Preposição é uma palavra invariável que liga dois termos, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regido ao regente.
Ex.:
Os alunos estão aptos para estudar.
Nós assistimos ao filme.
Observe: A preposição “para” liga o termo “aptos” ao termo “estudar”. O termo que antecede a preposição (aptos) é o termo subordinante denominado regente e o termo que a sucede (estudar), o subordinado, é denominado regido. Já no segundo exemplo, (quem assiste assiste a), o verbo "assistir" é o termo regente (o subordinante), rege a preposição -a, o termo regido é "filme", termo regido (subordinado).
CLASSIFICAÇÃO
As preposições são classificadas em essenciais e acidentais:
Essenciais – são as preposições propriamente ditas. Ex.: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Acidentais – são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente funcionam como preposição. Ex.: consoante, conforme, durante, segundo, não obstante, exceto, afora, menos, salvo, senão, visto, tirante, feito, como, que, etc. Resultam de uma derivação imprópria.
Exemplos:
Agimos conforme a atitude delas.
Conversamos muito durante a refeição.
Obtiveram como resposta um bilhete.
Ela terá que fazer o trabalho.
Conversamos pouco durante o jantar.
Durante, mediante, consoante, tirante e não obstante são formas de particípio presente.
Visto, salvo, exceto e feito são formas de particípio.
Inclusive, fora, afora e menos são formas de advérbio.
Conforme é forma de adjetivo.
Como é forma de conjunção.
Segundo é forma de numeral ordinal.
Senão é a conjunção condicional se com o advérbio de negação não.
A palavra A pode ser artigo, preposição, pronome oblíquo, pronome demonstrativo ou substantivo.
No português moderno, trás só se usa em locuções: por trás, para trás. O sentido original dessa preposição era além de, que subsiste nos compostos trasanteontem e Trás-os-Montes. Muitas vezes, é substituída pelas locuções atrás de e depois de, e eventualmente, por sua sinônima após. Esse uso ainda subsiste no espanhol - tras.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
É o conjunto de dois ou mais vocábulos com valor de preposição. A última palavra será sempre uma preposição. Ex.: abaixo de, acima de, acerca de, diante de, em vez de, a par de, graças a, junto a, de acordo com, ao lado de, ao redor de, por causa de, etc.
Não obstante - única locução prepositiva não terminada em preposição
EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES
FORMAS COMBINADAS E CONTRAÍDAS
COMBINAÇÃO - É a junção de algumas preposições com outras palavras, de outras classes gramaticais. Na combinação não há perda de letras. Exemplos:
ao (preposição a + artigo definido o)
aonde ( preposição a + advérbio onde)
CONTRAÇÃO - É a junção de algumas preposições com termos de outras classes de palavras, tais como artigo, pronome, advérbio. Na contração a preposição sofre redução, ou seja, há perda de letras. Exemplos:
do (preposição de + artigo definido o);
nesse (preposição em + pronome demonstrativo esse);
à (preposição a + artigo definido a);
daquela (preposição de + pronome demonstrativo aquela);
duma (preposição de + artigo indefinido uma);
no (preposição em + artigo definido o);
daqui (preposição de + advérbio de lugar aqui);
nele (preposição em + pronome pessoal ele).
PRINCIPAIS RELAÇÕES SEMÂNTICAS
Autoria – música de Djavan; tela de Renoir
Lugar – ver de perto; estar sob a mesa
Destino – ir a Brasília; ir à Bahia
Instrumento – escrever a lápis; ferir-se com a faca
Finalidade – estudar para passar; vir em socorro
Conteúdo – copo com água
Preço – livro de dez reais
Origem – descender de família humilde
Oposição – o Brasil jogará contra a Argentina
Assunto – falamos sobre cultura
Posse – camisa de Fernanda
Causa – tremer de frio; ser preso por vadiagem
Limite – estudar até não poder mais; ir até a praia
Especialidade – formado em Direito
Modo – fazer tudo com cuidado
Tempo – prazo de 3 dias para a entrega
Conformidade – instalar segundo as instruções do manual
Distância – estamos a 4 quilômetros da farmácia
Não é sempre que a preposição apresenta sentido. Às vezes, serve como mero elemento conector.
SUJEITO DE INFINITIVO
Na linguagem culta, não se deve contrair a preposição de se o termo seguinte exercer a função sintática de sujeito de um verbo no infinitivo.
Ex.: É hora do eleitor votar consciente. (registro informal, coloquial)
É hora de o eleitor votar consciente. (registro formal, culto)
É hora dela tomar juízo. (registro informal, coloquial)
É hora de ela tomar juízo. (registro formal, culto)
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