TELEVISÃO aceita duas abreviaturas - tevê e TV.
De preferência, usa-se QUANTIA para dinheiro; QUANTIDADE nos demais casos.
Da mesma forma, usa-se FALÊNCIA para empresas e INSOLVÊNCIA para pessoas físicas, GREVE para empregado e LOCKOUT para patrão.
Da mesma forma, usa-se EPIDEMIA para pessoas e EPIZOOTIA para animais.
INVERTER - mudar para o oposto
REVERTER - voltar à situação anterior
EVENTUAL - esporádico, ocasional, que ocorre de vez em quando
POSSÍVEL - que pode acontecer
PROVÁVEL - que deve acontecer
MESMO - um só
IGUAL - outro
SUPLEMENTAR - extra
COMPLEMENTAR - o que completa
DESALOJADO - quem precisou sair de casa
DESABRIGADO - quem fica sem casa para morar
INÚMEROS - incontáveis
NUMEROSOS - vários
CONFORME, SEGUNDO e CONSOANTE podem ser PREPOSIÇÕES quando introduzem adjuntos adverbiais de conformidade e CONJUNÇÕES quando introduzem orações adverbiais conformativas
HÍLARE é a palavra que deveria ter vingado no português, mas não deu certo. Sofremos influência do inglês hilarious e adotamos HILÁRIO (alegre). Para evitar controvérsias, podemos usar HILARIANTE. O substantivo é HILARIDADE (não HILARIEDADE).
Siglas fazem o plural apenas com um S minúsculo, sem apóstrofo - este sinal só serve para indicar SUPRESSÃO de letras. É uma imitação do inglês, nesse idioma o S indica POSSE, e não PLURAL.
'Fui à Santa Catarina' - crase incorreta, porque o topônimo aceita artigo
'Fui à Paraíba' - crase correta, porque o topônimo aceita artigo
A palavra SEU antes de nome de pessoa (seu Joaquim, seu Antônio, seu José) não é pronome possessivo, é alteração fonética de SENHOR. Muitas vezes seu uso é ofensivo, quando antes de adjetivo.
A dupla negação existe no português, no espanhol e no francês sem ferir a lógica ou a norma-padrão: Não comprei nada. Não conheço ninguém.
Duas, quatro, dez ou vinte negativas juntas são sempre negativas. Não é como na matemática em que menos com menos dá mais. Isso vale só para o inglês.
Palavras compostas com elementos de línguas diferentes (automóvel, burocracia, sociologia, televisão, sambódromo, telepizza) devem ser classificadas como HIBRIDISMO.
Nas conjunções coordenativas, quando iniciam PERÍODOS, a vírgula é facultativa.
O time venceu. Portanto, está classificado. / O time venceu. Portanto está classificado
Saíram cedo. Contudo, chegaram tarde. / Saíram cedo. Contudo chegaram tarde.
POIS - explicativa: vem antes do verbo e pode ser substituída por PORQUE
POIS - conclusiva: vem intercalado e pode ser substituída por PORTANTO
Com verbos causativos e sensitivos, a flexão é FACULTATIVA se o sujeito for um substantivo: Deixai vir a mim as criancinhas. Deixai virem a mim as criancinhas.
Se o substantivo for substituído por um pronome oblíquo, a flexão é PROIBIDA: Não nos deixeis cair em tentação
São verbos diferentes. TIVER: futuro do subjuntivo de TER (quando eu TIVER, quando você TIVER); ESTIVER: futuro do subjuntivo de ESTAR (quando eu ESTIVER, quando você ESTIVER). A dúvida ocorre porque a sílaba inicial ES do verbo estar é omitida na linguagem informal.
As duas formas são corretas - NOVA IORQUE e NOVA YORK, embora a maioria dos sites, revistas, jornais e telejornais usem a última.
A VONTADE - artigo 'a' + substantivo 'vontade': o desejo, o querer, o ânimo, à disposição.
À VONTADE - locução adverbial: de forma descontraída, sem cerimônia
O correto seria não existir, como não existem segundamente, terceiramente, etcmente, etc., mas há dicionários que registram PRIMEIRAMENTE. Deve-se trocar por INICIALMENTE, A PRINCÍPIO ou NUM PRIMEIRO MOMENTO.
Para a ação de dar entrada em documentos ou processos, melhor seria PROTOCOLIZAR, mas PROTOCOLAR, com o mesmo sentido, já se fixou na língua. Originalmente PROTOCOLAR era apenas adjetivo.
BAR - BARES - BAREZINHOS (tira-se o S e acrescenta-se o sufixo -ZINHOS)
BARZINHOS é forma popular e já aceita pelos gramáticos e dicionaristas.
ASSOPRAR e SOPRAR, ARREBENTAR e REBENTAR, ASSOBIAR e ASSOVIAR, DEBULHAR e DESBULHAR, DIABETE e DIABETES são formas variantes. Prefira-se SOPRAR, ARREBENTAR, ASSOBIAR, DEBULHAR e DIABETES.
AMÍDALA e AMÍGDALA são formas variantes; prefira-se AMÍDALA pela simplificação ortográfica.
COBARDE e COVARDE são formas variantes; prefira-se COVARDE porque respeita a origem em espanhol.
EMBARALHAR e BARALHAR são formas variantes; prefira-se EMBARALHAR pela formação normal: em- + baralho + -ar (derivação parassintética).
TRÍADE e TRÍADA (conjunto de três seres ou coisas da mesma natureza) são formas variantes; prefira-se TRÍADE porque respeita a origem latina.
Não troque o certo pelo duvidoso - Nesta frase, CERTO se tornou SUBSTANTIVO pela anteposição do artigo (derivação imprópria).
O VOLP traz DESVER. Nas redes sociais, tem o sentido de "deixar de ver". Apesar de não estar registrado em dicionários e gramáticas, cumpre os requisitos para um futuro registro como verbo irregular da 2ª conjugação, derivado do verbo VER.
BATIZAR não é verbo pronominal nem reflexivo; quando construído com o pronome átono "se", constitui VOZ PASSIVA SINTÉTICA:
"Ele se batizou aos três anos" = Ele FOI BATIZADO aos três anos = Batizaram-no aos três anos.
DOIS-PONTOS (sinal de pontuação) - com hífen
TENENTE-CORONEL - tenentes-coronéis
VICE-CAMPEÃO - vice-campeões
BANANA-MAÇÃ - bananas-maçã ou bananas-maçãs
VALE-ALIMENTAÇÃO, VALE-PRESENTE, VALE-REFEIÇÃO e VALE-COMPRAS - com hífen
'Os vestibulandos estamos muito preparados' - há a SILEPSE de PESSOA; sujeito na 3ª pessoa e verbo na 1ª
'São Paulo continua violenta' - há a SILEPSE de GÊNERO; São Paulo é substantivo masculino e violenta, adjetivo no feminino
CURSO contém S na última sílaba; por isso, CURSINHO (diminutivo e escola preparatória para concursos e/ou vestibulares).
JOÃO não tem S na última sílaba; por isso, JOÃOZINHO tem o sufixo -ZINHO.
NEBLINA e NEBRINA são formas variantes; prefira-se NEBLINA porque respeita a origem em espanhol.
Normalmente, o adjetivo SUPERIOR fica invariável quando se subentende a locução "DE NÍVEL":
instituição SUPERIOR = temos ELIPSE (podemos dizer 'instituição de NÍVEL SUPERIOR').
madre SUPERIORA = não temos elipse, porque não faz sentido pensar em "madre de nível superior".
LIBIDO é substantivo FEMININO, e DESEJO é substantivo MASCULINO.
PERNOITE é substantivo MASCULINO, e NOITE é substantivo FEMININO.
DEVER - no singular: obrigação
DEVERES - no plural: tarefa
ATÉ - se houver ideia de inclusão
NEM - se houver ideia de exclusão
CONTINUAÇÃO - prosseguimento
CONTINUIDADE - qualidade daquilo que é contínuo
O verbo IMPORTAR deve estar no subjuntivo quando o sujeito for uma oração: Não me IMPORTA que o partido perca a eleição.
Quando o sujeito não for uma oração ou se houver a preposição com, usa-se o indicativo: Não me IMPORTA a derrota deste candidato. Não me IMPORTO com ignorâncias.
Depois de ENTRE, usa-se E. Com a preposição DE, usa-se A. Com a preposição DESDE, usa-se ATÉ.
DEVIDO A é locução prepositiva; portanto, invariável
DADO A é invenção. DADO, DADA, DADOS e DADAS são particípio do verbo DAR.
DENTRE - contração das preposições de e entre, quando o verbo rege a preposição de: Jesus ressurgiu dentre os mortos e está vivo.
ENTRE - usa-se nos outros casos: O segredo é dividido entre nós. Vou escolher entre as opções disponíveis.
FREI - usa-se antes de nome próprio
FRADE - usa-se quando não houver nome próprio
MOBILIAR e MOBILHAR são formas variantes; deve se preferir MOBILIAR pela formação normal: mobília + -ar (derivação sufixal). Embora seja um verbo REGULAR, tem o BI como sílaba tônica nas formas rizotônicas.
Antes de PARTICÍPIO, usa-se MAIS BEM, MAIS MAL em vez de MELHOR, PIOR.
VOSSA EXCELÊNCIA - a abreviação é V. Exa e não V. Excia.
Não existe São Vicente de Paula, o correto é São Vicente de Paulo. Não confunda com São Francisco de Paula.
A expressão JUNTO A significa "ao lado de". Por isso, deve-se construir "entrou com recurso NO Tribunal".
'O desfile será na Avenida Paulista às 17h' - o verbo SER é INTRANSITIVO, porque 'às 17h' é ADJUNTO ADVERBIAL de tempo, 'na Avenida Paulista' é adjunto adverbial de lugar.
O rigor gramatical manda ligar o pronome ao verbo auxiliar por meio do hífen, mas bons autores deixam o pronome solto entre o verbo auxiliar e o principal. Construções corretas:
A vida me vai ensinar. / A vida vai me ensinar. / A vida vai ensinar-me.
As letras "s" e o "r" só podem ser dobradas depois de VOGAL: antirrugas, ultrarromântico, autossuficiente, telessala.
Palavras com DUPLA PROSÓDIA:
HIERÓGLIFO ou HIEROGLIFO
ORTOÉPIA ou ORTOEPIA
ACRÓBATA ou ACROBATA
PROJÉTIL ou PROJETIL
RÉPTIL ou REPTIL
BOÊMIA ou BOEMIA
DÚPLEX ou DUPLEX
TRÍPLEX ou TRIPLEX
ELÉTRODO ou ELETRODO
TRANSISTOR ou TRANSÍSTOR
XÉROX ou XEROX
HOMÍLIA ou HOMILIA
TELEVISAR e TELEVISIONAR são formas variantes; deve se preferir TELEVISIONAR pela formação normal: televisão + -ar (derivação sufixal).
MAQUIAGEM e MAQUILAGEM são formas variantes; deve se preferir MAQUIAGEM pela formação normal: maquiar + -agem (derivação sufixal).
CONTATO e CONTACTO são formas variantes; deve se preferir CONTATO pela simplificação ortográfica.
HIDRELÉTRICA e HIDROELÉTRICA são formas variantes; deve se preferir HIDRELÉTRICA pela simplificação ortográfica.
COERCITIVO e COERCIVO são formas variantes; deve se preferir COERCITIVO pela formação normal: coerção + -ivo (derivação sufixal). O T é uma CONSOANTE DE LIGAÇÃO nesse caso.
O VOLP e os dicionários aceitam BÊNÇÃO e BENÇÃO (forma antiga). BENÇA é forma popular.
TRISAVÔ existe (pai de bisavô ou bisavó). TATARAVÔ é forma popular, melhor usar TETRAVÔ.
TRINETO existe (filho de trineto ou trineta). TATARANETO é forma popular, melhor usar TETRANETO.
O normal, no português do Brasil, é escrever dias da semana, meses do ano e estações do ano com inicial minúscula, mas há sempre a opção de DESTACAR as palavras com inicial maiúscula.
ATRAVÉS DE deve ser usado com a ideia de ATRAVESSAR. Sem esse sentido, convém usar POR MEIO DE, POR INTERMÉDIO DE ou MEDIANTE.
POR CAUSA DE é usada em adjuntos adverbiais e PORQUE, em orações adverbiais. POR CAUSA QUE é expressão informal.
A expressão POR CONTA DE tem os sentidos de - a cargo de, sob a responsabilidade de, custeado ou financiado por. Também é sinônima de - em razão de, em virtude de, devido a.
SUBSISTÊNCIA e SUBSISTIR admitem duas pronúncias - com som de SS ou de Z. A última surgiu por influência de EXISTIR e EXISTÊNCIA.
A expressão correta é À CUSTA DE. Exemplo: Ele vive à custa do pai. A palavra CUSTAS é usada na linguagem do Direito e significa despesas de processo.
RELAMPEJAR, RELAMPEAR e RELAMPAGUEAR são formas variantes; deve se preferir RELAMPEJAR pela formação normal: relâmpago + -ejar (derivação sufixal). REPANGALEJAR ainda é invenção.
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