sexta-feira, 24 de junho de 2022

Palavras denotativas, advérbios e conjunções

 Costuma-se dividir a Gramática em três partes principais: Fonética, Morfologia e Sintaxe.


O alvo primordial da Morfologia é o estudo das (dez) classes gramaticais: Substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Em qualquer texto, podemos isolar cada palavra e dizer qual é a sua classe gramatical.


Mesmo com tantos agrupamentos de palavras, algumas delas não se enquadram nessas dez classes: São as PALAVRAS (OU LOCUÇÕES) DENOTATIVAS, expressão sugerida pelo gramático José Oiticica em 1942. Segundo Celso Cunha, a designação não é precisa, pois “denotar é próprio das palavras em geral” e ela não é suficientemente generalizadora. No que se refere a essas palavras, a Nomenclatura Gramatical Brasileira, diz: “Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, realce, afetividade, etc.”

Alguns chamam de operadores argumentativos ou articuladores do discurso.


A classe a que mais as palavras denotativas se aproximam é o advérbio, mas, por não ser modificador de verbos (nem de adjetivos, nem de outros advérbios, nem de orações), isto é, não darem circunstâncias (de tempo, modo ou lugar, por exemplo) a essas palavras, eles não podem ser consideradas advérbios.


Não ser incluídas em uma das dez classes gramaticais, não significa ser desimportantes nem desnecessárias. São sintaticamente expletivas (não cumprem função sintática), têm morfologia fixa, mas semanticamente, são de grande valor.


É muito notória, entre as palavras denotativas, a função de realce.


Outras, especialmente, indicam partição: Dum conjunto de seres, nalgum ou nalguns é enfatizado no enunciado, conforme veremos.


As palavras denotativas são classificadas conforme a idéia que denotam. Elas podem significar:


1) Adição: ainda, além disso, ainda por cima, ademais, até, dentre outras. Ele bebeu toda a cerveja e ainda queria mais. Ele derrubou a criança e, além disso, chutou-a. Os sujeitos beberam beberam e não pagaram a conta e, ainda por cima, quebraram os copos. Eu até desejaria comprar, mas ele não quis vender. Eles não queriam sair, ademais, estavam sem dinheiro.


2) Afastamento: Embora (não confundir com a conj. adverbial concessiva embora): Ela foi EMBORA, embora não quisesse.


3) Afetividade: Ainda bem, felizmente, infelizmente, desgraçadamente, desafortunadamente, etc. : Ainda bem que não fiquei com sequelas do trágico acidente. Desgraçadamente, a bomba explodiu.


4) Aproximação: Quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc.: Ela quase caiu. Cerca de mil pessoas morreram.


5) Designação: eis: Eis tudo que tinha a dizer.


6)Exclusão: Somente, só, salvo, exclusive, senão, sequer, apenas, apesar, unicamente, exceto, menos, etc.: Não comi sequer uma banana. Quem, senão ele, pode apaziguar os ânimos? Só eu sei o que passo.

Só pode ser adjetivo ou advérbio, senão pode ser preposição, substantivo ou conjunção, salvo pode ser preposição ou particípio do verbo salvar, menos pode ser advérbio ou pronome indefinido.


7) Explicação: Isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc. Li vários livros, por exemplo, os clássicos.


8) Inclusão: Até, ainda, além disso, também, de mais a mais, inclusive, etc.: Todos foram, até Luiz. Ele coube no carro também. Até pode ser preposição.


9) Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc.: Unicamente Sandra passou. Apenas ela tirou a nota que precisava.


10) Realce: É que, cá, lá, não, mas, é porque, principalmente, sobretudo, etc.(as quatro últimas palavras de realce devem ser isoladas por vírgulas): Ele lá tem suas razões. O que não faria para se eleger. Os idosos e, principalmente, os idosos doentes, devem ser ter prioridade nos atendimentos. A água estagnada e, especialmente, as de esgoto, são fontes de doenças. Lá e cá podem ser advérbios de lugar, mas pode ser conjunção adversativa, não pode ser advérbio de negação.


11) Retificação: Aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.: Ela não o namorou, aliás, não o queria.


12) Situação: Então, mas, se, em suma, agora, afinal, etc.: Então ela chegou e o cuspiu. Em suma, nada está correto. Afinal e agora podem ser advérbios de tempo, se pode ser conjunção ou pronome. 


13) Coincidência: Justamente. O tiroteio se iniciou, justamente quando eu passava lá.


14) Precisão. Em ponto. Saiu às 10 em ponto.


15) Restrição. Em parte, em termos, relativamente. Em parte, sou desfavorável ao projeto. Apreciou o evento em termos. A obra foi relativamente bem feita.


16) Seleção. Principalmente, mormente. Gosto da comida brasileira, principalmente da feijoada. Gosto de leite, mormente in natura. Gosto das mulheres, sobretudo a lindas.

O advérbio é uma palavra invariável que modifica o verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Ao verbo, ele dá uma circunstância, que é a função essencial dessa classe gramatical. Ao adjetivo e a outro advérbio, confere intensidade. Se bem que há advérbio de intensidade que também modificam verbos: Ela come (fala, joga, toca, vê) demais.


Nesse conceito, percebe-se os três critérios essenciais para a classificação de uma classe gramatical: O mórfico (palavra invariável: Não varia, em número ou em gênero, pelas palavras com as quais se relacionam), o sintático ( associa-se ao verbo, ao adjetivo e a outro advérbio) e semântico (dá circunstância e intensidade).


O papel primordial do advérbio é o de modificar o verbo, dando a este uma circunstância de modo, tempo, lugar, etc. Na sua relação com outro advérbio e com o adjetivo, ele é apenas intensificador.


Os advérbios são intransitivos, pois dependem de outras palavras, mas categoria gramatical alguma depende deles.


Os advérbios podem existir sob a forma de locução, ou seja, é formado por mais de uma palavra: Vi tudo DE LONGE. Eles comeram DE NOVO. A cidade está EM SILÊNCIO. A locução adverbial, via de regra, forma-se pela junção de uma preposição e um substantivo (preposição + substantivo). Se a um advérbio se antecipar uma preposição, ele continua advérbio. Porém, se a preposição vier posposta, vira uma locução prepositiva: Por dentro: Ele veio POR DENTRO (locução adverbial). Por dentro de: Ele veio POR DENTRO DO rio (locução prepositiva).


Outras locuções adverbiais: À direita, de cor, em vão, por acaso, em mão, de modo algum, nunca mais, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de vez em quando, em breve, de tarde, de súbito.


1) Advérbio como modificador de um adjetivo:


O prédio é alto. O prédio é MUITO ( extremamente, bastante, enormemente, etc) alto.


2) Advérbio como modificador de outro advérbio: Hoje eu acordei cedo. Hoje eu acordei MUITO cedo.


3) Advérbio como modificador de uma oração completa: Todos morreram no acidente, lamentavelmente. Infelizmente, o Brasil não ganhou a Copa do Mundo Futebol este ano.


Neste caso, comumente, o emissor expressa uma avaliação do fato contido na oração. E o advérbio, posicionado no início ou no final da oração, deve ficar isolado pela vírgula.


4) Advérbio como modificador de um verbo. Aqui, o advérbio, conforme já vimos, dá uma circunstância ao verbo, que, semanticamente, é seu principal papel. Por esse critério, ele adiciona várias idéias ao advérbio.


5) Advérbios interrogativos. São as palavras onde, como, por que, quanto e quando usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas: Por que ele não veio? Não sei por que ele não veio. Quanto custou eu não sei. Quanto custou? Por onde ele anda? De onde ele vem? Não sei onde ele está.


6) Grau do advérbio. Apesar de ser invariável em gênero, número, pessoa, tempo, modo e voz, flexiona-se em grau. Pode apresentar o grau comparativo ou o superlativo, sob os mesmos processos usados nos adjetivos:


6-1) Comparativo: a) De igualdade: Tão + advérbio + quanto: Ele nada TÃO rápido QUANTO (como) ela. b) De superioridade: Mais+advérbio+(do) que: Ele nada MAIS rápido (do) QUE ela. c) De inferioridade: Menos+ advérbio + (do) que: Ele nada MENOS rápido (do) QUE ela.


6-2) Superlativo: a) Sintético: Advérbio+sufixo (-íssimo): Ela chegou cedíssimo. Se o advérbio terminar em –mente, tal terminação é usada com feminino do superlativo do adjetivo do qual deriva: Alto: Altíssimo: altissimamente. Lento: Lentíssimo: Lentissimamente: Ele é lento. Ele nada lento. Ele nada muito lento. Ele nada lentíssimo. Ele nada lentissimamente b) Analítico: Muito+advérbio: Ela chegou muito cedo.


7) Os advérbios BEM e MAL e os adjetivos BOM e MAU têm como comparativos de superioridade sintéticos as palavras MELHOR e PIOR, que, muitas vezes, ainda são intensificadas com alguns advérbios (bastante, bem, muito): Ele caminha bem. Ela caminha melhor. Eles, juntos, caminham muito melhor. As formas analíticas MAIS BEM e MAIS MAL são usadas antes de adjetivos-particípios: Ela é MAIS BEM comportada do que ele. Ela é melhor do que ele. Porém, se o comparativo for posposto, empregam-se as formas sintéticas: Obra alguma foi MAIS BEM executada do que a pirâmide de Quéops. Não pode haver projeto executado PIOR do que o da barragem de Camará, na Paraíba.


8) Otimamente e pessimamente são formas irregulares dos superlativos sintéticos de BEM e MAL: Ela vive pessimamente.


9) Os comparativos dos advérbios MUITO e POUCO são MAIS e MENOS: Ele, quanto mais lia, menos entendia. O superlativo intensivo (denota limites de possibilidade) faz-se antepondo-os ao advérbio, que é posposto da palavra possível: Ele corria O MAIS rápido POSSÍVEL. Ele a socorreu O MAIS cedo POSSÍVEL. Ele saiu o MENOS depressa POSSÍVEL (!)


10) Pode-se intensificar o advérbio com sua repetição: Ele chega já já (logo logo).


11) Diminutivo com valor de superlativo: Fala baixinho (muito baixo). Acordou cedinho (muito cedo). Entrou devagarinho (muito devagar).


12) Algures (por algum lugar), alhures (em outro lugar) e nenhures (em nenhum lugar) estão caindo em desuso, infelizmente (a concisão perde...).


13) Alguns advérbios, por questão semântica, não admitem gradação. Alguns: Aqui, aí, lá, hoje, ali, diariamente.


14) Para evitar ecos, quando vários advérbios em MENTE se referem ao mesmo verbo, só ao último se junta o sufixo:


Ele lutou longa, corajosa e bravamente. Se o que se quer destacar são as circunstâncias, suprime-se a conjunção "E" e se escrevem os advérbios com os sufixos: Agoniadamente, lentamente, definitivamente, fechou os olhos!


15) Algumas palavras podem ser usadas como adjetivos e pronomes: Ex: Muito, bastante. Como advérbios são invariáveis. Como adjetivos e pronomes, flexionam-se: Ele come bastante: Eles comem bastante (advérbios). Ele trouxe bastante melancia: Ele trouxe bastantes melancias (adjetivo). Ele é muito inteligente: Eles são muito inteligentes (advérbio). Ele caminha muito (advérbio): Ele caminha muitos quilômetros (adjetivo).


16) Advérbio relativo. Por desempenhar a função de adjunto adnominal, ONDE (no qual) pode ser considerado um advérbio relativo com valor pronominal. Ele dá circunstância de lugar e se refere a um antecedente. Ele mora numa casa ONDE todos o ignoram. Essa denominação não é reconhecida pela NGB, mas existe.


17) Classificação e exemplos de alguns advérbios: a) Tempo: Hoje, repentinamente, cedo, tarde, à noite, já, anteontem, nunca, sempre, antes, breve, no próximo ano. B) Lugar: Ali, aí, aqui, cá, longe, abaixo, dentro, fora, além, adiante, distante, em cima, ao lado, à direita. C) Modo: Bem, mal, assim, pior, melhor, à toa, infelizmente (e a maioria dos advérbios terminados em -mente). D) Negação: Não, absolutamente, tampouco, nunca, de forma alguma. E) Afirmação: Sim, deveras, efetivamente, indubitavelmente, com certeza, de fato. F) Intensidade: Muito, extremamente, pouco, bastante, suficiente, demais, mais, menos, tão. G) Dúvida: Talvez, provavelmente, porventura, quiçá, possivelmente, eventualmente.

A conjunção desempenha uma função importantíssima na linguagem verbal. Ela é um conectivo invariável entre orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de coordenação. Daí a existência de dois tipos de conjunções: As coordenativas, que ligam orações independentes, e subordinativas, que ligam orações em que uma (a subordinada) é elemento sintático da outra ( a oração principal).


a) Exemplos de conjunções coordenativas: Ela comeu E bebeu. Ela comeu, MAS não bebeu. As conjunções E e MAS não subordinam uma oração a outras. Apenas coordenam orações independentes.


b) Exemplos de conjunções subordinativas: Eu sairei daqui ASSIM QUE puder. É necessário QUE o socorro chegue rápido. As conjunções ASSIM QUE (= quando=conjunção temporal) e QUE (conjunção integrante) subordinam as orações que introduzem (orações subordinadas) a orações principais, das quais são elementos sintáticos. A oração “assim que puder” é um termo da oração principal “Eu sairei daqui”. No caso, é uma oração subordinada adverbial de tempo. Já a oração “que o socorro chegue rápido” é uma oração subordinada substantiva subjetiva.


As conjunções não conectam apenas orações. Elas podem ligar dois temos de mesma função sintática, que não sejam orações. Por exemplo, nesta oração: Eu lavei a casa E o carro. A conjunção E ligam dois objetos diretos do mesmo verbo, lavar. O mesmo ocorre aqui: O comerciante vai vender roupas OU calçados. São as conjunções coordenadas que fazem tais ligações (palavras de mesmo valor sintático).


As conjunções formadas por duas ou mais palavras são chamadas locuções conjuntivas (Ex.: visto que, desde que, ainda que, à medida que, logo que, a fim de que, de modo que).


Poucas são as conjunções propriamente ditas. A maioria delas são palavras de outras classes gramaticais que podem eventualmente funcionar como conjunção. 

Estas são as conjunções essenciais: E, todavia, contudo, apesar, como, porém, ou, pois, porque, portanto, se, entretanto, nem, mas, ora.


Dependendo do tipo de relação sintática que estabelece entre as orações, as conjunções podem ser:


1)Coordenativas:


a) Aditivas. Dão ideia de soma. Ex.: E, nem, mas também, não só, como também (depois de não só), além de, (tanto) quanto, bem como: Tanto ele quanto eu sabemos a verdade. Nem eu nem ela vamos à festa. Eu e ela vamos à festa.

A conjunção NEM já significa e não.

Portanto, E NEM é um pleonasmo. ENEM existe, mas é uma sigla.


b) Adversativas. Implicam oposição ou indicam uma consequência duma afirmação anterior. Ex.: Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no entanto, não obstante (elas são sempre virguladas): Fui ao teatro, mas não gostei da peça.


c) Alternativas: Indicam alternância, por incompatibilidade ou equivalência dos termos ligados, isto é, alternância ou exclusão. Ex.: ou (repetido ou não), ora, já, quer, seja (repetidos).


Bebo vinho ou cerveja (alternância). Você me escolhe ou a ela (exclusão). Ora estou alegre ora estou triste (alternância). Quer ela fique quer ela vá, pouco importa (alternância). Ou ele sai do computador ou eu o proíbo de ele usá-lo de uma vez (exclusão).


d) Explicativas. Dão uma explicação ou motivo: Que, porque, porquanto, pois (antes do verbo). O garoto se internou porque vai ser operado. Ando, pois tenho pernas. Estou faminto, porquanto ainda não comi hoje.


e) Conclusivas. Exprime conclusão: São elas: Por isso, logo, por isso (isto), por conseguinte, portanto, então, assim, pois (depois do verbo): Ele correu excessivamente; logo, ficou cansado. Estou doente, por isso não saio hoje. Não gosto de andar na chuva. Está chovendo. Não vou sair, pois (portanto, então) estou doente.


2) Subordinativas. Dependendo da função sintática que a oração subordinada exerce na principal, as conjunções subordinadas podem ser:


a) Integrantes: que, se. Elas introduzem orações substantivas, cumprindo as funções de sujeito, OD, OI, aposto, agente da passiva, complemento nominal e predicativos, elementos sintátivos próprios do substantivo.Se o verbo da oração principal indicar certeza, usa-se QUE; se indicar dúvida, "SE": É necessário QUE chova o mais breve possível. Não sei SE vai chover. Meu medo era QUE ela fizesse uma nova cirurgia.

Por ser um elemento integrante a oração principal, toda a oração subordinada pode ser substituída pelos pronomes isso e esse. Essa é uma dica para saber se o SE e o QUE são conjunções integrantes: É necessário ISSO. Não sei ISSO. Meu medo era ESSE.


b) Causal. Porque, pois, como, (visto, como, por isso, já, uma vez, na medida em) que, porquanto. Introduz uma oração que indica causa (do que ocorre na oração principal): Fui ao restaurante, pois desejava comer. Fui ao centro a pé, visto que o carro quebrara. Uma vez que o aniversariante adoeceu, não houve festa.


c) Comparativa. A conjunção estabelece uma comparação: Como, assim como, bem como, como do que, mais do que, maior do que, melhor do que, pior do que, qual, tal qual, quanto, tanto quanto, que nem: Ele chorou como se tivesse se perdido. Ela é tão ciumenta quanto ele. Ele ri assim como chora. Ele ri mais do que chora. Ele ri menos do que chora. Eles falam tais qual o pai. A filha é gorda tanto quanto a mãe. O jogador corre que nem o pai. Ele hoje está pior do que ontem.


d) Concessiva. Introduz uma oração que indica uma concessão, um fato que não se espera pelo conteúdo da oração principal: embora, conquanto, não obstante, (ainda, mesmo, se bem, posto, apesar de, nem, por mais / menos / muito / pouco / melhor / pior) que: Bebi muita água, apesar de não estar com sede. Não quis trabalhar, conquanto me pagassem bem. Mesmo que não faça sol, eu vou a praia. Embora esteja com sono, não vou dormir agora.


e) Condicional. Começa uma oração que é condição indispensável para o evento da oração principal: se, caso, salvo se, exceto se, (desde, contanto, a menos, a não ser, sem, uma vez) que: Desde que seja eliminada a corrupção, o Brasil se tornaria uma potência. Salvo se estudar bem, ele não será reprovado. Contanto que tome os medicamento, ele ficará curado. Se ele não dirigir com cuidado, vai se acidentar.


f) Conformativa. Indica conformidade da oração subordinada com a principal: Como, conforme, segundo, consoante: Conforme eu disse, o Brasil ganhou da Bielorússia. A idoneidade dos políticos de cada nação é consoante à idoneidade do povo dela.


g) Consecutiva. Principia uma oração que apresenta uma consequência da oração principal: De forma (maneira, modo, sorte) que, (tal, tanto, tão, tamanho) que: A dor foi tamanha que morreu. Comeu tanto que adoeceu. Ele perturbou tanto, de sorte que incomodou todo mundo.


h) Final: Que, (para, a fim de) que, porque (para que): Indica a finalidade da oração principal: Tome o remédio para que fique bom. Ordenei que não saísse. Falei claro a fim de que me entendessem.


i) Proporcional. (À medida, ao passo, à proporção) que, enquanto, (quanto mais, quanto menos) tanto (ou quanto) mais (ou menos): O fato da oração subordinada é simultâneo ou proporcional ao da principal: À medida que eu aguava a planta, ela crescia. À proporção que eu acelerava o carro, ele ia se desestabilizando. Quanto mais o professor ralhava, menos os alunos o levava a sério. A violência aumenta à medida que a droga se dissemina.


j) Temporal. Indica tempo: Quando, enquanto, (antes, depois, até, logo, sempre, assim, cada vez, toda vez, desde) que, apenas, mal, que: Mal chegou, já saiu. Desde que ela chegou, perdi meu sossego.

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