domingo, 1 de agosto de 2021

Círculo Folha - Manual de Redação (3)

 macro- - Sempre sem hífen: macrobiótica, macrocefalia, macrocosmo, macroeconomia, macrometeorito, macromolécula, macrorregião, macroscópico.


máfia/Máfia - Comece com maiúscula apenas quando se referir à organização de origem siciliana: A Máfia assassinou o juiz encarregado de apurar as atividades da organização; mas A máfia chinesa domina a cidade.


Não use a expressão máfia de branco para designar a categoria dos médicos.

maiúsculas/minúsculas - A Folha observa o uso corrente de inicial maiúscula no começo de frase e nomes próprios. Os casos controversos ou duvidosos são regulados abaixo, seguindo tendência simplificadora em direção às minúsculas. Este manual também resolve dúvidas específicas em verbetes próprios.

Use maiúsculas nos seguintes casos:



a) Conceitos políticos importantes - Constituição, Estado, Federação, União, República, Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Justiça, Direito (conjunto de normas);


b) Citação direta - O ministro disse: "Acabou a inflação";


c) Instituições, órgãos e unidades administrativas - Presidência da República, Supremo Tribunal Federal, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembléia Legislativa, Ministério da Fazenda, Secretaria da Educação, Exército, Marinha, Forças Armadas, Polícia Militar, Comissão de Relações Exteriores, Museu de Arte Moderna, Prefeitura de São Paulo, Estado (ou Província, Condado, Cantão etc., se for a divisão administrativa oficial do país em questão);


d) Nomes de datas, feriados, eventos históricos ou festas religiosas e populares - Primeiro de Maio, Dia do Trabalho, Sete de Setembro, Natal, Carnaval, Revolução Francesa, Dia D, Ramadã, Yom Kippur, Dia da Bandeira, Proclamação da República, Dia do Aviador, Guerra do Golfo;


e) Título de obras (discos, livros, filmes, pinturas, esculturas, peças de teatro, óperas, programas de TV etc.) - "O Lago dos Cisnes", "O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu", "Mulheres à beira de um Ataque de Nervos".


Artigos, preposições, conjunções e partículas átonas que ocorrerem no meio do título são grafados em minúsculas;


f) Ocidente e Oriente - Quando se referem ao hemisfério como conceito geopolítico: O antagonismo entre Ocidente e Oriente; 


g) Região geográfica ou espacial, oficial ou consagrada - Triângulo Mineiro, Vale do Paraíba, Baixada Fluminense, Meio-Oeste (Costa Leste, Costa Oeste) dos EUA, Leste Europeu, Oriente Médio, Oriente Próximo, Extremo Oriente, Sistema Solar, Cruzeiro do Sul, Grande Ursa;


h) Período histórico consagrado ou geológico - Idade Moderna, Idade Média, Idade do Bronze, Alta Idade Média, Era Cristã, Antiguidade, Pré-História, Pleistoceno, Pré-Cambriano, o Seiscentos;


i) Leis e normas, quando constituírem nome próprio - Lei Sarney, Lei do Ventre Livre, Lei de Diretrizes e Bases, Código Penal, Plano Diretor. Mas atenção, se a lei for conhecida apenas por seu número, use minúscula: lei nº 5.250, portaria nº 123, medida provisória 296;


j) Epítetos ("apelidos") de personagens históricos - Ivã, o Terrível; Pepino, o Breve; Ricardo Coração de Leão; João sem Terra; Maria, a Louca;


l) Prêmios e distinções - Prêmio Nobel de Medicina, Ordem do Cruzeiro do Sul, Prêmio Esso de Jornalismo.


m) Palavras hifenadas - Lembre-se de que palavras separadas por hífen mantêm sua autonomia fonética. Assim, quando é o caso de escrevê-las com maiúscula, esta deve incidir sobre todos os elementos: Grã-Bretanha, Vice-Presidência, baía de Todos-os-Santos, Vi-o. Note que eventuais partículas átonas permanecem com minúscula. Use minúsculas nos seguintes casos:


a) nação, país, governo, exterior e interior - Sempre, a não ser que integrem nome próprio;


b) república e monarquia - Quando designarem forma de governo;


c) estado - Como sinônimo de situação, disposição: estado de espírito, estado de sítio, estado sólido;


d) Segunda menção - Nomes de instituições, quando aparecem pela segunda vez no texto de forma simplificada: O ar-condicionado do Ministério da Fazenda está quebrado. Os funcionários desse ministério se queixam do calor.


Mas atenção para as exceções: Presidência, Supremo, Câmara, Senado, Assembléia, sempre com maiúscula, mesmo em segunda menção, assim como os conceitos políticos importantes (veja item no começo deste verbete);


e) Vias, logradouros e acidentes geográficos - rua da Consolação, avenida Brasil, praça da República, parque do Carmo, oceano Atlântico, cabo Horn, estreito de Magalhães, mar Mediterrâneo.


Há exceções. Quando o acidente geográfico fizer parte de nome próprio (por exemplo de país), use maiúscula: Ilhas Salomão, Cabo Verde, Costa do Marfim.


Lembre-se de que em mapas os nomes de acidentes geográficos, vias e logradouros aparecem isolados e portanto constituem frases, devendo ser grafados com inicial maiúscula;


f) norte/sul/leste/oeste, quando se referirem ao ponto cardeal ou direção - O navio seguia para o norte; O vento oeste ou Zéfiro.


Mas atenção, use maiúscula quando integrar nome próprio ou designar conceito geopolítico: Timor Leste; pólo Norte, o antagonismo entre Norte e Sul;


g) Cargos, profissões, títulos e fórmulas de tratamento - papa, presidente, sir John, cardeal Arns, engenheiro, doutor pela USP, mestre Abelardo, lorde Keynes, santo Antônio, são Pedro, senhor, dom, você.


Quando a designação do cargo fizer referência a instituição ou órgão de governo, atenção para manter a maiúscula no segundo termo: secretário da Defesa, ministro do Interior, governador do Estado;


h) Ciências, disciplinas, escolas e movimentos artísticos - direito, filosofia, sociologia, português, física, medicina, deontologia, paleontologia, arte, literatura, surrealismo, impressionismo, romantismo;


i) Meses e dias da semana - janeiro, julho, dezembro, sexta-feira, segunda, domingo;


j) Gentílicos - brasileiro, romano, carioca, norte-americano.


magnata - Veja milionário.


major- - major-aviador, major-brigadeiro. Vejapatentes militares. Consulte também o anexo Forças Armadas do Brasil.


mal- -Como prefixo, leva hífen antes de vogal e h: mal-acabado, mal-aconselhado, mal-afamado, mal-agradecido, mal-amado, mal-arranjado, mal-arrumado, mal-assombrado, mal-aventurado, malcasado, malcheiroso, malcomportado, malconduzido, malconservado, malcriado, malcuidado, mal-das-montanhas, mal-de-amores, mal-de-lázaro, maldizer, maldormido, mal-dos-mergulhadores, mal-educado, mal-empregado, mal-encarado, mal-entendido, mal-estar, malfadado, malfeito, malformado, mal-humorado, mal-intencionado, maljeitoso, malnascido, malpassado, malquerer, malsatisfeito, malsucedido, maltrabalhado, maltrapilho, maltratar, mal-usar, malventuroso.


mal/mau - São duas palavras diferentes. Basta seguir a regra: se puder substituir por bem, escreva com l (mal); se a substituição for por bom, não hesite em escolher o u (mau).


Mal, quando funciona como advérbio, é palavra invariável que modifica um verbo, adjetivo ou outro advérbio: falar mal, estar mal vestido, ser mal-humorado. O antônimo é bem. Mal também pode ser substantivo, significando doença ou problema: Seu texto sofre de vários males.


Mau é um adjetivo, palavra variável (maus, má, más) que modifica substantivo: más línguas, mau livro, mau gosto, mau exemplo, mau humor. Seu antônimo é bom.


mal de Hansen - Veja lepra.


manchete - Título principal de uma edição. O assunto mais importante do dia ganha a manchete da primeira página do jornal. O assunto mais destacado de uma página deve merecer sua manchete, chamada de manchete interna. Veja manchete; título (ambos no cap. Edição).


Manchete - Rede nacional de televisão no Brasil. Escreva Rede Manchete. Também é nome de uma revista semanal de circulação nacional. Escreva "Manchete".


mandado/mandato - Não confunda mandado, que pode ser de segurança, injunção, prisão, com o mandato do deputado, presidente, vereador.


mansão - Evite a palavra em textos noticiosos. Significa casa grande e luxuosa. Envolve, portanto, dois conceitos vagos e subjetivos. Para um sem-teto, um sobrado de classe média de dois quartos pode ser uma mansão. Para um banqueiro, só será mansão a casa de oito quartos, piscina, sala de jogos, sauna e quadra de tênis. Prefira a descrição objetiva da casa.


mão- - mão-aberta (mas: ter a mão aberta), mão-boba, mão-cheia, mão-de-obra, mão-francesa, mão-furada, mão-leve, primeira mão.


marajá - Título de príncipes e potentados da Índia. No Brasil, é coloquialmente usado como sinônimo de funcionário com alto salário e baixa produtividade. Evite em texto noticioso, exceto ao reproduzir declaração textual ou entrevista. O feminino é marani, mas na acepção brasileira chame também as mulheres de marajá.


marca registrada - Não use como metonímia (gilete em vez de lâmina de barbear, modess em vez de absorvente íntimo). O uso da metonímia promove a marca, fazendo merchandising inadvertido e gratuito. Veja metonímia.


marchand - Em francês, mercador, comerciante. No Brasil, designa aquele que comercializa obras de arte. O feminino é marchande.


"massivo" - Esta palavra não existe em português. Use maciço.

matar - Use este verbo para morte ocorrida entre combatentes durante ação militar ou praticada pela polícia no estrito cumprimento do dever legal. Admite-se usar fora desses casos em títulos, por conveniência de edição, e quando houver a possibilidade de uma morte ter acontecido em legítima defesa. Veja matéria - Termo genérico usado para qualquer texto que se produz para jornal. Não use em textos para publicação. Prefira a denominação exata do gênero jornalístico: artigo, crítica, entrevista, reportagem etc.


mau- - mau-caráter, mau gosto, mau humor, mau-olhado, maus-tratos.


mau - Veja mal/mau.


maxi- - Sempre sem hífen: maxidesvalorização, maximalista, maxissaia, maxivestido.


"mea culpa" - Em latim, a culpa [é] minha. Evite em texto noticioso. No entanto, não configura erro gramatical.


"media" - Do latim, meios, plural de medium. Designa os meios de comunicação, como mídia. Exige concordância no plural e não leva acento: Os "media" no Brasil são.... Veja órgãos de comunicação.


médico- - médico-cirurgião, médico-hospitalar, médico-legal, médico-legista.


medidas - No Brasil, usa-se o Sistema Internacional de Unidades (também conhecido como métrico). Veja numerais.


meia- - meia-armador, meia-calça, meia-cara, meia-claridade, meia-direita, meia-esquerda, meia-estação, meia-idade, meia-lua, meia-luz, meia-noite, meia-rédea, meia-tigela, meia-volta.

meia-noite - Hora que marca o fim de um dia, não o começo de outro. O começo de um dia ocorre à zero hora: a greve começa à meia-noite de hoje é o mesmo que a greve começa à zero hora de amanhã.


meio- - meio ambiente, meio a meio, meio-busto, meio-corpo, meios de produção, meio-dia, meio-fio, meio-luto, meio-sono, meio-soprano, meio-termo, meio-tom.


meio ambiente - Não use como sinônimo de ecologia, que é uma disciplina, ramo da biologia. Veja ecologia.


meio de comunicação - Veja órgãos de comunicação.


menor - Evite o termo para referir-se a criança ou adolescente. A legislação vigente proíbe a publicação de nome de criança ou adolescente a que se atribuam infrações. Use as iniciais com ponto e sem espaço entre as letras. Veja menor (no cap. Edição).

meses - Comece com minúscula e não abrevie, exceto em arte e crédito de fotografia: jan., fev., mar., abr., mai., jun., jul., ago., set., out., nov., dez. Veja maiúsculas/minúsculas.


metáfora - Figura de linguagem na qual a significação imediata de uma palavra é substituída por outra, subentendendo uma relação de semelhança: lábios de mel. Pode ser útil para tornar um texto mais didático: Placas tectônicas são balsas que carregam os continentes sobre um mar de rocha incandescente.


Evite metáforas desgastadas pelo uso excessivo: aurora da vida, página virada, silêncio sepulcral, o presidente prometeu levar a nação a porto seguro, luz no fim do túnel. Veja cacoete de linguagem.


metonímia - Figura de linguagem que consiste em substituir um termo por outro com base em contiguidade semântica: Ler [uma obra de] Machado de Assis; Beber [o conteúdo de] uma garrafa. Se bem usada, pode tornar o texto mais conciso.

metrô/Metrô - Com minúscula designa o meio de transporte. Com maiúscula significa Companhia do Metropolitano. A tarifa do metrô subiu; A greve é abusiva, disse o Metrô.


mi - Abreviatura de milhão, admitida apenas para referir-se a dinheiro em títulos.


micro- - Sempre sem hífen: microbiologia, microcirurgia, microcosmo, microeconomia, microeletrônico, microestrutura, microfilmagem, microfísica, microfonia, microfotografia, microonda, microônibus, microrganismo, microrregião, microssomático, microzoário, microempresa, microssegundo.


mídia - Este jargão da teoria da comunicação, que designa os meios de comunicação de massa, tem origem na palavra latina media, o plural de medium (meio). Chegou ao português através do inglês, no qual se escreve media, mas se pronuncia mídia. Como a forma original foi completamente esquecida, admite-se o plural mídias. Mídia eletrônica designa os meios de comunicação eletrônicos, em especial a televisão, o cinema, o telefone, o rádio e a internet. Mídia impressa indica os meios de comunicação impressos, como jornais e revistas. Veja imprensa;


milhão/bilhão/trilhão - Veja numerais. Consulte também quadro com as grandezas e seus nomes em várias línguas no anexo As Grandezas, País por País.


milionário - Evite. O conceito é vago, como os de bilionário e magnata. A rigor, o excesso de zeros no cruzeiro torna boa parte da classe média milionária. Como esse não é evidentemente o sentido que se costuma atribuir à palavra, procure sempre informar o patrimônio pessoal ou da empresa do personagem da notícia.

militares - Veja 

mim - Após preposição, usa-se mim: Para mim, isso está certo; Não há problemas entre mim e ti.


A regra acima não vale quando o pronome for sujeito de uma outra oração. Nesses casos use eu: Este documento é para eu assinar; Ele disse para eu fazer.


mini- - Sempre sem hífen: minibiblioteca, minicalculadora, minicomputador, minidesvalorização, minifúndio, minirretrospectiva, minissaia, minissubmarino, minivestido.


ministério/Ministério - Com maiúscula quando designar pelo nome próprio um dos órgãos do governo federal: Ministério do Trabalho. Use minúscula em segunda menção ou para se referir ao conjunto de ministros: funcionários daquele ministério; o ministério de Getúlio Vargas. Veja maiúsculas/minúsculas.


ministro - Escreva sempre com minúscula: ministro de Estado, ministro do TST, ministro do Itamaraty.


minoria - O conceito de minoria não é apenas definido por critério quantitativo, mas também político. São chamados de minorias grupos distinguidos por sua aparência física, linguagem, cultura, religião ou mesmo poder econômico. As minorias étnicas, raciais, religiosas, sexuais, políticas, ideológicas ou de qualquer outro tipo devem ser tratadas sem preconceitos pela Folha . Veja preconceito.

misto- - misto-frio, misto-quente.


monarquia - Escreva com minúscula. Veja maiúsculas/minúsculas.

monsenhor - Título honorífico concedido pelo papa a alguns religiosos. Não é posição hierárquica na Igreja Católica.


morte - Não use falecimento, passamento, trespasse ou qualquer outro eufemismo. É comum a ocorrência de trotes dando conta da morte de pessoas famosas. Confirme a informação antes de publicá-la. Veja eufemismo.


moto- - motocicleta, motociclismo, moto-contínuo, motomecanizado, motonáutica, motoneta, motoniveladora, moto perpétuo.


mouro - Natural da região norte da África. Não é sinônimo de muçulmano.


movimento militar - O de 1964, no Brasil, deve ser designado por essa expressão, e não por ditadura militar ou Revolução de 64.


muçulmano - Veja árabe/muçulmano


mulheres - Trate mulheres que são personagem de notícia da mesma forma que homens. Informe sua profissão ou cargo e também a idade. Na segunda menção à pessoa em um mesmo texto, identifique-a pelo sobrenome. Mas atenção: em alguns casos a personagem já é muito conhecida pelo prenome e chamá-la pelo sobrenome geraria desinformação. Por exemplo, use Zélia e não Cardoso de Mello ou Mello para se referir à ex-ministra da Economia.


Evite o gênero masculino para designar atividade, função ou cargo exercido por mulher: a arquiteta Domitila Hauser. Mas cuidado, há exceções como presidente, gerente e poeta, usados na Folha como comum de dois gêneros: a presidente.


Evite o uso de expressões estereotipadas (garota, sexo frágil, gata, boneca). Também não use o tratamento dona, da mesma forma que o jornal não usa sr. antes de nomes de homem. Não mencione características físicas (loira, atraente), a menos que seja relevante para a notícia. Veja identificação de pessoa; tratamento de pessoa.

multi- - Sempre sem hífen: multiangular, multibilionário, multicelular, multicolorido, multifacetado, multiforme, multinstrumentista, multilateral, multinacional, multissecular.

obra- - obra aberta, obra capital, obra de arte, obra-mestra, obra póstuma, obra-prima.


obscenidade - Veja obscenidade (no cap. Edição).


Ocidente - Com maiúscula quando designar hemisfério como conceito político: O antagonismo entre Ocidente e Oriente. Veja maiúsculas/minúsculas.


oeste - Veja pontos cardeais.


"off" - Em televisão ou cinema, é a voz de pessoa cuja imagem não aparece na tela. Não confunda com "off", forma reduzida de "off the record". Veja "off the record" (nos caps. Produção ou Edição).


oficial- - oficial combatente, oficial da reserva, oficial-de-gabinete, oficial de justiça, oficial de registro, oficial de ronda, oficial-de-sala, oficial-general, oficial-maior, oficial-marinheiro, oficial miliciano, oficial subalterno, oficial superior.


oficial - Use como substantivo comum-de-dois: o oficial, a oficial. Não use oficiala.


OK - Não use em texto noticioso.


onde - Use apenas com referência a lugar, não a tempo nem a situação: A casa onde João nasceu; Foi à Grécia, onde visitou a Acrópole; e nunca A guerra ocorreu no século 19, onde os imperadores.... 


Aonde só deve ser usado quando o verbo que indica movimento for regido pela preposição a, como ir e chegar: O padre não disse aonde iria depois da cerimônia. 

ontem - A maioria das notícias do jornal refere-se ao que aconteceu ontem. Evite, por isso, usar essa palavra em demasia. Em muitos casos, basta esclarecer no primeiro parágrafo que o fato narrado ocorreu ontem e evitar a palavra nos parágrafos seguintes.


ópera- - ópera-balé, ópera-bufa, ópera-cômica, ópera-sacra, ópera-lírica.


opinião - O jornalista deve se abster de opinar ou emitir juízos de valor ao relatar um fato ou redigir uma notícia. O jornalismo crítico não depende da opinião de quem escreve: o simples registro ou confronto de dados, informações e opiniões alheias pode ser muito mais contundente que a opinião de um jornalista. Quando uma notícia envolve opiniões divergentes, o jornalista tem obrigação de relatar essas diversas versões ao leitor.


Isso não significa que o jornalista não possa ou não deva opinar em certas circunstâncias. A qualidade do jornal também depende das opiniões de jornalistas, críticos e colaboradores. Em regra, as opiniões do jornalista devem constar de texto à parte, e não permear o texto noticioso, embora aí se admitam análise e interpretação. Quanto mais fundamentada e sustentada por fatos e dados exatos e comprovados a opinião estiver, maior será sua credibilidade.


Com exceção dos editoriais, textos de jornalistas que expressem opiniões devem ser assinados e editados em itálico. Veja jornalismo analítico/opinativo.


opinião da Folha - Veja editorial.


oração - Veja frase/oração/período.


órgãos de comunicação - Quando citados, nomes de revistas, jornais e agências de notícias, brasileiros ou estrangeiros, são grafados na Folha por extenso, entre aspas, sem negrito ou itálico, com letras maiúsculas e minúsculas: "France Presse", "Veja". Atenção: escreva Folha em negrito e sem aspas.


Em crédito de foto, dispense as aspas: France Presse.


Nomes de emissoras de rádio e TV são grafados sem aspas, sem negrito ou itálico e com letras maiúsculas e minúsculas: TV Globo; rádio Excelsior. Veja Folha ; menção a meios de comunicação (no cap. Edição).


oriental - Não use para pessoa ou coisa quando uma qualificação mais exata for cabível: chinês, vietnamita, malaio etc. Veja preconceito.


Oriente - Com maiúscula quando designar hemisfério como conceito político: O antagonismo entre Ocidente e Oriente. Veja maiúsculas/minúsculas.


origem étnica - Veja minoria; preconceito; raça/etnia.


ortografia - Este manual não substitui o dicionário, embora se preocupe em alertar para erros mais grosseiros e frequentes em jornal. Consulte sempre um bom dicionário quando tiver dúvida sobre a grafia de uma palavra. Desconfie de si mesmo: gorjeio ou gorgeio? gorgeta ou gorjeta?


outdoor - Em inglês, ao ar livre. Designa em português cartaz de publicidade colocado ao ar livre (mas em inglês esse tipo de mídia se chama billboard).


outrossim - Não use. É conjunção antiga, típica da linguagem jurídica e científica. Veja conjunção. 

pacote - Limite seu uso às medidas provisórias que entram em vigor antes de votadas pelo Congresso Nacional. Na década de 70, o termo designava conjunto de medidas administrativas do governo federal. Com o restabelecimento da democracia, a expressão perdeu o sentido original.


padre - Escreva com minúscula: O padre Paulo. Veja maiúsculas/minúsculas.


pág./p. - Não use a abreviatura p. para página, mas sim pág. (plural: págs.).


país

- Com minúscula mesmo quando se referir ao Brasil. Veja maiúsculas/minúsculas.


pajé - Não use este termo de origem tupi-guarani para designar todo e qualquer líder espiritual ou curandeiro de grupos de índios. Veja chefe.


palavrão - Evite. Antes de publicar, é obrigatória consulta à Secretaria de Redação.


palavras estrangeiras 

- Não use se houver equivalente em português. A Folha considera sua função criar esses equivalentes sempre que possível, ou aportuguesar a grafia de palavras de outras línguas.


Este manual contém uma série de palavras aportuguesadas e estrangeiras que a Folha grafa com ou sem aspas. Se a palavra não estiver relacionada no corpo deste manual ou nos anexos e houver real necessidade de usá-la, grafe entre aspas. Veja estrangeirismo; nomes estrangeiros. Consulte o anexo Principais Estrangeirismos e a forma de grafá-los.


pan- - Com hífen antes de vogal, h: pan-africano, pan-americano, pan-helênico, pan-indianismo.


pandemia - Epidemia generalizada, que ultrapassa os limites de uma região geográfica definida ou país, como a Aids e o cólera. Veja endemia; epidemia; surto.


papa - Comece sempre com minúscula, exceto se fizer parte de nome próprio: o papa João 23, mas a avenida Papa João 23. Veja nomes estrangeiros.


papel- - papel almaço, papel-arroz, papel-bíblia, papel-carbono, papel crepom, papel cuchê, papel de imprensa, papel de parede, papel de seda, papel fotográfico, papel higiênico, papel kraft, papel-moeda, papel ofício, papel vegetal.


"paper" - Evite. Em inglês, documento. Na universidade, significa texto acadêmico. Nessas acepções, nunca traduza por papel: Os documentos do Pentágono, e não os papéis do Pentágono.


pára-/para- - Como verbo, sempre com hífen e acento: pára-brisa, pára-choques, pára-lama, pára-quedas, pára-quedismo, pára-quedista, pára-raios.


Com sentido de proximidade ou lateralidade, sem hífen e sem acento: parágrafo, paramédico, paramilitar, parapsicologia.


parabenizar - Evite. Neologismo brasileiro condenado por alguns dicionaristas. Há várias opções para substituir o termo: felicitar, aplaudir, cumprimentar, congratular, dar parabéns.


parágrafo - Deve conter apenas uma idéia ou raciocínio completo. Tente evitar parágrafos muito longos, com mais de cinco linhas de terminal de computador.


parênteses - Evite em texto corrido para introdução de explicações longas. Nunca use parênteses dentro de parênteses. Use-os nas seguintes situações: 


a) Indicar código telefônico de área - (061) 223-3530;


b) Introduzir datas de nascimento de personagens da notícia - Charles Dickens (1812-1870);


c) Registrar regiões de cidades - al. Santos (região dos Jardins);


d) Dar a pronúncia de palavras estrangeiras - O presidente Eisenhower (pronuncia-se aproximadamente aisenrrauer);


e) Informar o partido e Estado de um político - O deputado Gochê Lavoratto (PT-AM);


f) Para informar o Estado a que pertence uma cidade - Santa Quitéria (MA);


g) Para remeter o leitor a um texto na mesma página - (leia texto ao lado).

Parlamento/Congresso - Não são exatamente sinônimos. Parlamento é o conceito mais geral, mas há uma tendência da língua a reservar o termo para assembléias de países com regimes parlamentaristas: O Parlamento inglês se reúne na semana que vem. Congresso é a palavra mais comum para designar a reunião de duas câmaras em regimes presidencialistas (usualmente chamadas de Câmara e Senado).


Observe essa distinção. Use Parlamento para designar Congresso apenas em segunda menção no texto e se for inevitável.


Nunca chame um Parlamento (em sentido estrito) de Congresso: O Bundestag é o Parlamento alemão, e não o Congresso alemão. Não use o termo também para designar apenas uma das câmaras em regime presidencialista: Depois do Senado, o projeto será examinado pela Câmara, nunca pelo Parlamento.


patentes militares - Tome cuidado com patentes designadas por nomes compostos. Um almirante-de-esquadra pode ser chamado em título de almirante, mas referir-se a um major-brigadeiro apenas como major é um erro grave de hierarquia. Na verdade, trata-se de um oficial-general e a simplificação correta é brigadeiro. Consulte o anexo Forças Armadas do Brasil.


patriarca - Comece com minúscula, mesmo quando se referir a título hierárquico da Igreja Ortodoxa: O patriarca Nicolau.


percentual - Veja porcentagem.


perfil - Jargão jornalístico para designar texto que descreve ou reconstitui personalidade e modo de vida de uma pessoa, em geral personagem de uma notícia. O perfil não é uma compilação de fofocas e maledicências, mas pode ser crítico. Deve se apoiar em características de temperamento, preferências e episódios biográficos informados pelo próprio personagem ou terceiros, desde que checados. Veja personagem da notícia (no cap. Produção).


perguntado - Não use este particípio de verbo que exige objeto direto de coisa e indireto de pessoa para se referir a pessoa entrevistada. É errado escrever O médico negou-se a responder quando perguntado sobre seu envolvimento nas fraudes. Use questionar que, como verbo que exige objeto direto de pessoa e indireto de coisa, pode assim ser empregado na voz passiva: O médico negou-se a responder quando questionado sobre seu envolvimento nas fraudes.


período - Veja frase/oração/período.


período geológico ou histórico - Veja idade/Idade.


personagem - Além de outros sentidos, em jornalismo, pessoa que figura numa notícia. Use como substantivo masculino ou feminino: A atriz se parecia com a personagem; O personagem não era fácil de se interpretar. 


"persona non grata" - O plural desta expressão latina é "personÆ non gratÆ".


peso- - Use hífen quando se referir ao lutador: peso-galo, peso-médio-ligeiro, peso-mosca, peso-pena, peso-pesado. Os nomes das categorias de boxe são apenas: galo, médio-ligeiro, mosca, pena, pesado.


PhD - Abreviatura da expressão latina philosophiae doctor (doutor em filosofia), comum nos países de língua inglesa. Seu uso se generalizou para outras disciplinas. Traduza por doutor. Veja doutor.


pieguice - O leitor compra o jornal para se informar, não para se comover. O texto noticioso deve ser direto, preciso, sucinto e exato. Qualquer emoção deve ser resultado dos fatos narrados, não do estilo do autor. Veja tensão jornalística.


pigmeu - Povo de baixa estatura (na média, para um homem adulto, inferior a 1,50 m) que vive no centro-sul da África. Por extensão, tornou-se sinônimo de pessoa baixa. Não use nesse sentido. Consulte o anexo As Palavras Certas.


pirâmide invertida - Técnica de redação jornalística pela qual as informações mais importantes são dadas no início do texto e as demais, em hierarquização descrescente, vêm em seguida, de modo que as mais dispensáveis fiquem no final.


Criada para servir melhor às necessidades dos clientes de agências noticiosas, que podiam transmitir o mesmo texto a todos e permitir a cada um utilizá-lo no tamanho requerido por sua diagramação sem necessidade de operações demoradas: bastava cortar pelo final na medida desejada.


Acabou por servir também ao leitor que pode, igualmente, interromper a leitura do texto na altura que desejar sem ter perdido as informações fundamentais, concentradas nos primeiros parágrafos.


É a técnica de redação mais adotada em jornais do Ocidente. Deve ser utilizada pelos jornalistas da Folha. Veja lide.

pivete - Não use para designar criança infratora em texto noticioso, exceto em transcrição de declaração textual. Veja menor. Consulte o anexo As Palavras Certas.


Planalto - Nome do palácio que serve de sede ao governo brasileiro em Brasília. Pode-se usar para designar o Poder Executivo federal: O Planalto está empenhado na aprovação da lei.


plantel - Designa conjunto de animais de raça. Não deve ser empregado em relação a pessoas. É errado dizer: O Palmeiras formou um magnífico plantel de craques.


pleonasmo - Redundância de termos. No texto literário, na música e na propaganda, é qualidade tolerável. No texto jornalístico, é vício intolerável: A alpinista Ana Baino subiu para cima da montanha.


plural de palavras compostas - Regra prática: flexione os elementos que forem variáveis (substantivos e adjetivos) e não flexione os que não forem (verbos, advérbios e prefixos). Essa regra dá conta da maioria dos casos, de acordo com as normas apresentadas pela maioria das gramáticas. Sobram umas poucas exceções em que elementos variáveis permanecem no singular.


A seguir, alguns exemplos: 


a) Os dois termos variáveis - cirurgiões-dentistas, curtas-metragens, quintas-feiras, cachorros-quentes, obras-primas, guardas-civis (guarda é substantivo);


b) Só o segundo variável - sempre-vivas, guarda-roupas (guarda é verbo), mal-educados, semi-selvagens, abaixo-assinados, vice-presidentes, ave-marias. Encaixam-se nesta categoria os compostos de palavras repetidas: reco-recos, tico-ticos;


c) Só o primeiro variável - pés-de-moleque, quedas-d'água, autos-da-fé, pombos-correio, canetas-tinteiro, peixes-boi, bananas-maçã. Embora os segundos elementos dos compostos acima sejam em tese variáveis, eles permanecem no singular devido à presença da preposição de ou por limitarem o sentido do primeiro termo;


d) Nenhuma varia - os leva-e-traz, os perde-e-ganha, os bota-fora;


e) Casos especiais - os louva-a-deus, os diz-que-diz, os bem-te-vis, os bem-me-queres, os malmequeres;


f) Adjetivos - Quando o adjetivo composto é formado a partir de dois adjetivos, só o segundo leva o plural: político-sociais, castanho-claros, ítalo-americanos. As exceções são: surdos-mudos, azul-marinho e azul-celeste, os dois últimos invariáveis.


Quando a primeira palavra é um adjetivo e a segunda um substantivo, o adjetivo composto não tem forma especial de plural: tapetes verde-musgo, saias azul-pavão, vestidos azul-turquesa, salas cor-de-rosa. Também não se flexiona quando suprimida a expressão cor de: paredes gelo, sapatos creme, ternos cinza, camisas rosa.


plural majestático - Uso da primeira pessoal do plural para designar ação ou pensamento realizado por indivíduo ou organização. Não use na Folha, embora não seja erro gramatical. Admite-se em editorial, em nota da Redação, no título da seção Erramos, em transcrição e em artigo assinado.


Atenção para a concordância: Sentimo-nos cansada, disse a rainha. Veja concordância nominal; concordância verbal.


pobretão - Não use, exceto em transcrição de declaração textual ou entrevista.


poderes - Escreva com maiúscula Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, mesmo em segunda menção: Executivo, Legislativo, Judiciário. Veja maiúsculas/minúsculas.


poeta/poetisa - Não use poetisa. Use poeta como substantivo comum-de-dois: o poeta, a poeta.


polaco - Não use. O adjetivo não-pejorativo referente à Polônia é polonês.


ponto de exclamação - Quase sempre desnecessário no texto jornalístico por ter natureza eminentemente literária. Nunca use em título. Em texto noticioso, só use entre aspas na reprodução literal de declaração enfática. A força de um acontecimento jornalístico decorre de sua própria dramaticidade, não de recursos de estilo de qualquer espécie. O mesmo vale para as reticências.


ponto-e-vírgula - Indica uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. No jornal, emprega-se em poucos casos: 


a) Para separar orações coordenadas, não unidas por conjunção, que guardem relação entre si: A represa está poluída; os peixes estão mortos;


b) Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já tem elementos separados por vírgula: O resultado final foi o seguinte: 20 deputados votaram a favor da emenda; 39, contra;


c) Para separar os diversos itens de uma enumeração, principalmente quando há vírgulas em seu interior: Compareceram ao evento: Henrique Moraes, cientista social; Paulo Santos, historiador; Marcos Tavares, economista, e Antonio Rocha, cientista político.

pontos cardeais - Comece com minúscula quando se referir a ponto cardeal, posição geográfica ou direção: O navio ruma para o norte; Vitória está 524 quilômetros a leste de Belo Horizonte; A rebelião curda no norte do Iraque fez muitas vítimas.


>Use maiúscula quando integrar um substantivo próprio ou nome de região geográfica oficial ou consagrada ou conceito geopolítico: pólo Sul; Timor Leste; O Estado de Mato Grosso do Sul fica no Centro-Oeste; O Leste Europeu; O antagonismo entre Norte e Sul.

pontos percentuais/por cento - Veja porcentagem.

pontuação - Veja aspas; colchetes; parênteses; ponto de exclamação; ponto-e-vírgula; travessão; vírgula.

popular - Não use o termo para designar pessoas: O acidente foi visto por dezenas de pessoas e nunca O acidente foi visto por dezenas de populares; Centenas de manifestantes participaram da passeata e não Centenas de populares participaram da passeata.

Use a palavra apenas para designar obra, fenômeno ou pessoa que exprima o caráter peculiar, os sentimentos ou a cultura de grande parte da população de um país ou de uma região: A cultura popular.

porcentagem - Grafe sempre com algarismos: 1%, 99%. Não confunda ponto percentual com por cento: A inflação subiu 5% em relação ao mês anterior significa que ela subiu de, por exemplo, 20% mensais para 21%. Se a intenção é dizer que a inflação subiu de 20% para 25%, escreva: A inflação subiu cinco pontos percentuais. Da mesma forma, se uma pesquisa de opinião indica um candidato com 40% e outro com 38%, a diferença entre eles é de dois pontos percentuais, não de 2%.


Para simplificar a concordância, a Folha adota a seguinte padronização:


Veja concordância verbal.

por consequência - Evite. Veja conjunção.


porém - Conjunção que deve ser reservada para casos em que houver necessidade de uma ênfase maior no caráter adversativo de uma determinada informação em relação a outra: O documento do Conselho Regional de Medicina não autoriza Pierre Foucault a exercer a profissão no Brasil. O documento, porém, habilita o médico francês a dar cursos no país. Não inicia oração e, por isso, deve aparecer no interior dela.


Quando uma ênfase maior não for necessária, use mas.

por outro lado - Evite este cacoete de linguagem. Veja conjunção.

por que/porque - O significado é o mesmo: razão, causa, motivo. Muda a função gramatical.


Usa-se por que (separado) em frases interrogativas: Por que ele não veio ontem?


Também se usa por que (separado) em frases afirmativas quando significam a razão pela qual: Ele não disse por que não veio.


Usa-se porque (junto) quando se dá explicação ou causa, podendo ser substituído por pois: Ele não veio porque não quis.


Também se usa o porque (junto) nas interrogativas em que a resposta já é sugerida: Você não veio ontem porque estava doente?


Há ainda as formas por quê e porquê (acentuados). Usa-se por quê em final de frase ou quando se quer enfatizar ainda mais uma pausa já forte marcada por vírgula: Ele não veio por quê?; Não sei por quê, mas acho...


Porquê é substantivo: Não entendo o porquê de sua ausência. Veja que/quê.


porquanto - Evite em texto jornalístico. É conjunção antiga. Veja conjunção.


por sua vez - Evite. Veja conjunção.


porta- - porta-aviões, porta-bagagem, porta-bandeira, porta-cartas, porta-chapéus, porta-cigarros, porta-estandarte, porta-jóias, porta-lápis, porta-luvas, porta-malas, porta-níqueis, porta-retratos, porta-revistas, porta-seios, porta-voz.


portenho - Adjetivo referente a Buenos Aires, capital da Argentina. Não use como sinônimo de argentino.


pós- - Com hífen se for tônico e aberto: pós-bíblico, pós-datar, pós-diluviano, pós-eleitoral, pós-escrito, pós-glacial, pós-graduação, pós-impressionismo, pós-maturação, pós-operatório, pospasto, posponto, posposto, pós-puerperal, pós-romano, pós-simbolista, pós-socrático, pós-verbal.


posição - Prefira este termo a postura ou posicionamento quando o sentido for o de atitude: O deputado Goes Asafes assume posição típica de oposicionista em vez de O deputado Goes Asafes assume postura típica de oposicionista.


posicionamento - Veja posição.


posto que - Evite. É conjunção arcaica. Veja conjunção.


postura - Veja posição.


poupança - Pode ser usado como sinônimo de caderneta de poupança: A poupança vai render 10% este mês.


povo - Evite o termo para sociedades nacionais organizadas em estruturas complexas. Use população ou sociedade: A população norte-americana é conservadora em vez de o povo norte-americano é conservador. Admite-se o uso de povo para designar etnias: os povos eslavos. Veja popular.


práxis - Evite esta palavra vulgarizada pelo marxismo como sinônimo de prática em oposição a teoria.


preciosismo - Veja cacoete de linguagem.


preço - Não escreva o preço está caro ou barato. Nestes dois casos, o preço só pode ser alto ou baixo.


preconceito - A Folha não qualifica ninguém por sua origem étnica, confissão religiosa, situação social, preferência sexual, deficiência física ou mental -exceto quando for relevante para a notícia: O primeiro governador negro dos Estados Unidos; O médico Simon LeVay, ele mesmo homossexual, encontrou estruturas diferentes nos cérebros de dezenas de homossexuais mortos por Aids.


preencher uma lacuna - Não use. Veja cacoete de linguagem.

prefeitura/Prefeitura - Só escreva com maiúscula se fizer parte de nome completo: Prefeitura de São Paulo. Em segunda menção, escreva com minúscula: os funcionários da prefeitura estão em greve. Veja maiúsculas/minúsculas.


Prêmio Nobel - Veja Nobel.


prenome - Veja tratamento de pessoa.


premiê - Do francês premier, isto é, primeiro. Usado como forma reduzida de premier ministre (primeiro-ministro). Se o cargo for exercido por mulher, use apenas primeira-ministra. Na Alemanha e na Áustria, que também adotam o sistema parlamentarista, o cargo de chefe de governo tem o nome de chanceler (se usar, explique que se trata do chefe de governo; não use para designar os ministros das Relações Exteriores desses dois países).

prendas domésticas - Não use. Escreva dona-de-casa quando nenhuma outra designação for mais precisa ou quando a pessoa assim se definir.


Presidência da República - Escreva sempre com maiúscula, mesmo na forma simplificada: candidato à Presidência. Veja maiúsculas/minúsculas .


presidente - Use como substantivo comum-de-dois: o presidente, a presidente. Não use presidenta.


"press clipping" - Serviço de recorte de textos de jornal e outras publicações sobre determinado assunto. Os recortes são colados em páginas das quais constam nome do veículo, data e página da qual o texto foi retirado.


press release - Evite o termo em texto para publicação. Designa informação escrita encaminhada a jornalistas por assessoria de imprensa. Veja press release (no cap. Produção).


preto - Não use para designar negro quando a condição racial for relevante para a notícia. Consulte o anexo As Palavras Certas.

"preview" - Apresentação de filme ou espetáculo antes de lançamento público. Escreva exibição prévia.


Primeiro Mundo - Escreva com maiúsculas, assim como Terceiro e Quarto Mundo.


O sentido corrente de Primeiro Mundo é o da reunião dos países desenvolvidos. Segundo Mundo designava os países do então bloco socialista. Terceiro Mundo reunia países que não pertenciam a esses dois blocos. Posteriormente surgiu a expressão Quarto Mundo, para agrupar países muito pobres.


prime rate - Taxa básica de juros para clientes preferenciais nos Estados Unidos. Pode-se usar a forma simplificada prime.

profissões - Escreva sempre com minúscula: médico, engenheiro, professor. Veja maiúsculas/minúsculas.


programa de índio - Evite essa expressão obviamente pejorativa em texto noticioso.


programa de TV - Escreva nomes de programas de TV entre aspas e com maiúsculas no início de cada palavra (exceto artigos, preposições, conjunções e partículas átonas). A primeira palavra também é grafada em maiúscula, qualquer que seja sua classe gramatical: "Selva de Pedra", "Planeta Terra", "Canal Livre", "Os Flintstones".


progressista - Veja conservador/progressista.


prometer - Não use como sinônimo de dizer, significa assumir compromisso. Empregue sempre que político ou membro de governo assumir compromisso de realizar algo em determinado prazo: O governador Gastão Malaquias prometeu construir um milhão de casas este ano. Veja projetos oficiais (nos caps. Produção ou Edição); verbos declarativos.


pronúncia - Sempre que a pronúncia correta de palavra ou nome estrangeiro for pouco conhecida, convém indicá-la de maneira aproximada ao leitor quando ainda for recente no noticiário. A indicação deve ser feita entre parênteses: O pintor suíço Paul Klee (pronuncia-se aproximadamente paul clê).


pronunciamento - Evite como sinônimo de discurso, declaração, entrevista, que descrevem com maior precisão diferentes maneiras de manifestar opinião.


propaganda - Em sentido restrito, atividade que visa a influenciar o homem com objetivo religioso, ideológico, político ou cívico. Se tiver finalidade comercial, use publicidade. Veja publicidade (no cap. Projeto Folha).


protocolo - Veja quebra de protocolo.

Província - Unidade político-administrativa em alguns países, como a Áustria e a Argentina. Corresponde aproximadamente a Estado no Brasil. 


Evite a designação preconceituosa de província em relação a cidades ou regiões distantes dos grandes centros urbanos, em sentido literal (geográfico) ou figurado (cultural). Veja maiúsculas/ minúsculas. Consulte o anexo As Palavras Certas.


publicidade - Veja propaganda.


publisher - Em inglês, aquele que publica. Pode designar o proprietário de órgão de imprensa ou seu representante.

Quarto Mundo - Veja Primeiro Mundo.


que - Evite o excesso de ques, para tornar o texto mais elegante e a leitura mais ágil. Muitas vezes é melhor usar ponto e dividir o período em dois: O ministro disse que o governo vai investigar a fraude. Prometeu demitir os culpados em breve em vez de O ministro disse que o governo vai investigar a fraude e que os culpados serão demitidos em breve.


que/quê - Que é uma partícula que não tem acentuação própria (átona) e, na fala, apóia-se na acentuação da palavra que lhe segue. Assim, se não houver palavra alguma depois do que, ele se torna tônico e ganha acento: Ele não veio por quê? O mesmo acontece se após o que houver a intenção de marcar uma pausa forte: Não sei por quê, mas acho.... Como não existem substantivos átonos, o que também se torna tônico quando substantivado, exceto em metalinguagem, marcada por itálico ou aspas: Não entendo o porquê de sua ausência; Ela tem um quê de Ingrid Bergman; A letra quê vem antes do erre.


quebra- - quebra-cabeças, quebra-galho, quebra-gelos, quebra-luz, quebra-mar, quebra-molas, quebra-nozes, quebra-pau, quebra-quebra, quebra-vento.


quebra de protocolo - Evite este cacoete de linguagem. Episódios frequentemente classificados como quebra de protocolo não são regidos por nenhum protocolo. Antes de recorrer à expressão, certifique-se de que havia, de fato, protocolo a ser quebrado. Veja cacoete de linguagem.


queda- - queda-d'água, queda-de-braço.

quiproquó - Derivado da expressão latina qui pro quo, isto é, troca de dois casos de declinação do latim (nominativo pelo ablativo). Ou seja, confusão. Não use para caracterizar briga. Veja briga.

quórum - Escreva sempre com acento. Indica o número mínimo necessário de pessoas presentes para o funcionamento de uma sessão: A votação foi suspensa por falta de quórum. 

rabino - Sacerdote da religião judaica. Escreva sempre com minúscula.

rabo- - rabo-de-cavalo (o penteado), rabo-de-galo (o coquetel), rabo-de-peixe (o carro), rabo-de-saia, rabo preso.
raça/etnia - Não use raça para se referir à espécie humana, apenas a animais. O termo é objeto de polêmica entre cientistas e está carregado de preconceito. Para realçar características de grupo cultural, use etnia: Os tártaros são uma das dezenas de etnias da Rússia. Use apenas o adjetivo quando se tratar de característica física: O apartheid segrega os negros e não O apartheid segrega a raça negra. O adjetivo racial pode ser usado. Veja preconceito.

radio- - Sempre sem hífen: radioamador, radioastronomia, radioatividade, radiocomunicação, radiodifusão, radiofonia, radiofoto, radionovela, radiorreceptor, radiorreportagem, radiossonda, radiotécnico, radiotelefonia.

rádio - Comece sempre com minúscula: A rádio Verdes Mares.

"raid" - Em inglês, significa incursão. Evite.

rainha - Comece com minúscula: A rainha da Inglaterra, a rainha Vitória.

raios X - Escreva sem hífen e com X maiúsculo. Substitua-o por radiografia ou exame radiográfico.

rapto - O termo vem do latim raptus designando a ação de arrastar, roubo, rapina, e também sequestro. O direito entretanto especializou o sentido da palavra: tirar de casa "mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim libidinoso" (Art. 219 do Código Penal brasileiro). Na língua portuguesa convivem as duas acepções. Assim, para não criar confusão, evite a palavra. Só use no sentido técnico, explicitando que se trata de termo jurídico.

rebelde - Qualquer grupo organizado que se opõe pelas armas a um governo. Veja terrorista/guerrilheiro.

reconhecer - Significa admitir como certo, constatar, verificar, confessar, aceitar. Não use como sinônimo de dizer, pois tem conotação negativa. Veja verbos declarativos.

recurso - A Justiça garante aos réus a possibilidade de recorrer de sentenças a instâncias superiores. Registre sempre no texto se cabe recurso da decisão judicial em questão e informe se ele tem efeito suspensivo, ou seja, se suspende a execução da decisão até que haja outra de instância superior. Veja acusação criminal. Consulte também o anexo Jurídico. 

regência - Certas palavras (normalmente substantivos e verbos) que se ligam a seu complemento mediante preposições são fonte de erros grosseiros nos jornais. Usar a preposição errada agride o ouvido: em protesto a em vez de em protesto contra; em torno a em vez de em torno de. Às vezes, mais do que agredir o ouvido, a regência errada muda o sentido da frase. Odette aspirava o perfume significa que ela sentia o cheiro do perfume; já Odette aspirava ao perfume significaria que ela desejava o perfume.

A regência é um dos mais extensos e difíceis capítulos da sintaxe. Mesmo as melhores gramáticas abordam apenas parcialmente o tema. As dúvidas têm de ser resolvidas caso a caso no dicionário (existem dicionários especializados em regência, como o Dicionário Prático de Regência Verbal e o Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro Luft).

Seguem algumas recomendações que não estão nos dicionários: 

a) Não ligue duas ou mais palavras com regimes diferentes a um mesmo complemento. Não escreva: Gostei e recitei o poema; o correto é: Gostei do poema e o recitei. Mas atenção: Entrei e logo saí da sala é aceitável porque os dois verbos estão muito relacionados. Se esses tiverem a mesma regência, esses podem ser ligados;

b) Embora as gramáticas mais recentes admitam, evite construções com infinitivo precedido das contrações do, da. Não escreva: Já é hora do ministro se demitir. O correto é: Já é hora de o ministro se demitir;

c) Em literatura, bons escritores muitas vezes omitem preposições que teoricamente seriam necessárias: Ambos concordaram [em] que essas idéias não tinham senso comum (Machado de Assis); Não gostaria [de] que João Brandão se lembrasse de oferecer-me o cavalo (Carlos Drummond de Andrade).
regiões geográficas - Com maiúscula quando forem oficiais ou consagradas: Triângulo Mineiro, Vale do Paraíba, Centro-Oeste. Veja maiúsculas/minúsculas.
regionalismo - Evite palavras e expressões que tenham significado restrito a uma região ou que possam ter significados diferentes em diferentes regiões do país. Exemplos de regionalismos paulistas: farol como sinal ou semáforo; guia como meio-fio; carta como carteira de habilitação; jamanta como carreta; marreteiro como camelô; holerite como contracheque; RG como carteira de identidade; funileiro como lanterneiro; lista como lista telefônica. Veja bairrismo (nos caps. Produção ou Edição).
reis e soberanos - Comece sempre com minúscula, exceto se integrar substantivo próprio: O rei da Espanha, praça Rei Juan Carlos. Veja nomes estrangeiros.
reitor - Comece sempre com minúscula, exceto se integrar substantivo próprio: O reitor da Universidade de São Paulo; auditório Reitor Zeferino Vaz.
relações públicas/relações-públicas - Sem hífen, designa a atividade: Ela cursa relações públicas. Ele trabalha em relações públicas.

Com hífen, designa o profissional e é substantivo comum-de-dois: Ele é o relações-públicas da empresa. A relações-públicas cuidou da definição estratégica de comunicação da empresa.

Não use a sigla RP.

relax - Em inglês, significa descanso, relaxamento. Evite em texto noticioso.

repetição de palavras - Uma velha regra de estilo recomenda não repetir palavras ao longo de um texto. O emprego de vocabulário amplo enriquece de fato o texto de jornal, mas atenção: o uso de sinônimos para designar uma mesma coisa pode tornar o texto impreciso e confuso. Causídico, jurista e doutor, por exemplo, são péssimos substitutos de advogado. Em muitos casos, não há mal em repetir palavras. Veja advogado.

república/República - Com maiúscula quando designar instituição política: presidente da República; a 5ª República francesa. Se for como forma de governo, escreva com minúscula: república se opõe a monarquia. Veja maiúsculas/minúsculas.

réquiem - Do latim requiem, isto é, repouso. Escreva com acento e minúscula: o réquiem "Canticles", de Stravinski.

resenha - Gênero jornalístico que consiste em resumo crítico de livro. Deve ser informativo, dando ao leitor uma idéia do conteúdo da obra e de quem é seu autor, mas também exige que se emita opinião sobre a qualidade. Sempre assinada. Veja crítica.

ressaltar - Significa tornar saliente, dar relevo, destacar. Não use como sinônimo de dizer, pois dá conotação positiva à declaração. Veja verbos declarativos.

Reuters/"Reuter" - Reuters é o nome da empresa proprietária da agência de notícias "Reuter". O crédito correto é Da "Reuter". 
revelar - Significa desvelar, tirar o véu. Não use como sinônimo de dizer, pois supõe que o revelado de fato existe. Veja verbos declarativos.

réveillon - Use réveillon ou Ano Novo. Em francês mais antigo designa refeição que se faz tarde da noite. Em francês moderno, a própria festa de Natal ou Ano Novo.

revisão - A revisão dos textos publicados pela Folha é feita pelos jornalistas que os escrevem. O jornal não conta com profissionais dedicados exclusivamente a essa tarefa. Por isso, é fundamental que o jornalista da Folha tenha perfeito domínio do português escrito.

O jornal mantém professor de português para cursos e consultas. Este manual contém, neste capítulo, uma série de regras e esclarecimentos de dúvidas mais frequentes. Veja acentuação; concordância nominal; concordância verbal; crase; infinitivo conjugado; plural de palavras compostas; tempos verbais.
revista - Escreva nomes de revistas por extenso, entre aspas, sem negrito ou itálico, com letras maiúsculas e minúsculas: "Time", "Veja".
revolução/Revolução - Só escreva com maiúscula quando se referir a fato de grande importância histórica e seu nome for mencionado por inteiro: A Revolução Russa comemora 70 anos; foi a revolução mais importante do século 20.

Admite-se o uso do conceito de revolução em sentido figurado, para expressar uma mudança drástica em processos habituais: A informática revolucionou os métodos de administração bancária. Use com moderação. 
Revolução de 64 - Não use esta expressão para designar o movimento militar que ocorreu no Brasil naquele ano. Veja ditadura.
ringue - Do inglês ring (arena). Estrado para lutas de boxe, luta livre e outras.

rinque - Do inglês rink (pista de patinação).

roda- - roda-d'água, roda-gigante, roda do leme; rodamoinho, rodapé, roda-viva.

roubo - Crime contra o patrimônio definido pelo Código Penal (artigo 157). Não é sinônimo de furto. Significa apoderar-se de coisa alheia e móvel mediante grave ameaça ou emprego de violência contra pessoa. Veja furto. Consulte também o anexo Jurídico.

round - Em inglês, significa rodada. Quando se referir a luta de boxe, prefira assalto.

royalty - Valor devido a quem detém o direito sobre patente ou exploração comercial de produto ou obra original. O plural é royalties.

RP - Evite a sigla, que significa relações públicas. O profissional que atua nessa área chama-se relações-públicas.

rua - Escreva com minúscula: rua Augusta, rua da Consolação.
rumor/boato/fofoca - Não confunda essas três palavras. Rumor, do latim rumor, é notícia que corre, verdadeira ou não. Boato, do latim boatus, derivado do verbo grego boáo, gritar (possivelmente o mugido do boi), é, até pela origem jocosa, a notícia falsa. Fofoca é gíria brasileira. Significa mexerico, maledicência. Respeite essa distinção, embora desde o latim haja certa tendência para confundir os termos rumor e boato. A distinção é particularmente útil em jornalismo e foi registrada por muitos dicionaristas.

A Folha só publica rumor, mediante consulta prévia à Secretaria de Redação, quando não há tempo de confirmar a exatidão de informação que possa vir a ser relevante. Nesses casos, indique sempre que se trata de notícia não-confirmada. Boatos só podem ser publicados quando geram notícia, por exemplo: O boato da morte de Saddam Hussein fez despencar os preços do petróleo. Neste caso, deixe claro para o leitor que a morte de Saddam Hussein é notícia falsa.

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