Qual a expressão certa: risco de morte ou de vida? Com frequência, ouvem-se essas duas perguntas. E a resposta é... as duas! "Risco de morte" (ou "de morrer") é mais recente e, à primeira vista, mais lógica, pois em geral "risco de..." se associa a algo ruim: corre-se risco de morrer afogado, de ser sequestrado, de eleger um demagogo, etc. No entanto, temos de reconhecer que "risco de vida" tem forte e tradicional uso e este uso torna-a legítima. Além disso, há os que veem nesta expressão a ocorrência de uma elipse, ou seja, um trecho dela está subentendido: "risco de [perder a] vida". Ou seja, sem a elipse, a expressão seria "risco de perder a vida" e, desse modo, ela também teria sua lógica. Em resumo, pode-se dizer que hoje essa questão é muito mais um caso de preferência. Use, pois, a expressão que melhor lhe convier. Quanto a “correr atrás do prejuízo”, não há o que se discutir: é uma expressão consagrada e muito lógica. Quando digo que o “A seleção brasileira está perdendo por 1x0 e tem que correr atrás do prejuízo”, o sentido é de “diminuir o prejuízo, acabar com o prejuízo”. Não embarque, portanto, nesta história de que o certo é “correr atrás do lucro, e não do prejuízo”. Isso é bobagem. Na língua portuguesa, não existe a expressão “correr atrás do lucro”. O que há é “correr atrás do prejuízo”, que, como foi mencionado anteriormente, quer dizer “correr atrás para diminuir ou acabar com o prejuízo”.
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