Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, retiros, shows, grupos de oração, etc.).
As características do Canto litúrgico são:
1) Conteúdo ou inspiração bíblica;
2) Qualquer salmo cantado é litúrgico;
3) Deve ter melodia fácil;
4) Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e momento próprio);
5) Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo, Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da Tradição da Igreja.
As características a serem levadas em consideração são:
1. Canto de entrada:
Letra: Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo da celebração.
Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
2. Canto penitencial:
De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar confiança no perdão de Deus.
Letra e música: Lenta, com um pedido de perdão, que leve à reflexão. Sejam usados especialmente instrumentos mais suaves.
3. Canto do glória:
Letra e música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
Não se usa na Quaresma, no Advento, em missas de 7º dia, trigésimo dia, um ano de falecimento, missas de corpo presente e no Dia de Finados.
4. Salmo Responsorial:
Letra: Faz parte integrante da liturgia da palavra: responde à 1ª leitura que foi ouvida. Deve ser cantado. Pode ser adaptado, porém nunca substituído por um canto de meditação.
Letra: Salmo próprio do dia
Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
5. Aclamação ao Evangelho:
Letra: Tem que ter Aleluia (louvor a Deus), exceto na Quaresma. É um convite para ouvir; é o anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser curto e tirado do lecionário próprio do dia.
Música: De ritmo festivo e acolhedor. Podem ser usados outros instrumentos.
6. Canto de ofertório:
Letra: Não é obrigatório que se fale de pão e vinho. Pode falar do tema da liturgia ou do oferecimento da própria vida a Cristo.
Música: Melodia calma, suave. Uso de instrumentos suaves.
7. Santo:
É um canto vibrante por natureza.
Letra e música: Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade de Deus, mesmo não seguindo a fórmula do Missal ou da CNBB.
8. Doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”
É uma hora muito importante e solene. É o próprio Cristo que oferece e é oferecido. É cantado apenas pelo sacerdote. O Amém conclusivo, aí sim cantado pelo povo, é o mais importante da Missa e deve ser cantado ao menos aos finais de semana.
9. Pai-Nosso:
Pode ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas palavras da oração. Não se diz o Amém, mesmo quando cantado.
10. Cordeiro de Deus:
Pode ser cantado com melodia não muito rápida e sempre com as mesmas palavras da oração.
11. Canto de Comunhão:
É um canto processional, para se cantar andando.
Letra: Preferência que tenha sintonia com o Evangelho e que seja “Eucarística”, ou seja, que fale sobre a comunhão, sobre o Corpo e o Sangue de Cristo, sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outro tema que faça referência ao mistério da Eucaristia.
Música: Processional
12. Ação de Graças:
Se for o caso, se canta dando graças, louvando e agradecendo o encontro com o Senhor e com os irmãos. No entanto, que se tenha tempo de silêncio profundo e de adoração e intimidade com o Senhor. Instrumentos mais doces e melodia lenta.
13. Canto final:
É para ser cantado após a Bênção Final, enquanto o povo se retira da Igreja: é o canto de despedida.
Letra: Deve conter uma mensagem que levaremos para a vida.
Música: Alegre, vibrante. Pode ser um canto de acordo com o tempo litúrgico, o canto do padroeiro ou um canto de Nossa Senhora, do Espírito Santo ou da família, o hino da Campanha da Fraternidade, dos meses temáticos e dos anos temáticos.
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