici Damasceno participou de um paredão falso e retornou à casa. Ao encontrar todos na sala, a acreana disse: “Não imaginam o prazer que é estar de volta!”, “quebrando” a internet.

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