Devido à forte onda de calor registrada no estado e em todo o País, o consumo de água na Paraíba aumentou consideravelmente nos últimos dias. Em Campina Grande, o crescimento foi de aproximadamente 34%, de 1 a 31 de outubro. Nesse mesmo período, o salto em João Pessoa foi de 30%, em média. A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) alerta que as altas temperaturas podem causar desabastecimento momentâneo em várias áreas e, portanto, pede apoio da população para evitar o desperdício.
De acordo com o diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, Thiago Pessoa, a maior parte dos reservatórios do estado está cheia e o sistema de produção normalizado. No entanto, a elevação brusca do uso de água devido aos recordes de temperatura pode provocar suspensões temporárias no fornecimento. “Apesar de termos disponibilidade hídrica nos mananciais, agora lidamos com o consumo elevado de água, que é justificado pela necessidade dos paraibanos diante do forte calor. Esse aumento repentino tem sobrecarregado o sistema”, explicou.
Thiago ainda pediu a contribuição da população no uso responsável da água para que o sistema suporte o consumo atípico. “Estamos fazendo a nossa parte, como o reforço de diversas redes de distribuição, a instalação e reativação de poços para o abastecimento e a fiscalização de ligações irregulares, mas é fundamental que os moradores tenham consciência e colaborem fazendo o bom uso da água. Com atitudes simples de economia no cotidiano é possível poupar muito”, avaliou o diretor.
Outro fator sensível que prejudica ainda mais a oferta de água são os furtos e ligações clandestinas. “O uso indevido dos ramais e redes de água retiram pressão do sistema e podem reduzir a oferta em algumas regiões. Estamos intensificando as fiscalizações para coibir essa prática, que, inclusive, é crime, segundo o artigo 155 do Código Penal Brasileiro. A pena é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. A pessoa que furta água da Cagepa está também furtando esse bem de toda a população, e pode responder criminalmente”, alertou.
domingo, 26 de novembro de 2023
Onda de calor aumenta consumo de água em 30% em João Pessoa e autoridades alertam população para uso consciente
Alças de acesso da BR-230 são fechadas durante a Romaria da Penha em João Pessoa
Os motoristas que precisarem trafegar nas proximidades da avenida Dom Pedro II em João Pessoa, terão que avaliar cuidadosamente seu trajeto devido aos bloqueios nas vias feitos pra garantir a passagem tranquila dos fiéis que parrticiparem da Romaria da Penha.
Após as 21h30, quem vier da BR-230 não poderar usar a alça de acesso localizada na altura do km 20. O bloqueio ocorrerá até a 00h30 do domingo (2) quando a maior parte dos fiéis já terá passado pelo local.
A expectativa é que Romaria da Penha deva reunir mais de meio milhão de pessoas em sua 260ª edição, que ocorre neste sábado (25).
Termômetro marca 51°C em Patos e assusta moradores da cidade: “vai pegar fogo”
Um termômetro instalado no município de Patos, no Sertão paraibano, marcou, por volta das 12h, a temperatura de 51°C. A marca foi registrada neste sábado (25) e assustou moradores da cidade. O registro foi feito pelo perfil @patoszoeiro no Instagram.
No Instagram, moradores de Patos e cidades vizinhas reclamaram e fizeram piada com a onda de calor: “Vai pegar fogoooo” e “o ventilador parece o cão assoprando na cara” foram algumas das frases utilizadas, como visto pelo ClickPB.
Como verificado pelo ClickPB, o Climatempo, site especializado em informações meteorológicas, mostra que a temperatura em Patos estava prevista para alcançar os 38°C por volta das 16h deste sábado.
Ainda conforme observado pelo ClickPB no Climatempo, a previsão para os próximos 15 dias é de que Patos continue registrando altas temperaturas, com máximas variando entre 34°C e 35°C.
Inflação, desemprego e insegurança: saiba problemas que veto à desoneração pode causar
Entidades, parlamentares e representantes de setores econômicos afetados pelo veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de pagamento preveem que o cenário econômico do país em 2024 será de instabilidade e prejuízos graves caso a decisão de Lula se mantenha. Sem a medida, os 17 setores atingidos pelo veto preveem desemprego e insegurança jurídica e afirmam que a reoneração vai impactar o aumento de custos com repercussão na inflação.
A desoneração está em vigor, mas tem validade até 31 de dezembro deste ano. O projeto vetado por Lula tinha a intenção de prorrogar a medida até 31 de dezembro de 2027. Pelo texto, as empresas desoneradas pagam uma contribuição que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, no lugar de 20% sobre a folha dos funcionários.
O veto de Lula ainda será analisado no Congresso. A tendência é que parlamentares derrubem a decisão do Executivo na próxima sessão conjunta, que pode ocorrer na terça-feira (28).
O fim da desoneração é apontado como fator de repercussão sobre os preços médios praticados em uma série de cadeias produtivas. As empresas alegam que não terão como absorver integralmente os impactos do aumento dos encargos a partir de janeiro de 2024.
Nesta sexta-feira (24), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) afirmou que, sem a desoneração, os valores das passagens e do frete vão aumentar. Pelos cálculos da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o fim da política tributária deve gerar um aumento de 6,78% nos custos totais do serviço, levando, como consequência, a um reajuste médio das tarifas para o passageiro de até R$ 0,31. Atualmente, o valor médio da tarifa nacional está em torno de R$ 4,60 e, portanto, pode ultrapassar R$ 4,91 em razão do veto.
Representantes do setor de serviços digitais, internet e tecnologia da informação também preveem aumento no preço dos serviços. Em nota, eles classificaram a decisão do Executivo como uma "insensibilidade social".
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) alertou para "risco sistêmico" com o fim da política. "O aumento da carga tributária sobrecarregará os custos, o que, provavelmente, gerará aumento de preços, impactando a capacidade de consumo da sociedade", argumentou a entidade.
Risco de desemprego
Ao todo, 17 setores são atingidos pelo veto de Lula. Juntos, eles empregam mais 9 de milhões de pessoas. Segundo representantes de empresas dos segmentos, o fim da desoneração põe em risco cerca de 1 milhão de postos de trabalho.
A análise dos dados do mercado de trabalho da política de desoneração, comparando os 17 setores desonerados com os setores que foram reonerados a partir de 2018, demonstra que os setores desonerados são capazes de maior geração de emprego. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em dezembro de 2022 os setores desonerados alcançaram 8,93 milhões de trabalhadores, e os setores reonerados, 6,32 milhões.
Em termos de evolução da empregabilidade, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022, os setores desonerados contrataram mais de 1,2 milhão de novos trabalhadores, o que corresponde a cerca de 15,5% de crescimento, enquanto os setores reonerados contrataram pouco mais de 400 mil novos trabalhadores, o que equivale a 6,8% de crescimento. Esses dados são utilizados na justificativa do relatório do projeto de lei vetado por Lula, apresentado pela deputada Any Ortiz (Cidadania-RS).
A desoneração também impactou a remuneração dos trabalhadores. Segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a iniciativa garantiu, em 2022, aumento de 19,5% na remuneração dos empregados desses setores. Se a folha não tivesse sido desonerada, o salário médio desses segmentos seria de R$ 2.033. Com a desoneração, a média salarial desses trabalhadores subiu para R$ 2.430.
Sobre o projeto
O projeto da desoneração foi aprovado pelo Congresso Nacional em 25 de outubro. Pelo texto, a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários é substituída por uma contribuição incidente sobre a receita bruta do empregador. A contribuição patronal é paga por empregadores para financiar a seguridade social.
Em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha dos funcionários, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia de 1% a 4,5%, conforme o setor.
A contribuição é feita, mas passa a se adequar ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais empregados sem gerar aumento de impostos.
Quais são os setores?
• confecção e vestuário;
• calçados;
• construção civil;
• call centers;
• comunicação;
• construção e obras de infraestrutura;
• couro;
• fabricação de veículos e carroçarias;
• máquinas e equipamentos;
• proteína animal;
• têxtil;
• tecnologia da informação (TI);
• tecnologia da informação e comunicação (TIC);
• projeto de circuitos integrados;
• transporte metroferroviário de passageiros;
• transporte rodoviário coletivo; e
• transporte rodoviário de cargas.
Lula retoma nesta segunda-feira viagens internacionais com agendas no Oriente Médio e Alemanha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia nesta segunda-feira (27) sua primeira viagem internacional desde que realizou uma cirurgia no quadril, há dois meses. Lula fará um giro por três países do Oriente Médio e pela Alemanha.
O principal compromisso do presidente será a participação na Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP 28, nos Emirados Árabes. Lula também terá encontros com governantes e empresários nas quatro paradas da viagem:
Riade, Arábia Saudita;
Doha, Catar;
Dubai, Emirados Árabes;
Berlim, Alemanha.
Lula foi submetido a duas cirurgias, uma nas pálpebras e outra no quadril, no dia 29 de setembro, em Brasília. O procedimento no quadril colocou uma prótese no encaixe com o fêmur direito para tratar uma artrose.
O presidente, que teve uma agenda intensa de viagens internacionais nos nove primeiros meses de terceiro mandato, programou a cirurgia no quadril para estar recuperado a tempo de participar da COP 28, em Dubai.
Arábia Saudita e Catar
Lula tem previsão de sair de Brasília na segunda-feira (27) com destino a Riade, na Arábia Saudita, seguindo na sequência para Doha, no Catar. O presidente terá agendas com as realezas locais e empresários.
Lula tem interesse em investimentos de fundos dos países do Golfo Pérsico, grandes produtores de petróleo, em obras de infraestrutura do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O pacote de projetos é a principal aposta do governo para gerar empregos e impulsionar a economia.
Lula desembarca na terça-feira (28) em Riade para uma audiência com o príncipe herdeiro do reino saudita, Mohammed bin Salman (MBS).
Em junho, durante viagem a Paris, o petista cancelou um jantar que teria com o príncipe, que é um dos governantes do reino e tem histórico de críticas de países ocidentais. Em 2021, um relatório da inteligência dos Estados Unidos atribuiu ao príncipe a responsabilidade pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.
Ainda em Riade, Lula terá eventos empresariais na quarta-feira (29), um da Embraer e outro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), antes de seguir para Doha.
Na quinta (30), o presidente deve ir a um fórum com empresários e planeja se encontrar com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, autoridade máxima do país.
Segundo o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário de África e de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, é "natural" que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas seja tratada entre Lula e o emir.
O Catar ajudou a intermediar a trégua no conflito e mantém interlocução com o Hamas. O Brasil repatriou recentemente um grupo de pessoas da Faixa de Gaza e deseja trazer de volta uma nova leva de brasileiros.
"É natural que numa visita deste nível também se inclua uma conversa entre os presidentes sobre a situação no Oriente Médio, sobre a crise e sobre as perspectivas que podem se ver. Para o Brasil, é muito útil ter como interlocutor um país que também dialoga com todas as partes e é um país da região", disse Duarte a jornalistas.
COP 28 em Dubai
Em Dubai, nos Emirados Árabes, Lula participa a partir de sexta-feira (1º) da 28ª edição da Conferência do Clima, a COP. A agenda de preservação ambiental e transição energética é uma das preocupações do presidente, que deseja atrair investimentos. O Brasil, inclusive, receberá em Belém (PA) a COP 30, em 2025.
"Essa transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que nós não tivemos no século 20, de termos no século 21 a possibilidade de mostrarmos ao mundo que, para quem quiser utilizar a energia verde para produzir aquilo que é necessário a humanidade, o Brasil é o porto seguro", disse Lula na última quinta-feira (23).
Lula esteve na COP 27, no Egito no ano passado, antes de tomar posse como presidente e criou a expectativa de guinada na política ambiental. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022, o desmatamento na Amazônia disparou e ambientalistas criticaram o desmonte no sistema de combate a crimes ambientais.
Lula chegará a Dubai com dados positivos na Amazônia. Conforme dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia foi de 9.001 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023 — queda de 22,3% na comparação com o período entre agosto de 2021 e julho de 2022.
Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro trabalha para apresentar na COP 28 um novo mecanismo de captação de recursos a fim de financiar a preservação em países com florestas. O Brasil também deve apresentar uma meta mais ambiciosa de redução da emissão de efeitos estufas.
A nova meta deve passar a ser de redução de 53% das emissões até 2030 em relação às emissões de 2005, quando foi firmado o Acordo de Paris.
A meta anterior se comprometia com corte de 50% das emissões até 2030. A meta para 2025 também será alterada: de 37% para 48%.
Lula participará da COP 28 com o Brasil à frente do G20, bloco que reúne representantes de 19 países, da União Europeia e da União Africana. O Brasil comandará o grupo até novembro de 2024 e criará uma força-tarefa para alinhar ações de combate às mudanças climáticas.
Lula reitera que o Mercosul não vai ceder a ameaças para fechar acordo com a União Europeia
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Mercosul-União Europeia
Outro assunto que deverá entrar na pauta de Lula durante a viagem é a conclusão das negociações para revisão de trechos do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
Em Dubai, Lula poderá ter um novo encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, para discutir o tema, que também deve ser tratado na Alemanha ao longo das agendas com o chanceler Olaf Scholz dos dias 3 e 4 de dezembro.
Negociado desde 1999, o acordo teve a parte comercial concluída em 2019, e as partes políticas e de cooperação, no ano seguinte. Desde então, o processo está em fase de revisão e terá de ser aprovado pelos países para entrar em vigor.
Neste ano, os europeus apresentaram novas exigências na área ambiental, com risco de sanções, classificadas de "ameaça" por Lula, que deseja mudanças no trecho sobre compras governamentais.
A União Europeia defende a participação de empresas dos países-membros dos dois blocos, em condição de igualdade, de licitações governamentais em todos os países pertencentes ao acordo. O Brasil defendeu a retirada desse ponto do acordo.
Lula deseja acertar as mudanças até 7 de dezembro, quando encerra o período do Brasil como presidente temporário do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Segundo a embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes, secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, a Alemanha é um dos países favoráveis ao acordo comercial.
"Havendo vontade política de todos, é possível [concluir as negociações]. Do nosso lado a vontade política existe. Agora é ver do outro lado", disse a diplomata a jornalistas.
Lula tem previsão de chegar a Berlim no dia 3 de dezembro para um jantar com Scholz. No dia seguinte, ele deve se encontrar com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e terá reuniões de trabalho com Scholz, com a possibilidade de assinatura de acordos em diferentes áreas, como preservação ambiental, mudança do clima, bioeconomia, agricultura e ciência e tecnologia.
Alimentos, transporte público, frete e informática: preços devem ter alta geral com fim da desoneração
Preços de alimentos, transporte público, frete, informática e serviços podem aumentar se o veto à desoneração da folha de pagamento não for derrubado pelo Congresso Nacional até o fim do ano, preveem as entidades dos setores impactados. A subida da inflação deve ocorrer em paralelo ao corte de cerca de 1 milhão de vagas de emprego no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou integralmente o projeto de lei na quinta-feira (23), o que gerou críticas de instituições representativas de segmentos da economia e de trabalhadores.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) dá o aumento de preços dos fretes como certo se não houver desoneração. "Para o setor transportador, haverá impactos diretos no aumento dos custos operacionais das empresas que atuam no transporte rodoviário de cargas, rodoviário e metroferroviário público de passageiros."
"Isso pode gerar redução dos postos de trabalho e inviabilizar novas contratações, além de aumentar o preço médio das passagens e dos fretes, interferindo diretamente na inflação e no valor de produtos e serviços", diz a entidade, em nota.
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) afirmou que o veto deve gerar um aumento de 6,78% nos custos do setor de transporte coletivo por ônibus urbano. Segundo a entidade, se o ato não for revertido, deve haver um reajuste médio das tarifas para o passageiro de até R$ 0,31. "Atualmente, o valor médio da tarifa nacional está em torno de R$ 4,60 e, portanto, pode ultrapassar R$ 4,91 em função do veto."
"Custa a crer que um governo que sempre defendeu o emprego e defende sustentabilidade das empresas está provocando uma catástrofe se nós não resolvermos este assunto em todo o nosso ambiente. Vão parar investimentos, vai haver uma grande demissão de mão de obra, nós vamos ter aumento de custos para a população", afirma Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra).
O presidente da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), John Anthony, afirmou que haverá aumento de preços e da inflação se a decisão não for derrubada pelo Congresso. "Vai acarretar muito desemprego e, além disso, vai ter aumento em produtos, alimentos, transporte público e transporte de carga, fazendo com que a classe mais vulnerável perca seu poder aquisitivo. Também haverá aumento da inflação."
"O fim da política da desoneração ensejará na elevação dos preços dos serviços de TI, reduzindo o acesso e consumo de tecnologia, com consequente perda de competitividade das empresas brasileiras em todos os setores", diz nota conjunta de entidades do setor. O texto é assinado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) e Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo).
Entenda
A prorrogação da desoneração da folha até 2027, um propósito que une entidades empresariais e sindicatos laborais, substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta das empresas. Os 17 segmentos contemplados são: call center, comunicação, calçados, confecção e vestuário, construção civil, construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carrocerias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil/confecção, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
Com a decisão do petista, a medida termina em 31 de dezembro deste ano, com um risco de perda de cerca de 1 milhão de empregos após o fim da validade da desoneração. O veto à prorrogação da desoneração foi recomendado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, por meio de notas técnicas.
Derrubada do veto
A prorrogação da desoneração, no entanto, é defendida pela maioria dos parlamentares do Congresso. O veto de Lula ao projeto é contrário ao posicionamento de 84% dos deputados federais. Dos 513 parlamentares, 430 votaram a favor da proposta.
Impedir a extensão da desoneração também significa ir na contramão da manifestação dos senadores, que aprovaram a matéria por votação simbólica, ou seja, quando não há contagem de votos. Por isso, deve haver uma forte reação do Congresso — que deve derrubar o veto presidencial.
A medida está em vigor desde 2011, quando foi adotada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Quando a concessão entrou em vigor, 56 setores eram contemplados, mas o ex-presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 2018, uma lei que removeu 39 segmentos do regime. A medida valeria até 2021, mas foi prorrogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2023.
sábado, 25 de novembro de 2023
Coluna do professor Trindade - cuidado com o possessivo seu
O pronome seu (e flexões) deve ser usado com economia e cautela, porque, frequentemente, dá ambiguidade à frase.
Observe:
Marina traiu o esposo com seu professor de Matemática. (Com o professor dela ou do esposo?).
João sugeriu a Maria um encontro em sua casa. (Na casa de qual dos dois?).
Ainda quando não dá ambiguidade, o possessivo seu enfeia a frase, por torná-la sibilante, como no exemplo:
A cantora lança hoje seu segundo CD.
ATENÇÃO
Virou “moda” usar o possessivo seu de forma inútil, como no exemplo:
A Constituição Federal, no seu artigo 54, fixa as competências do Presidente da República.
Para que o seu?
Deve-se dizer (e escrever):
A Constituição Federal, no artigo 54, fixa as competências do Presidente da República.
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