Chama-se Jornalismo Internacional a especialização da profissão jornalística nos eventos estrangeiros ao país onde está sediado o veículo de imprensa em que o jornalista trabalha. Por isso, a definição é relativa por natureza: o que é assunto "doméstico" num determinado país será "internacional" em todos os demais. Este fato faz com que o Jornalismo Internacional seja provavelmente a área do Jornalismo com maior abrangência de temas entre todas, já que deve dar conta de política, economia, cultura, acidentes, natureza e todos os assuntos que aconteçam fora de seu país de origem.
O jornalismo como atividade profissional já teria nascido internacional em seus primórdios, pois os veículos de imprensa pioneiros - criados no contexto da ascensão da burguesia na Europa nos séculos XVII e XVIII - foram criados principalmente para informar leitores locais (em grande parte, comerciantes e banqueiros) sobre fatos acontecidos no exterior.
A partir do século XIX, com jornais já consolidados na Europa, nos Estados Unidos e em determinados países - como o Brasil -, e com as inovações nas telecomunicações, como o telégrafo, as notícias do estrangeiro ganharam novo impulso. Começaram a ser formadas as primeiras agências de notícias, inicialmente como associações entre jornais para cobrir eventos de grande relevância, como guerras e revoluções. Os primeiros conflitos a receber ampla cobertura jornalísticas foram a Guerra da Crimeia e a Guerra Civil Americana.
Índice
1 Agências de notícias
2 Correspondentes e enviados
3 Correspondência de guerra
4 Jornalismo internacional no Brasil
5 Jornalismo internacional em Portugal
6 Ver também
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ligações externas
Agências de notícias
Ver tópico específico Agência de notícias.
Correspondentes e enviados
Há dois tipos de reportagem que podem ser feitas no exterior: o trabalho de correspondência estrangeira (ou correspondência internacional) e o do enviado especial ao exterior. Embora haja semelhanças entre ambos, as diferenças se dão no quotidiano do trabalho e da produção de material para seus respectivos veículos de imprensa.
O correspondente é um repórter baseado fixamente numa cidade estrangeira - muitas vezes a capital de um país -, cobrindo uma região, um país ou às vezes até um continente inteiro. Ele deve enviar matérias regularmente para a redação da sede de seu veículo. Para isso, ele acompanha toda a imprensa local, mantém contatos frequentes com jornalistas e colegas correspondentes e identifica fontes estratégicas - como entidades, governos, diplomatas, militares e outras que possam fornecer informações importantes. Na maior parte das vezes, o correspondente é auto-pautado - ou seja, ele mesmo define sobre o que irá escrever, o que irá apurar, que assuntos vai selecionar. O correspondente deve ter conhecimento profundo da realidade local e um talento discricionário elevadíssimo para identificar os fatos mais relevantes no país onde trabalha e ao mesmo tempo interessantes para seu país de origem.
Já o enviado especial é um repórter expatriado com um tema previamente definido para cobrir ou investigar (uma guerra, uma crise, uma epidemia etc.). Diferente do correspondente, o enviado especial pode produzir uma única matéria, se for o caso, ou uma série, sem necessidade de envio regular de produção. Normalmente, o enviado especial é selecionado entre os profissionais da redação por ter maiores conhecimentos sobre o tema ou o lugar dos fatos. Muitas vezes, o enviado passa poucos dias no local e retorna à sede logo em seguida.
Quando jornalistas trabalham no exterior sem vínculos fixos com veículos de imprensa ou em regime de prestação de serviço, são chamados de stringers. Estes são mais comuns em locais onde a mídia não acha tão interessante ou compensatório manter um correspondente fixo, como em países do Terceiro Mundo. Stringers geralmente produzem matérias para várias empresas diferentes ao mesmo tempo.
Correspondência de guerra
W.H. Russell, primeiro correspondente, durante a Guerra da Criméia
O trabalho de correspondente de Guerra propriamente dito surgiu na segunda metade do século XIX, com o envio de repórteres europeus e norte-americanos para conflitos como a Guerra da Crimeia, Guerra do México, Guerra do Ópio, Guerra Civil Americana, Guerra do Paraguai e Guerra Hispano-Americana. Segundo registros, o primeiro correspondente de guerra da História da Imprensa foi o irlandês William Howard Russell.
Entretanto, antes mesmo já havia os chamados "cronistas de guerra", que produziam relatos sobre os conflitos - sem que houvesse, na época, técnicas de produção jornalística. O general romano Júlio César, por exemplo, escreveu crônicas de guerra em seu diário De Bello Galico. A diferença para os correspondentes modernos é que estes são enviados especificamente para cobrir conflitos para um veículo determinado (jornal, TV, rádio, revista etc.).
O correspondente de guerra pode ficar baseado numa cidade perto da zona de conflito (por haver mais infraestrutura e acesso a comunicação com a redação da sede) ou ir direto para o front de combate, se as condições e os militares permitirem. Tecnologias de comunicação recentes, como a Internet, permitiram maior mobilidade ao correspondente de guerra, já que ele agora pode enviar textos, sons e imagens de praticamente qualquer ponto do mapa, incluindo o campo de batalha. O trabalho é de altíssimo risco, mas cada informação obtida tem valor igualmente alto. Correspondentes de guerra estão entre as maiores vítimas de casualidades (mortes por assassinatos ou acidentes) entre jornalistas.
A origem do jornalismo de guerra pode remontar à Guerra da Crimeia, primeiro conflito coberto por agências de notícias (Havas e Reuters) e por um correspondente. Depois, com a invenção do cinematógrafo, o público pôde testemunhar pela primeira vez a Guerra Hispano-Americana em Cuba e nas Filipinas (1898-1899). Foi nessa guerra que ficou constatada a grande influência que os meios de comunicação podiam ter sobre a opinião pública. Um exemplo conhecido que reflete este facto tem como protagonista William Randolph Hearst: este magnata da imprensa dos Estados Unidos teria dado a ordem a um de seus correspondentes que se encontravam em Havana de que, houvesse ou não houvesse conflito, mandasse fotografias que ele mesmo providenciaria a guerra.
Houve muitos exemplos deste estilo de então até agora, pois os meios de comunicação contam com poder suficiente para dar a cara ao que mais convém (tanto em nível político como econômico) de uma guerra. É o caso da famosa fotografia da menina correndo [1] durante a Guerra do Vietnã, dando assim a má imagem que se queria dar das tropas estadunidenses. Atualmente, os jornalistas tem pouca segurança para retratar conflitos, sendo que segundo o manual de guerra de junho de 2015 do governo dos Estados Unidos defende que alguns jornalistas poderiam ser rotulados como terroristas e passam a ser um alvo legítimo de operações militares.[1]
Jornalismo internacional no Brasil
No Brasil, alguns dos maiores expoentes profissionais em jornalismo internacional são os repórteres e redatores Newton Carlos, Argemiro Ferreira, Clóvis Rossi, Diogo Schelp, William Waack, Hermano Henning e José Hamilton Ribeiro. Entre os já falecidos, houve Antônio Callado, Paulo Francis, Araújo Neto, Joel Silveira e Geneton Moraes Neto.
As editorias de internacional dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "Internacional" no JB, "Internacional" no Correio do Povo, "Mundo" na Folha de S.Paulo, "Internacional" em O Estado de S.Paulo, "O Mundo" em O Globo, "Mundo" em O Dia, "Mundo" no Zero Hora, "Internacional" no Estado de Minas, "Mundo" em A Tarde, "Mundo" no Diário de Pernambuco, "Mundo" no Correio Braziliense, "Internacional" no Diário do Nordeste, "Mundo" na Gazeta do Povo,"Mundo" no O Povo e "Mundo" em O Popular e no Correio da Paraíba.
Os únicos veículos brasileiros dedicados exclusivamente à cobertura internacional são a revista Cadernos do Terceiro Mundo (1974-2006) e o website Opera Mundi (fundado em 2008).
Na televisão, alguns programas de referência são o Sem Fronteiras e o Milênio, ambos do canal Globo News, e o Jornal Internacional (1972-1975), da Rede Globo.
Chama-se Jornalismo Político a especialização da profissão jornalística nos assuntos relativos à política (em níveis local, regional e nacional), ao parlamento, aos partidos e a todas as esferas de poder formal na sociedade.
Em vários veículos, a cobertura política é fundida com a editoria Nacional.
Índice
1 Temas
2 Fontes
3 Jornalismo Político no Brasil
4 Referências bibliográficas
5 Ver também
Temas
As pautas do Jornalismo Político incluem a cobertura de eventos (eleições, revoluções, golpes, votações parlamentares, decretos, negociações entre partidos e blocos de poder e inúmeros outros), as instituições que geram produtos e fatos (governos, ministérios, secretarias, partidos, órgãos oficiais, institutos de pesquisa de opinião), as políticas públicas (ministérios da área institucional, secretarias de governo) e o dia-a-dia do poder.
Nestes assuntos do cotidiano, incluem-se: negociações, acordos e trâmites de projetos de lei, mudanças de cargos, processos contra políticos e ocupantes de cargos públicos, além de escândalos de crimes políticos, abuso de poder, tráfico de influência e corrupção.
Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Política são divididas entre protagonistas (políticos, inclusive sem cargo público), autoridades (presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretários, senadores, deputados, vereadores), especialistas (analistas políticos, cientistas políticos, politólogos, sociólogos) e usuários (eleitores, contribuintes, correligionários).
Jornalistas que cobrem política em nível nacional costumam ser concentrados na capital do país, e geralmente trabalham em contato constante com políticos e ocupantes de cargos públicos, inclusive almoçando e fazendo refeições em conjunto. Vários prédios de parlamentos e palácios de governo têm salas de imprensa, onde as assessorias atendem aos repórteres. Eles se dividem entre setoristas de governo, do parlamento (câmara alta e câmara baixa), dos ministérios/secretarias e dos partidos, entre outras instituições.
Jornalismo Político no Brasil
As editorias de política dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "País" no JB, "Poder" na Folha de S.Paulo, "Nacional" em O Estado de S.Paulo, "O País" em O Globo, "Brasil" em O Dia, "Política" no Zero Hora, "Política" no Estado de Minas, "Brasil" em A Tarde, "Política" no Diário de Pernambuco, "Política" no Correio Braziliense, "Política" em O Popular e "Poder" em O Liberal, "Nacional" em Diário do Nordeste e "Política" em O Povo e no Correio da Paraíba.
O Brasil também confere grande prestígio a colunistas e comentaristas políticos, às vezes mais do que a repórteres de política. Diferentemente da reportagem, o comentário não é exclusivamente jornalístico, e pode ser feito por qualquer pessoa, seja jornalista ou não. Algumas colunas chegaram a ter grande importância e eram lidas diariamente por autoridades dos altos escalões: foi o caso de Carlos Castello Branco com sua "Coluna do Castello", e de Carlos Chagas na revista Manchete. Alguns comentaristas notáveis atualmente são Dora Kramer, Eliane Cantanhêde, Tereza Cruvinel, Clóvis Rossi, Josias de Souza (em jornais), Diogo Mainardi, Alexandre Garcia, Carlos Alberto Sardenberg (no rádio e televisão). Já entre os repórteres de política, destacam-se Fernando Rodrigues, Elvira Lobato, Kennedy Alencar da Folha de S.Paulo Outra boa fonte para se apreciar os comentaristas políticos são os blogs. O tratamento da notícia ganha um caráter mais interessante, mais "livre", de certa forma. Os blogs do Fernando Rodrigues e do Josias de Souza, por exemplo, são fontes muito boas de consulta e oferecem visões interessantes sobre o mundo político brasileiro.
No entanto, é sempre interessante estar atento ao viés nem tão imparcial dos jornais no que se refere à cobertura política. No Brasil, os jornais têm uma linha política, que fica oculta sob a aparência da imparcialidade.
Na televisão, alguns programas de referência são o GloboNews Política e o GloboNews Alexandre Garcia, ambos do canal Globo News.
Jornalismo Econômico é a especialização da profissão jornalística nos fatos relacionados à Economia do país, da cidade ou do mundo, além de temas relacionados como Tecnologia, Emprego e Mercado Imobiliário.
As primeiras coberturas de Economia surgiram ainda no século XVII, junto com os primeiros boletins noticiosos publicados por banqueiros e comerciantes europeus (ver História da Imprensa). No início da imprensa industrial, no entanto, estas editorias tinham destaque tímido e publicavam matérias de interesse restrito, como cotações de moedas estrangeiras, valores de gêneros alimentícios, informes sobre falências e concordatas, entre outras.
O Jornalismo Econômico nos países de sistema capitalista é particularmente concentrado na iniciativa privada (empresas particulares) e sua relação com o setor público (governos, empresas estatais, órgãos públicos). Já nos países de sistema socialista — como já houve vários e até hoje existem —, a pauta é mais dependente das políticas de governo, das metas oficiais e das empresas estatais, além da chamada "economia popular".
Índice
1 Temas
2 Subeditorias
3 Fontes
4 Economês
5 Jornalismo Econômico no Brasil
6 Jornalismo Econômico em Portugal
7 Referências bibliográficas
8 Ver também
9 Ligações externas
Temas
As pautas do Jornalismo Econômico incluem a cobertura de eventos (feiras, lançamentos de projetos, relatórios, negociações entre empresas, trâmites judiciais sobre empresas), as instituições que geram produtos e fatos (empresas, indústrias, mercado financeiro, órgãos oficiais, institutos de pesquisa econômica), as políticas públicas para a área (ministérios da área econômica, secretarias de fazenda) e o dia-a-dia do setor.
Nestes assuntos do cotidiano, incluem-se: medidas para conter inflação, taxas de juros, controle dos preços, prioridades em obras públicas, cortes em orçamentos do Estado, mudança de taxas bancárias, reajustes salariais, previsões de lojistas sobre vendas, estimativas de produção, safras e colheitas agrícolas, abastecimento, mudanças nas diretorias de associações de classe, patronais e sindicatos, etc..
Jornais e noticiários de TV ou de rádio costumam informar diariamente as cotações das bolsas de valores, do petróleo, do ouro e das principais moedas internacionais (dólar, euro, libra esterlina, iene, yuan, rublo).
Também são privilegiados assuntos que digam respeito diretamente à vida do consumidor, influenciando nos hábitos de compra e venda, modificando seu poder aquisitivo ou alterando a economia doméstica.
Assim como outras especializações, o Jornalismo Econômico está em diálogo permanente com outras editorias: matérias sobre ministros dando orientações de macroeconomia também são da área de Política; mudanças em instituições financeiras globais são compartilhadas com a Internacional; crimes financeiros e fraudes bancárias podem aparecer na página de Polícia.
Subeditorias
As editorias de Economia de jornais de grande circulação brasileiros costumam se dividir em quatro setores ou subeditorias:
Macroeconomia - cobre as políticas de Estado para economia, preços, inflação, salários, emprego, desemprego, crescimento, recessão, orçamento, endividamento, contas nacionais, balança comercial, importação & exportação, trabalhador, consumidor, previdência, criptomoedas e loterias
Finanças - cobre o mercado financeiro, bolsas de valores, mercado de ações, títulos públicos, juros bancários, bancos, Banco Central, bolsas de mercadorias e futuros, especulação, câmbio (moedas estrangeiras), commodities
Negócios - cobre as empresas (estatais e iniciativa privada), fusões, aquisições, separações, parcerias, pesquisa & desenvolvimento e tecnologia, marketing, casos de sucesso entre empresários e executivos
Infraestrutura - cobre obras públicas, investimentos e manutenção em energia, eletricidade, combustíveis, transportes, telecomunicações, telefonia, radiodifusão
Publicações especializadas em Jornalismo Econômico costumam dividir estas mesmas áreas de diferentes maneiras, como colocar "Macroeconomia" sob a rubrica de "Nacional" ou "País", "Negócios" dividido por setor industrial/comercial, e assim por diante.
Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Economia são divididas entre protagonistas (empresários), autoridades (ministros, secretários, diretores de órgãos, funcionários públicos), especialistas (economistas) e usuários (consumidores).
Fontes úteis para o jornalista de Macroeconomia são os institutos de pesquisa (no Brasil, IBGE, Fundação IPEAD,IPEA, FGV), universidades, federações de indústrias (CNI, FIESP, FIRJAN), empresas de consultoria e advogados tributaristas.
No setor trabalhista, também são ouvidos sindicatos, patronais, associações de classe, advogados trabalhistas e os departamentos de recursos humanos das empresas.
No governo federal do Brasil, os ministérios da área econômica (Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Trabalho), o Banco Central e o Tesouro Nacional, bem como a Receita Federal e o BNDES, são fontes constantes das editorias de Economia.
O repórter do setor de Negócios é essencial para descobrir e revelar ao público as informações que as empresas não desejam — e não têm a menor obrigação de — revelar.
Economês
Mais do que outras especializações jornalísticas, que também possuem seus termos e jargões próprios, a área de Economia é a mais criticada por utilizar uma linguagem particular — apelidada de Economês — nos textos. Segundo alguns críticos, este tipo de codificação seria intencional e serviria exatamente para restringir o acesso da maioria da população aos problemas econômicos e suas causas, limitando este conhecimento aos meios especializados. Jornalistas da área, no entanto, acreditam que determinados termos são abstratos demais para ser explicados a cada matéria, e que o didatismo não seria função da imprensa.
A respeito destes códigos, o jornalista Aylê Salassié Filgueiras Quintão, em seu livro "O Jornalismo Econômico no Brasil depois de 1964", comenta:
"Além da contribuição dada para ritualizar ainda mais a função do Jornalismo Econômico, o uso repetido e constante de indicadores de preços, de custos, de produção, de consumo ou de liquidez, simbolizando práticas mercadológicas, atua também no sentido de confundir o texto da notícia e, em conseqüência, o leitor. Por prejulgarem que alguns desses símbolos são por demais conhecidos, muitos jornalistas e jornais não os traduzem para o público."
Jornalismo Econômico no Brasil
No Brasil, alguns dos maiores expoentes profissionais em Jornalismo Econômico são Ricardo Amorim, Míriam Leitão, Joelmir Betting, George Vidor, Carlos Alberto Sardenberg, Lilian Witte Fibe, Luís Nassif,Suely Caldas, Sônia Racy, Fátima Turci, e Flavia Oliveira, além de Celso Ming, Sérgio Léo, Denise Campos de Toledo, Salette Lemos, Guilherme Barros, Ivo Ribeiro, Joaquim Castanheira, Maria Christina Carvalho, Gregório José (Uberlândia) e Vicente Nunes entre outros.
Segundo José Venâncio de Resende, em seu livro Construtores do Jornalismo Econômico (ed. Ícone), que se refere ao Brasil, os pioneiros na área foram Geraldo Banas, fundador da editora de mesmo nome, e Benedicto Ribeiro, nos anos 1950.
Os principais veículos (jornais e revistas) dedicados ao tema são as revistas Exame, IstoÉ Dinheiro, "Época Negócios" e os jornais Valor Econômico, Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), Diário Mercantil e Monitor Mercantil. No passado, houve também os jornais Gazeta Mercantil e Brasil Econômico, ambos já extintos.
As editorias de economia dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "Economia & Negócios" no JB, "Dinheiro" na Folha de S.Paulo, "Economia & Negócios" em O Estado de S.Paulo, "Economia" em O Globo, "Economia" em O Dia, "Economia" no Zero Hora, "Economia" no Estado de Minas, "Economia" em A Tarde, "Economia" no Diário de Pernambuco, "Economia" no Correio Braziliense e "Economia" em O Popular, "Economia" no O Povo e no Correio da Paraíba (semanal até 4 de agosto de 2015 e diário a partir de 5 de agosto do mesmo ano) e "Negócios" no Diário do Nordeste.
Na televisão, alguns programas de referência são o Conta Corrente, Mundo S/A e Espaço Aberto - Miriam Leitão, ambos do canal Globo News, o Economia & Negócios, da Record News e o Saldo Extra, da TV Novo Tempo.
Chama-se Jornalismo de Cidade, Jornalismo Local ou ainda noticiário local a especialização da profissão jornalística relativa à cobertura de fatos e eventos no contexto local. Normalmente, considera-se que estes assuntos não seriam de interesse para públicos de outras localidades, ou tampouco num nível nacional ou internacional. Pode-se, ainda, ampliar o conceito para « jornalismo regional », sobretudo no caso das redes de comunicação que atuam com abrangência de várias cidades, formando uma região por razões geográficas, culturais ou simplesmente por políticas de concessão.
Índice
1 Peculiaridades
2 Temas
3 Fontes
4 Funções específicas
5 Jornalismo de Cidade no Brasil
6 Jornalismo de Cidade em Portugal
7 Ver também
8 Referências bibliográficas
9 Ligações externas
Peculiaridades
Em geral, o âmbito de cobertura do noticiário local diz respeito ao espaço geográfico de um município, concelho, distrito ou, em casos maiores, as regiões metropolitanas e estados ao redor de uma cidade.
No entanto, determinados fatores podem "elevar" a importância de um fato local e fazê-lo ser destaque no escopo do noticiário nacional ou mesmo no exterior — entre tais fatores estão, por exemplo, o grau de inusitado de um fato ou a importância geopolítica do local onde ocorreu. Neste caso, a notícia será publicada na seção Cidade da imprensa local e nas seções Nacional e Internacional da mídia de outras cidades e países, respectivamente.
Para cobrir notícias locais que tenham interesse ampliado nacionalmente, jornais e outros veículos de imprensa costumam manter redações sucursais em cidades estratégicas.
No Brasil, as editorias que publicam o noticiário local costumam ser chamadas de Cidade, Cotidiano, Local, Regional ou ainda batizadas com o nome da cidade-sede do veículo (como a editoria Rio do jornal O Globo e Fortaleza do jornal O Povo).
Nos EUA, cunhou-se o termo "hiperlocal" para se referir à cobertura de notícias em nível ainda menor que o das cidades, como o Jornalismo de bairro e comunitário.
O Jornalismo de Cidade é considerado mundialmente como a principal "escola" de reportagem e passagem inicial obrigatória na experiência profissional do jornalista. É comum a crença, entre colegas da profissão, de que o repórter que souber fazer bem o noticiário local está apto a cobrir qualquer outro assunto ou lugar do mundo.
Temas
As pautas do Jornalismo de Cidade incluem a cobertura de eventos (acidentes, crimes, fatalidades, festas cívicas, problemas ambientais de âmbito local como poluição de praias e rios, etc.), as instituições que geram produtos e fatos (prefeituras, secretarias municipais, empresas e entidades municipais e regionais), as políticas públicas para a área (problemas de infraestrutura, trânsito, saneamento, saúde, educação) e o dia-a-dia da localidade.
A política em nível municipal ou de concelho (eleições, atividades da câmara de vereadores, secretarias e outros órgãos municipais) é muitas vezes coberta pelas equipes das editorias de Cidade, embora às vezes fique a cargo do Jornalismo Político.
Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Cidade são divididas entre protagonistas (personagens dos eventos e fatos locais), autoridades (prefeitos, vereadores, secretários, diretores de órgãos públicos, policiais), especialistas (educadores, sanitaristas, ambientalistas) e usuários (outros habitantes, moradores, vizinhos).
Funções específicas
Uma função essencial no Jornalismo de Cidade em várias redações de jornalismo diário é a do apurador ou escuta. Trata-se de um repórter que fica, dentro da redação, numa sala específica (sala de apuração) com aparelhos de escuta radiofônica sintonizados nas freqüências utilizadas pelas polícias, pelos bombeiros e pela Defesa Civil. Quando ouvem um fato que pode servir para uma notícia, os apuradores confirmam a informação por telefone com as autoridades responsáveis (ou colegas em outros veículos) e comunicam a seus chefes que, se necessário, deslocam um repórter para o local do crime ou acidente.
Sobre esta função, ver também o artigo específico Cobertura policial.
Jornalismo de Cidade no Brasil
No Brasil, praticamente todos os jornais diários são de âmbito local, mesmo os que se distribuem em circulação nacional (como a Folha de S.Paulo e O Globo). Já revistas semanais de circulação nacional, como a Veja, encartam em suas edições revistas locais para as maiores cidades (apelidadas de Vejinha). O carioca Jornal do Brasil criou, em 2004, cadernos específicos para suas sucursais em Brasília e Niterói.
As editorias de cidade dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "Cidade" no JB, "Cotidiano" na Folha de S.Paulo, "Metrópole" em O Estado de S.Paulo, "Rio" em O Globo, "Rio" em O Dia, "Paraná" na Gazeta do Povo, "Geral" e "Polícia" no Zero Hora, "Cidades-DF" no Correio Braziliense "Geral" no Estado de Minas, "Salvador" em A Tarde, "Vida Urbana" no Diário de Pernambuco, "Atualidades" e "Polícia" em O Liberal, e "Cidade" no Diário do Nordeste, "Cotidiano" no O Povo, "Cidades" em O Popular e no Correio da Paraíba.
Na televisão, quase todas as redes dividem seus noticiários em locais e nacionais. As notícias locais que são julgadas como de interesse nacional são produzidas pelas sucursais (ou afiliadas) e acabam repetidas no telejornal em rede.
Na televisão, alguns programas de referência são os noticiários locais, como o Praça TV, o Bom Dia Praça, o Radar, o Bom Dia Sábado e o Globo Comunidade, da Rede Globo.
Jornalismo cultural é o nome dado à especialização da profissão jornalística nos fatos relacionados à cultura local, nacional e internacional, em suas diversas manifestações - como artes plásticas, música, cinema, teatro, televisão, folclore e afins. Os textos escritos para a editoria de cultura podem trazer reflexões sobre os movimentos culturais, aspectos históricos e características com aprofundamento. A cobertura de literatura, embora nos cadernos diários seja integrada à editoria de Cultura, nos cadernos semanais é publicada em uma editoria independente.
As primeiras coberturas de cultura surgiram por volta do século XVIII, na França, com os panfletos literários e revistas dirigidas especificamente para o público feminino. Algumas das referências em jornalismo de música pop são a estadunidense Rolling Stone e a britânica New Musical Express: NME.
No Brasil, a maior parte dos grandes jornais dedica à cultura um caderno diário, geralmente encartado junto ao caderno principal — é o caso do Jornal do Brasil (Caderno B), do Diário do Nordeste (Caderno 3), da Folha de S.Paulo (Folha Ilustrada), do O Povo (Vida & Arte), de O Estado de S. Paulo e do Correio da Paraíba (Caderno 2) e de O Globo (Segundo Caderno). Outros publicam um caderno semanal, como os diários económicos Gazeta Mercantil, Valor Econômico e o Jornal do Commercio.
Índice
1 Temas
2 Fontes
3 Crítico cultural
4 Referências
5 Ligações externas
Temas
As pautas do jornalismo cultural incluem toda a área econômica, do direito, música, artes plásticas, teatro, televisão, cinema e televisão e a cobertura de eventos (festivais, exposições, vernissages), as instituições que geram produtos e fatos (produtoras de cinema, estúdios, galerias, museus, bibliotecas, teatros, gravadoras), as políticas públicas para a área (secretarias e ministérios da Cultura e da Educação) e o dia-a-dia do setor.
Para receber notícias de cultura estrangeira, os veículos geralmente dependem de agências de notícias. Em alguns casos possuem correspondentes estrangeiros ou enviam jornalistas aos países.
Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes do jornalismo cultural são divididas entre protagonistas (artistas, produtores culturais, curadores, empresários) e autoridades (secretários de cultura, funcionários públicos, diretores de fundações, museus e bibliotecas).
Crítico cultural
Ver artigo principal: Crítica
Uma função específica do jornalismo cultural é o crítico, que escreve análises críticas e comentários sobre determinada obra ou artista. Geralmente, o crítico se especializa numa determinada arte ou estilo e procura ter um sólida formação teórica (ou acadêmica) para fundamentar as suas opiniões. O texto da crítica é normalmente subjectivo, mas com fundamento. Pela informação técnica que o crítico coloca em suas matérias, o leitor terá mais dados para fazer a sua própria avaliação.
Entre os críticos culturais mais relevantes do Jornalismo, destacam-se:
Críticos de cinema: Antonio Gonçalves Filho , Daniel Feix, Marcelo Perrone, Roger Lerina, Moniz Vianna, Sérgio Rizzo, Sergio Augusto, Rubens Ewald Filho, José Carlos Avellar, Luiz Carlos Merten, Christian Petterman, Renato Lemos e Carlos Helí de Almeida (Brasil), além de André Bazin, Alain Resnais (França), Pauline Kael, Roger Ebert, (EUA)
Críticos de música: Gustavo Brigatti, Tárik de Souza, Sílvio Essinger, João Máximo, Artur Dapieve, Lúcio Ribeiro, Lauro Machado Coelho (Brasil)
Críticos de arte: Jorge Anthonio e Silva, Antônio Gonçalves Filho, Olívio Tavares de Araújo, Ferreira Gullar, Sheila Leirner, Michael Kimmelman (EUA)
Críticos de teatro: Oscar Araripe, Bárbara Heliodora, Yan Michalski, Sábato Magaldi, Van Jaffa, Fausto Wolff, Paulo Francis, Henrique Oscar, Antônio Hohlfeldt
Na televisão, alguns programas de referência são o Sarau, da Globo News e o Entrevista Record, da Record News.
Jornalismo esportivo (português brasileiro) ou desportivo (português europeu) é a especialização da profissão jornalística nos fatos relacionados aos esportes (desporto, em Portugal), ginástica, jogos, hobbies e outras atividades de exercício físico.
Uma nova subdivisão do jornalismo esportivo é o jornalismo automotivo, dedicado ao setor automobilístico, como automóvel, mecânica, testes de desempenho, avaliações de especialistas, lançamentos, segredos, salões, dicas de trânsito etc. As editorias semanais de automobilismo dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de ''Automania'', ''Carros & Motos'', ''Automóvel'' ou ''Carros''. Um extinto suplemento dominical automotivo foi o ''Veículos'', no Correio da Paraíba. Na televisão, alguns programas de referência são o Auto Esporte, da Rede Globo, o Auto+, da RedeTV! e o Acelerados, do SBT.
O Jornalismo Esportivo é uma especialização que lida com alto grau de risco de parcialidade, pois tanto jornalistas quanto leitores têm preferências por determinados times ou atletas. Por isso, o profissional da área deve tomar cuidado com a paixão ou repúdio que seu texto pode facilmente provocar no público (e em colegas).
Índice
1 Temas
2 Fontes
3 Crônica esportiva
4 Grandes coberturas
5 Jornalismo esportivo no Brasil
6 Viés bélico do texto esportivo voltado ao futebol
6.1 Termos frequentemente empregados
6.1.1 Tiro/ Petardo/ Bomba
6.1.2 Investida ofensiva/ Blitz
6.1.3 Esquadrão
6.2 Definições bélicas
6.2.1 O artilheiro
6.2.2 Estrategista
6.2.3 Carrasco
6.3 Personagens marcados
7 Jornalismo esportivo em Portugal
8 Referências bibliográficas
8.1 Outros temas de esporte
9 Ligações externas
Temas
As pautas do Jornalismo Esportivo incluem a cobertura de eventos (Jogos Olímpicos, Copas do Mundo, campeonatos, competições, treinos, contratações de jogadores e técnicos), as instituições que geram produtos e fatos (comitês olímpicos, federações esportivas, clubes, torcidas), as políticas públicas para a área (Ministério do Esporte, secretarias do Esporte, construções de estádios, quadras e áreas de lazer) e o dia-a-dia do setor.
No Brasil, o esporte que domina a esmagadora maioria das pautas em Jornalismo Esportivo é o futebol. Em diversos jornais e revistas não-especializados em Esporte, há uma divisão entre o futebol e os demais esportes, agrupados todos sob a denominação genérica de "esportes amadores" (embora grande parte deles seja já profissionalizada).
Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Esporte são divididas entre protagonistas (atletas, dirigentes de clubes e de entidades esportivas), autoridades (ministro, secretários, diretores de órgãos públicos), especialistas (médicos, fisioterapeutas, pesquisadores em esporte, profissionais de educação física) e usuários (torcedores ou adeptos).
Crônica esportiva
Uma função específica do Jornalismo Esportivo é o Cronista Esportivo, um jornalista especializado em narrar momentos e lances de um jogo ou competição sob a forma de crônica, um texto mais leve e literário.
O principal cronista esportivo da história brasileira foi Nelson Rodrigues.
O menor cronista desportivo da história em Portugal é António Ribeiro Cristóvão.
A crônica é um estilo que, por si só, tem a capacidade de dar tom ficcional e romântico a um fato. A emoção com que os grandes cronistas escreviam cabia perfeitamente no futebol, esporte que sempre despertou os mais variados sentimentos naqueles que o acompanham de perto.
Os autores conseguiam trazer esta emoção dos campos para os folhetins e periódicos da época, o que dava a seus textos uma grande popularidade entre os apaixonados por futebol. O esporte não tinha muito espaço na mídia, espaço que foi conquistado conforme a paixão crescia.
Pode-se dizer que as crônicas contribuíram para o crescimento dessa paixão, mas existem alguns questionamentos quanto a ligação dessas crônicas com o Jornalismo.
Alguns princípios básicos do jornalismo, como a busca pela verdade e a imparcialidade, fugiam a alguns textos de Nelson Rodrigues. Torcedor fanático do Fluminense, Nelson preferia emoção à razão. Era míope, tinha a visão muito prejudicada, o que o impedia de analisar completamente uma partida de futebol e comprometia a veracidade do texto.
Grandes coberturas
No jornalismo esportivo, pelo menos duas grandes coberturas de nível mundial se alternam a cada quatro anos: a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A primeira é o maior evento de futebol do planeta, sediado em um país de cada vez, e acontece nos anos pares com final não-divisível por 4 (90, 94, 98...). Já as olimpíadas ocorrem nos anos terminados em múltiplos de 4 (88, 92, 96...), sediadas em uma única cidade. Durante estes eventos, a imprensa de inúmeros países do mundo envia repórteres e correspondentes para cobrir o desempenho de seus atletas e dos adversários. No entanto, a concentração de jornalistas esportivos numa olimpíada é muito maior do que numa Copa do Mundo, já que os profissionais estão em uma só cidade e há muito mais países participantes. Por isso, as coberturas de Jogos Olímpicos exigem grande estrutura e recursos, tanto para a cidade-sede das competições quanto para as empresas jornalísticas.
Jornalismo esportivo no Brasil
No Brasil, a esmagadora maioria do espaço no Jornalismo Esportivo é preenchida por matérias sobre futebol, o esporte mais popular no país. O restante é dedicado aos chamados Esportes Amadores, ainda que constem entre eles o vôlei, o futsal e o basquete, que já são bastante profissionalizados.
Os principais veículos (jornais e revistas) dedicados ao tema são os jornais Lance! e Jornal dos Sports, além das revistas Placar, Revista Goool e Trivela. A TV Bandeirantes foi, nas décadas de 1980 e 1990, especializada em esportes, utilizando o slogan "o canal do esporte". Na TV por assinatura, existem o Fox Sports, Sportv, canal Woohoo, canais ESPN (ESPN e ESPN Brasil) e o BandSports. há ainda aqueles cujo são só no Pay-per-view, como: Combate e Premiere. Já na Internet há também sites que abordam o assunto: Globoesporte.com, FutNet, 4.3.3, Papo de Bola, O Gol (www.ogol.com.br), QuatroQuatroDois (www.quatroquatrodois.com), Esporte Interativo, Futebol Interior, FutRio, Intermediaria Esportes (intermediaria.vai.la), entre outros.
Alguns dos maiores expoentes profissionais brasileiros em Jornalismo Esportivo (entre jornalistas, colunistas, locutores e pesquisadores) são: Orlando Duarte, Juca Kfouri, Fernando Calazans, Jorge Guimarães, Pedro Ernesto Denardin, Henrique Chaparro, Luis Carlos Reche, Nando Gross, professor Ruy Carlos Ostermann, Lauro Quadros, Armando Nogueira, Antônio Maria, Mário Filho, Antero Greco e Alberto Helena Júnior (impresso); José Carlos Araújo, Eraldo Leite, Osmar Santos, Oduvaldo Cozzi, Orlando Baptista, Luciano Andrade, Luis Mendes, Aroldo Costa, Roberto Queiroz, Ralph de Carvalho, Luiz Penido, Washington Rodrigues, Fiori Gigliotti, Ulisses Costa, Dirceu Maravilha e Oscar Ulisses (rádio); Luciano do Valle, Fernando Vanucci, George Guilherme, Léo Batista, José Italiano, Jorge Kajuru, José Trajano, João Pedro Paes Leme, Marcos Uchôa, Milton Neves, Mauro Cezar Pereira, Sergio Mauricio, Rafael Copetti dos Santos, Ricardo Vidarte, Rafael Silveira, Andrei Kampff, Régis Rösing, João Guilherme, Tino Marcos, Mário Filho, Tiago Leifert, Leroy Ackermann, Fernando Kallás, Luís Nachbin, Mauro Beting, Paulo Vinícius Coelho, Paulo Calçade, Armando Oliveira, Barcimio Sicupira e Clemente Comandulli.
O Jornalismo Esportivo no Brasil ainda é uma especialização exercida principalmente por homens, mas o número de mulheres vem crescendo. Nomes como Cristiane Dias, Gabriela Pasqualin, Glenda Kozlowski, Karine Alves, Larissa Erthal, Marcela Rafael, Marina Ferrari, Mylena Ciribelli, Renata Cordeiro, Renata Fan, Vanessa Riche, Lucilene Caetano, entre outras.
As editorias de esporte nos principais jornais diários brasileiros são chamadas de ''Esportes''. Na televisão, alguns canais e programas de referência são o Globo Esporte e o Esporte Espetacular, da Rede Globo, o Esporte Fantástico, da RecordTV, o Bola na Rede, da RedeTV!, o Redação SporTV, Seleção SporTV, SporTV News, Troca de Passes, Tá na Área, Baú do Esporte, Giro da Rodada, Pré Jogo, Grande Círculo, Bem, Amigos!, É Gol!, Extra Ordinários, Expresso do Esporte, Planeta SporTV, do canal SporTV, A Última Palavra, Expediente Futebol, Aqui com Benja, La Liga Show, Jogo Sagrado, Fox Sports Rádio e Tarde Redonda, do Fox Sports, Gol: O Grande Momento do Futebol, Ace BandSports, Depois do Jogo, Baita Amigos, Linha de Três, Poker Night, Sala do Esporte, Autotécnica, Encontro de Craques, Dois no Banco, MIT TV, Gol de Placa, Mundo Moto, Mundo Hípico, Propaganda Futebol Clube e Por Dentro da Bola, do BandSports, Linha de Passe, SportsCenter, Caravana do Esporte, Bola da Vez, Bate-Bola, Pontapé Inicial, Planeta EXPN, Especial Radical, Abre o Jogo, Juca Entrevista, Fora de Jogo e Loucos por Futebol, do ESPN Brasil.
Viés bélico do texto esportivo voltado ao futebol
A produção de textos voltados ao futebol tem suas próprias características e peculiaridades. Por vezes, são empregados termos técnicos como os que definem a posição de um atleta no campo de jogo ou o nome de alguma infração anotada pelo árbitro da partida As metáforas bélicas e a linguagem de guerra proporcionam ao texto esportivo um aspecto espetacular, um ar grandioso. O emprego desse tipo de linguagem vai desde a descrição de um simples movimento no campo de jogo até o clímax do esporte, que seria a obtenção de um título importante, por exemplo. Do emprego dessa linguagem bélica surgiram personagens que ficaram marcados por nomes característicos em suas carreiras.
Termos frequentemente empregados
Tiro/ Petardo/ Bomba
Esses termos geralmente designam um chute muito forte na bola. O emprego reforça a atmosfera de batalha que o texto esportivo tenta criar.
Exemplo na mídia: "Diaz acertou um belo tiro de fora da área e marcou o gol do jogo, sem chance para o goleiro Paulo Victor (...)"
Investida ofensiva/ Blitz
Expressão que traduz o movimento de um time, com muitos jogadores ou com muita intensidade, ao gol do adversário.
Exemplo na mídia: “Os jogadores fizeram uma verdadeira blitz no início do jogo. A pressão foi tamanha que o Santos, praticamente, não saiu do campo de ataque nos primeiros 25 minutos.”
Esquadrão
Termo que exprime todos os jogadores de um clube, como se fossem grandes soldados.
Exemplo na mídia: "Neymar puxa a fila do esquadrão alvinegro para 2012”
Definições bélicas
O artilheiro
Jogador que faz muitos gols. Representado como chefe de uma grande artilharia de um exército.
Exemplo na mídia: “O português Cristiano Ronaldo é um dos dez maiores artilheiros em atividade no futebol mundial"
Estrategista
Treinador de um clube que age de maneira excepcional, representando um grande general.
Exemplo na mídia: “Cruyff conheceu o estrategista Telê Santana”
Carrasco
Algum jogador que decidiu o jogo para seu time, como se tirasse a vida do outro time.
Exemplo na mídia: “Carrasco do Santos no Mundial, Messi ganha 3 dias de folga (...)”
Matador/Assassino das áreas
Jogador que costuma marcar muitos gols em momentos importantes.
Exemplo na mídia: "Lionel Messi é um assassino dentro da área" - Juan Pablo Sorín (Ex-jogador e comentarista dos canais ESPN)
Personagens marcados
1. Adriano Imperador (por ter se destacado na Itália)
2. Kléber Gladiador (por ser perspicaz em seu jogo)
3. Leandro Guerreiro (por doar-se fisicamente ao máximo em seu jogo)
4. Gérson Canhotinha de Ouro (por ter passes certos na maioria das vezes em que tentava)