Acontece com Fernando Pinto Rodrigues o mesmo que acontece com milhões de brasileiros. A reforma ortográfica lhes deu um baita nó nos miolos. Dúvidas. Dúvidas. Dúvidas. A mais recente se refere a arguir. Agora que o trema caiu, como fica a conjugação do traiçoeiro verbinho, muito comum no Direito, e por aqueles que têm o costume e gostam de ler?
Guarde isto: em todas as formas, o u fica livre e solto — sem trema e sem acento. Eis a conjugação, que segue a do verbo influir:
Modo indicativo — presente (eu arguo, tu arguis, ele argui, nós arguimos, vós arguis, eles arguem), pretérito perfeito (eu argui, tu arguiste, ele arguiu, nós arguimos, vós arguistes, eles arguiram), pretérito imperfeito (eu arguia, tu arguias, ele arguia, nós arguíamos, vós arguíeis, eles arguiam), futuro do presente (eu arguirei, tu arguirás, ele arguirá, nós arguiremos, vós arguireis, eles arguirão), futuro do pretérito (eu arguiria, tu arguirias, ele arguiria, nós arguiríamos, vós arguíríeis, eles arguiriam).
O pretérito mais-que-perfeito só se usa em algumas traduções da Bíblia, em textos jurídicos e científicos e em textos literários antigos, portanto excluímos.
Modo subjuntivo — presente (que eu argua, tu arguas, ele argua, nós arguamos, vós arguais, eles arguam), imperfeito (eu arguisse, tu arguisses, ele arguisse, nós arguíssemos, vós arguísseis, eles arguissem), futuro do subjuntivo: quando eu arguir, tu arguires, ele arguir, nós arguirmos, vós arguirdes, eles arguirem).
O imperativo segue o esquema já conhecido.
Ufa!
Esse verbo tem um derivado (irmãozinho): redarguir, que segue a mesma conjugação, e o modelo de usufruir. Ele mantém o u pronunciado. Cuidado para não confundir com retorquir, que aceita as duas pronuncias, com o u pronunciado ou mudo.
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