sábado, 29 de maio de 2021

Concordância verbal - principais regras

 Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.


Exemplos: 

Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.


Alguns Casos de concordância verbal:


Casos especiais:


a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.


Ex.: A multidão gritou pelo rádio.


Atenção: 

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.


Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.


b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.


Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.


c) O sujeito é um pronome de tratamento - embora se refiram à 2ª pessoa, o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).


Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.


d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome.


Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.


e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome, por razões de ênfase.


Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.


h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, perto de, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral. Se a expressão mais de um vier repetida ou indicar reciprocidade, o verbo deve ser usado no plural.


Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.


i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).


Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.


j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.


Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto


Regra geral

O verbo vai para o plural.


Ex.: João e Maria foram passear no bosque.


Casos especiais:


a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.


Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.



O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. 

Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.


O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.


Atenção: No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.



Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)


Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.


Ex.: Irei eu e minhas amigas.


b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará com os dois núcleos.


Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.


Atenção: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Se houver ideia de reciprocidade, a concordância no plural é obrigatória.

Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.


c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). 

Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.


d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. 

Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.


e) Quando os sujeitos forem resumidos por pronomes indefinidos como todos, nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto resumidor. 

Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.


f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural. 

Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.


g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão ou sinonímia, para o plural quando for de inclusão e concorda com o mais próximo quando for de retificação.

Exemplos: 

Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) 

O complemento verbal ou o objeto é um termo integrante da oração. (sinonímia)

A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição)

Os ladrões ou o ladrão assaltou o banco. (retificação)


h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. 

Exemplos: 

Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.


Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Anvisa discute regulamentação de cigarro eletrônico, nesta sexta-feira

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai se reunir nesta sexta-feira (1º), para avaliar se coloca em consulta p...