domingo, 24 de abril de 2022

Júlio Vallim - vícios de linguagem

 SOLECISMO: Caracteriza-se por um erro ou desvio na sintaxe.


Exemplo: “Houveram eleições para representante de turma.”


O certo é “Houve….não há plural” (erro de concordância)


- Assisti esse filme no cinema.


O certo é “Assisti a esse…..” assistir sem preposição tem sentido de ajudar. Ex.: O menino assistiu sua mãe.(erro de regência)


CACOFONIA: Som desagradável ou obsceno transformado pela posição das letras.


- Hilca ganhou um prêmio. 

- A boca dela está sangrando. 


AMBIGUIDADE: Duplo sentido.


- O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro pode ser o animal (cão), ou uma qualidade (vagabundo, assanhado) para irmão

Sem ambiguidade - O cachorro que era do seu irmão avançou na minha amiga.


REDUNDÂNCIA : é a repetição desnecessária de ideias, não intencional e sem valor estilístico. Também chamada de tautologia ou pleonasmo vicioso.


- Maria subiu lá em cima para ver o balão.

- José inventou novos brinquedos para o filho.


OBS: Não há redundância em “intrometer-se no meio” e “voltar-se para trás”.


Uma pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma conversa, assim como alguém pode voltar-se para o lado.

Também não são redundâncias pessoa humana, prefeitura municipal e comparecer pessoalmente, porque existem prefeitura universitária, pessoa física e pessoa jurídica, e a pessoa pode comparecer por procuração.

O que significa BARBARISMO ? são desvios na grafia, na pronúncia ou na flexão. Ocorre quando pronunciamos ou grafamos um termo de forma errada, muitos acontecem por aceitação popular, isto é, a grande massa começa a utilizar e o termo acaba sendo usado na forma errada.




- Pograma (em vez de programa)

- Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica)

- Etmologia (em vez de etimologia, com – i -)

- Quando eu pôr o vestido. (o certo seria – Quando eu puser o vestido)

- O policial interviu. (O certo seria interveio)


Pobrema em vez de problema, certo Lula? hehehehe...


Observação: quem abusa das palavras estrangeiras grafando-as como na língua original, também comete barbarismo. Isso não ocorre quando essas não possuem correspondente em português, ou quando este é pouco usado.


Abajur: e não “abat-jur”.

Coquetel: e não “cocktail”.


Muitos barbarismos ou "estrangeirismos" são de uso popular, é normal utilizarmos SITE em vez de saite ou sítio( termos que poderiam ser usados em nossa língua) , LINK em vez de linque, mas a língua se transforma, há anos não se utilizaria Xampu, mas sim Shampoo, assim como o Shopping certamente um dia virará Xópin e o Show vai virar Xou, tão conhecido do Xou da Xuxa...

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