domingo, 27 de março de 2022

Conjunções - relação de causa e consequência / Orações subordinadas adverbiais: 9 tipos

 A conjunção é um importante elemento da Língua Portuguesa usado para conectar as orações.


Explicando melhor, a conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos semelhantes que exercem uma mesma função sintática.


Temos dois grupos de conjunções: as subordinativas e coordenativas.



 

Entre as conjunções subordinativas temos as integrantes e as adverbiais, que são as causais (causa), consecutivas (consequência), condicionais, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, finais e proporcionais.


Explicaremos cada uma delas que integram o grupo das subordinativas. Primeiramente, vamos focar na relação de causa e consequência.


Conjunção causal (causa)

A ideia de causa é ligada ao que provoca uma determinada ação ou fato, ao motivo declarado na oração principal.


A principal conjunção subordinativa causal é o porque, mas também destacamos as conjunções e locuções causais pois, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto.


Veja também: Quando usar Porque ou Por que, Por quê ou Porquê?


Exemplos:


Eu acordei disposto porque dormi muito

Ela não quer pizza porque está de dieta

Não podemos esperar por ele porque já estamos atrasados

Eu não vou fazer janta em casa já que os meninos foram comer pizza

Cancelaremos a viagem visto que com o temporal é mais perigoso

Conjunção consecutiva (consequência)

Já a consequência, resultado das orações subordinadas adverbiais consecutivas, é o efeito do que é declarado na oração principal.



 

As principais conjunções consecutivas são: de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que, além das estruturas tão que, tal que, tanto que, tamanho que. Outras


Veja também: Tipos de conjunção existentes na língua portuguesa.


Exemplos:


A fome era tão grande que comeu o bolo quente

Chegamos em casa tão cansados que nem fizemos o jantar

Ele não consegue tomar banho sem molhar todo o banheiro.

Ela tanto trabalhou que conseguiu comprar seu próprio apartamento

Não consegui ver todo o filme de tão grande que era.

Agora, vamos às demais conjunções subordinativas:


Conjunções condicionais

As conjunções condicionais ocorrem quando é indicada uma hipótese ou uma condição necessária para que se realize ou não o fato principal da oração.


A principal conjunção condicional é o se, mas são usadas também: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que.


Exemplos:


Se não tivesse chovendo, sairíamos agora mesmo

Uma vez que nossas famílias entrarem em acordo, marcaremos a data

Caso você viaje, deixe seu gatinho comigo

Conjunções comparativas

As conjunções comparativas são aquelas que dão ideia de comparação ou confronto entre os elementos da oração.



 

São conjunções comparativas: como, bem como, assim como, que, do que (utilizadas depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior) e qual (usado depois de tal).


Exemplos:


Ele fala com ela como se tivesse falando com uma criança

Ela foi embora e deixou claro como a luz que não voltaria

Conjunções conformativas

Essas são usadas para demonstrarem a conformidade do fato na oração. São conjunções conformativas: conforme, como (com mesmo sentido de conforme), segundo, consoante, de acordo com etc.


Exemplos:


Conforme o governador, a ordem é para ficar em casa durante quarentena.

Como ela mesma disse, todos que forem à festa devem levar suas bebidas

Você deve manter uma boa alimentação saudável, segundo o médico

Consoante diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.

Conjunções concessivas

Já as conjunções concessivas expressam na oração a ideia contrária à da principal, mas sem impedir a ação.


São elas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, por mais que.


Exemplos:


Embora gostasse muito do tio, preferiu não ir ao aniversário

Vamos ao jantar mesmo que cheguemos atrasados

Vou entregar o trabalho ainda hoje, nem que eu precise madrugar

Conjunções temporais

Como o próprio nome indica, as conjunções temporais fazem menção ao tempo aplicado na oração.


São conjunções temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, toda vez que, cada vez que, apenas, mal etc.


Exemplos:


Vamos viajar ainda hoje, antes que escureça

Toda vez que precisamos, ele nos ajuda.

Eu faço as compras de casa desde que casei

Conjunções proporcionais

Essa modalidade reforça a ideia de proporção. Elas iniciam a oração subordinada onde é mencionado o fato realizado para se realizar simultaneamente com o fato da oração principal.


São conjunções proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.


Exemplos:


À medida que o tempo passava, ela acostumava com o ambiente de trabalho

Não gostava lasanha, quanto mais de macarrão

À proporção que envelheço, descubro que ainda vivi poucas experiências

Conjunções finais

Por fim, como também como o nome indica, as conjunções finais iniciam a oração subordinada expressando a finalidade da oração principal. São conjunções finais: para que, a fim de que, que, porque (= para que).


Exemplos:


É tarde para que venha trazer comida

Enviei o texto a fim de que avaliasse ainda hoje

Eu vou à casa da mamãe para que ela se sinta mais tranquila

Conjunções coordenadas

Só para pincelar, as conjunções coordenadas são e servem para:


Conjunções aditivas: para expressar adição

Conjunções adversativas: para expressar adversidade, oposição

Conjunções alternativas: para expressar alternância

Conjunções conclusivas: para expressar conclusão

Conjunções explicativas: para expressar explicação

Uma oração subordinada adverbial é aquela frase que possui um adjunto adverbial, ou seja, um complemento para a sentença que demonstra a circunstância em que o verbo se encontra, dependendo de tempo, modo, lugar, etc. Funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal. São introduzidas por conjunções subordinativas, exceto as integrantes. Classificam-se de acordo com a circunstância que expressam. Tal conjunção ou locução conjuntiva possui valor semântico. Podem ser reduzidas.


As orações subordinadas adverbiais se dividem em tipos diferentes. Veja quais são os 9 tipos de orações subordinadas adverbiais:


Veja também: Orações subordinadas adverbiais exercícios com gabarito.



 

1 - Subordinada Adverbial Causal:

Demonstra o motivo proposto na oração principal e são representadas por conjunções e locuções causais, como porque, pois, devido à, por causa de, etc.


Exemplo: "Não fomos ao jogo PORQUE estava muito calor."

2 - Subordinada Adverbial Temporal:

Demonstra a ideia de tempo proposto na oração principal, representadas por conjunções e locuções temporais, como assim que, quando, enquanto, até que, etc.


Exemplo: "Vamos sair ASSIM QUE ela se arrumar."

3 - Subordinada Adverbial Proporcional:

Demonstram a proporção do que é indicado na oração principal. Conjunções e locuções proporcionais utilizadas: quanto, à medida que, ao passo que, etc.


Exemplo: "QUANTO melhor me alimento, mais saudável fico."

4 - Subordinada Adverbial Comparativa:

Estipula uma comparação com o que se passa na oração principal. Conjunções e locuções comparativas utilizadas: como, quanto, tal qual a, etc.


Exemplo: "Ele corria rápido COMO um leopardo."

5 - Subordinada Adverbial Concessiva:

Estabelece uma contradição com o que é apresentado na oração principal, utilizando conjunções e locuções concessivas, como apesar de que, embora, mesmo que, etc.


Exemplo: "O filme foi divertido, EMBORA muito longo."

6 - Subordinada Adverbial Conformativa:

Demonstra concordância com o acontecido na oração principal, evidenciada por conjunções e locuções conformativas, como conforme, segundo à, etc.


Exemplo: "O jogador foi expulso de campo, CONFORME as regras do futebol."

7 - Subordinada Adverbial Condicional:

Transmite a condição e dependência do que se passa na oração principal, usando conjunções e locuções condicionais, como desde que, caso, a menos que, etc.


Exemplo: “Rita pode ir à festa, DESDE QUE volte cedo."

8 - Subordinada Adverbial Final:

Apresenta a finalidade, ou seja, o propósito do que é sugerido na oração principal através de conjunções e locuções finais, como para que, a fim de, etc.



 

Exemplo: “João precisa estudar PARA QUE possa aprender."

9 - Subordinada Adverbial? Consecutiva:

Demonstra a consequência do ocorrido na oração principal, exposta pelas conjunções e locuções consecutivas, como que, tanto que, de modo que, etc.


Exemplo: “Márcio parou de comer doces, DE MODO QUE emagreceu."

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