Michelle Colombo, de Limeira (SP), envia-nos questão “polêmica” de concurso para a prefeitura de São Paulo. A banca pede que o candidato assinale o comentário correto para justificar a próclise em frases do tipo “Me dê um copo de vinho!”. Lembra que muitos gramáticos contestam esse tipo de construção com base na regra de que não se inicia frase com pronome oblíquo átono.
A candidata marcou a alternativa “a”, na qual se afirma que “os gramáticos estão corretos já que, de fato, os pronomes átonos só podem ser empregados encliticamente”. A banca considerou certa a alternativa “d”, segundo a qual “a regra indicada está perfeitamente correta, mas não se aplica ao pronome da frase, que é tônico na pronúncia brasileira, e não átono”.
A alternativa que a candidata marcou está errada, pois os pronomes oblíquos podem ser usados tanto em próclise, quanto em ênclise (“Dê-me um copo de vinho”) ou mesmo em mesóclise (restrita à linguagem literária, religiosa, jurídica e científica, não ocorrendo na fala espontânea, a menos que seja intencional, geralmente substituída pela próclise ou por uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir). Só que a ênclise é comum no português de Portugal. Entre nós, devido à tendência a tonificar os pronomes, a preferência é pela próclise. Está, pois, correto o gabarito.
A candidata marcou a alternativa “a”, na qual se afirma que “os gramáticos estão corretos já que, de fato, os pronomes átonos só podem ser empregados encliticamente”. A banca considerou certa a alternativa “d”, segundo a qual “a regra indicada está perfeitamente correta, mas não se aplica ao pronome da frase, que é tônico na pronúncia brasileira, e não átono”.
A alternativa que a candidata marcou está errada, pois os pronomes oblíquos podem ser usados tanto em próclise, quanto em ênclise (“Dê-me um copo de vinho”) ou mesmo em mesóclise (restrita à linguagem literária, religiosa, jurídica e científica, não ocorrendo na fala espontânea, a menos que seja intencional, geralmente substituída pela próclise ou por uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir). Só que a ênclise é comum no português de Portugal. Entre nós, devido à tendência a tonificar os pronomes, a preferência é pela próclise. Está, pois, correto o gabarito.
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