domingo, 21 de junho de 2020

Como escrever um texto jornalístico objetivo e imparcial

Instruções gerais


1 - Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalações excessivas ou ordens inversas desnecessárias. Não é justo exigir que o leitor faça complicados exercícios mentais para compreender o texto.

2 - Construa períodos com no máximo duas ou três linhas.

3 - A simplicidade é condição essencial do texto jornalístico. Lembre-se de que você escreve para todos os tipos de leitor e todos, sem exceção, têm o direito de entender qualquer texto.

4 - Adote como norma a ordem direta, por ser aquela que conduz mais facilmente o leitor à essência da informação.

5 - A simplicidade do texto não implica necessariamente repetição de formas e frases desgastadas, uso exagerado de voz passiva, prefira a voz ativa (será iniciado, será realizado), pobreza vocabular, etc. Com palavras conhecidas de todos, é possível escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantes, variadas, fluentes e bem alinhavadas. Nunca é demais insistir: fuja, isto sim, dos rebuscamentos, dos pedantismos vocabulares, dos termos técnicos evitáveis e da erudição literária e científica.

6 - Não comece períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem use repetidamente a mesma estrutura de frase.

7 - Evite tanto a retórica e o hermetismo como a gíria, o jargão, o regionalismo, o coloquialismo e o internetês.

8 - Despreze as longas descrições e relate o fato no menor número possível de palavras. E proceda da mesma forma com elas: por que opor veto a em vez de vetar, apenas?

9 - Em qualquer ocasião, prefira a palavra mais simples: votar é sempre melhor que sufragar; pretender é sempre melhor que objetivar, intentar ou tencionar; voltar é sempre melhor que regressar ou retornar; tribunal é sempre melhor que corte, pretório ou colegiado; eleição é sempre melhor que pleito; entrar é sempre melhor que ingressar; Supremo Tribunal Federal ou simplesmente STF sempre é melhor que pretório excelso, corte suprema ou doutíssimo colegiado; advogado sempre é melhor que causídico, patrono ou defensor; juiz sempre é melhor que julgador ou órgão decisório; recurso sempre é melhor que inconformação; resposta sempre é melhor que contestação; autor ou réu sempre é melhor que demandante, demandado, postulante ou peticionário

10 - Só recorra aos termos técnicos absolutamente indispensáveis e nesse caso coloque o seu significado entre parênteses.

12 - Procure banir do texto os modismos e os lugares-comuns. Você sempre pode encontrar uma forma elegante e criativa de dizer a mesma coisa sem incorrer nas fórmulas desgastadas pelo uso excessivo. Veja algumas: a nível de, deixar a desejar, chegar a um denominador comum, transparência, instigante, pano de fundo, estourar como uma bomba, encerrar com chave de ouro, segredo guardado a sete chaves, dar o último adeus. Acrescente as que puder a esta lista.

13 - Dispense igualmente os preciosismos ou expressões que pretendem substituir termos comuns, como: causídico, Edilidade, soldado do fogo, elenco de medidas, data natalícia, primeiro mandatário, chefe do Executivo, precioso líquido, aeronave, campo-santo, necrópole, casa de leis, petardo, fisicultor, Câmara Alta, etc.

14 - Proceda da mesma forma com as palavras e formas empoladas ou rebuscadas, que tentam transmitir ao leitor mera idéia de erudição. Na redação de vestibular, prova, concurso ou Enem, não há lugar para termos como tecnologizado, agudização, consubstanciação, execucional, operacionalização, mentalização, transfusional, paragonado, rentabilizar, paradigmático, programático, emblematizar, congressual, instrucional, embasamento, ressociabilização, dialogal, transacionar, e outros do gênero.

15 - Não perca de vista o universo vocabular do leitor. Adote esta regra prática: nunca escreva o que você não diria. Assim, alguém rejeita (e não declina de) um convite, protela ou adia (e não procrastina) uma decisão, aproveita (e não usufrui) uma situação. Da mesma forma, prefira demora ou adiamento a delonga; antipatia a idiossincrasia; discórdia ou intriga a cizânia; crítica violenta a diatribe; obscurecer a obnubilar, etc.

16 - O rádio e a televisão podem ter necessidade de palavras de som forte ou vibrante; o texto escrito, não. Assim, goleiro é goleiro e não goleirão. Da mesma forma, rejeite invenções como zagueirão, becão, jogão, pelotaço, galera (como torcida) e similares.

17 - Dificilmente os textos argumentativos justificam a inclusão de palavras ou expressões de valor absoluto ou muito enfático, como certos adjetivos (magnífico, maravilhoso, sensacional, espetacular, admirável, esplêndido, genial), os superlativos (engraçadíssimo, deliciosíssimo, competentíssimo, celebérrimo) e verbos fortes como infernizar, enfurecer, maravilhar, assombrar, deslumbrar, etc.

18 - Termos coloquiais ou de gíria deverão ser usados com extrema parcimônia e apenas em casos muito especiais, para não darem ao leitor a idéia de vulgaridade e principalmente para que não se tornem novos lugares-comuns. Como, por exemplo: a mil, barato, galera, detonar, deitar e rolar, flagrar, com a corda (ou a bola) toda, legal, grana, bacana, etc. Use somente em reproduções de falas ou em entrevistas. Deletar só em textos de informática, prefira apagar ou excluir. Detonar só se forem bombas, prefira provocar ou despertar. Elenco só se forem atores ou artistas, no demais, prefira lista ou relação. Contabilizar só em textos de contabilidade, prefira somar ou totalizar. Alavancar só na reprodução de falas ou entrevistas, no demais, prefira impulsionar ou levantar.

19 - Seja rigoroso na escolha das palavras do texto. Desconfie dos sinônimos perfeitos ou de termos que sirvam para todas as ocasiões. Em geral, há uma palavra para definir uma situação.

29 - Por encadeamento de parágrafos não se entenda o cômodo uso de vícios lingüísticos, como por outro lado; a partir dessa discussão, conclui-se que e outros do gênero. Busque formas menos batidas ou simplesmente as dispense: se a seqüência do texto estiver correta, esses recursos se tornarão absolutamente desnecessários.

31 - Depois de pronto, reveja e confira todo o texto, com cuidado.

48 - Em caso de dúvida, não hesite em consultar dicionários, enciclopédias, almanaques e outros livros de referência. Ou recorrer aos especialistas e aos colegas mais experientes.

Palavras que devem ser evitadas em uma dissertação:

abduzir – sinônimo de afastar, arrebatar e raptar
acrimônia – sinônimo de azedume e mordacidade
adstrito – sinônimo de unido, ligado e apertado
belicoso – sinônimo de agressivo, guerreiro e armífero
capcioso – sinônimo de enganoso, manhoso e ardiloso
chistoso – sinônimo de brincalhão, engraçado e divertido
coalizão – sinônimo de aliança e coligação
cominar – sinônimo de ameaçar (com um castigo)
consociação – sinônimo de conciliação e associação
corolário – sinônimo de resultado, conclusão e consequência
dissentir – sinônimo de discordar e discrepar
eflúvio – sinônimo de perfume e aroma
elucubrações – sinônimo de conjectura, consideração e especulação
empedernido – sinônimo de petrificado, duro e inflexível
engodar – sinônimo de enganar e iludir
exórdio – sinônimo de prólogo e preâmbulo
homizio – sinônimo de esconderijo e valhacouto
idiossincrasia – sinônimo de característica e particularidade
ígneo – sinônimo de ardente e inflamado
influição – sinônimo de influência e influxo
jaez – sinônimo de espécie, tipo e qualidade
lauto – sinônimo de abundante e suntuoso
loquaz – sinônimo de tagarela e falador
mediatário – sinônimo de mediador
opróbrio – sinônimo de vergonha, ofensa e insulto
oscular – sinônimo de beijar
pecúlio – sinônimo de dinheiro, economia e patrimônio
perdulário – sinônimo de esbanjador e gastador
pernóstico – sinônimo de pretensioso, esnobe e afetado
plaga – sinônimo de região e país
procrastinar – sinônimo de adiar e postergar
prolegômenos – sinônimo de princípios e rudimentos
quimera – sinônimo de fantasia, utopia e ilusão
rubicundo – sinônimo de avermelhado e corado
tergiversar – sinônimo de hesitar (com desculpas e rodeios)
ufanismo – sinônimo de nacionalismo e patriotismo
vicissitudes – sinônimo de eventualidade e contingência
vitupério – sinônimo de afronta, injúria e ultraje

100 erros muito comuns em dissertações, reportagens e notícias

Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada. O primeiro capítulo deste manual inclui explicações mais completas a respeito de cada um deles. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles.

1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim:mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal, mesmo o objeto direto estando no plural: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, no sentido de existir, ocorrer e realizar-se, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito, somente objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial ou objeto direto preposicionado. Só na língua dos índios, que, aliás, não é português: mim trabalha, mim caça, mim pesca. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido, almirante da Marinha, general do Exército, brigadeiro da Aeronáutica, abertura inaugural, certeza absoluta, cego dos olhos, criar novos, conclusão final, comparecer pessoalmente, elo de ligação, duas metades iguais, encarar de frente, entrar para dentro, habitat natural, gritar alto, hemorragia de sangue, limite extremo, maluco da cabeça, surdo do ouvido, manter o mesmo, novo lançamento, pisar com os pés, cheirar com o nariz, comer com a boca, lamber com a língua, pessoa humana, prefeitura municipal, bela caligrafia, ortografia correta, regra geral, fone de ouvido, lembrança do passado, despesas com gastos, exultar de alegria, estrelas do céu, labaredas de fogo, repetir de novo, reapresentar novamente, sorriso nos lábios, sua autobiografia, subir para cima, surpresa inesperada, hepatite do fígado, infarto do coração, todos foram unânimes, última versão definitiva, estreia pela primeira vez, mais melhor, 24 horas por dia, vereador da cidade / da Câmara Municipal, consenso geral, evidência concreta, protagonista principal, deferir favoravelmente, resultado do laudo, escalada crescente, templo sagrado, dupla de dois, fraternidade humana, demente mental, medidas extremas de último caso, infiltrar-se para dentro, brisa matinal da manhã, detalhes minuciosos, sintomas indicativos, experiência anterior, retrospectiva passada, planejar antecipadamente, escolha opcional, empréstimo temporário, retornar de novo, expectativa futura, seguir em frente, demasiadamente excessivo, consultoria especializada, modelo de referência, multidão de pessoas, um mês de mensalidade, fato real, outra alternativa, acabamento final, preconceito intolerante, vandalismo criminoso, urgência urgentíssima, possivelmente poderá ocorrer, a razão é porque, destaque excepcional, alvo certo, avançar para frente, luzes acesas, jantar de noite, plano para o futuro, safra agrícola, fone de ouvido, expressamente proibido, autocontrolar-se.

9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas:Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como ver ou pertencer exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. / FGTS é um direito que assiste ao trabalhador. (muito usual no meio jurídico) Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória. No entanto, diz-se: Gosto mais de Português do que de Matemática.

13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado, a menos que o sujeito seja oracional: Quem ensina, aprende. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o verbo e o objeto, entre o verbo e o agente da passiva, entre o verbo de ligação e o predicativo, entre o nome e o complemento nominal ou adjunto adnominal, entre a oração principal e a oração subordinada substantiva (exceto a apositiva) e entre a oração adjetiva restritiva e a oração principal, e antes de oração adverbial consecutiva: O prefeito prometeu novas denúncias.

14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinquenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro), "ressucitar" (ressuscitar), "chingar" (xingar), "supertição" (superstição), "triologia" (trilogia).

Não se deve confundir vultuoso com vultoso.

A grafia 'beneficiente' surgiu por uma falsa associação entre palavras como eficiência/eficiente, deficiência/deficiente, proficiência/proficiente, consciência/consciente, ciência/ciente etc.

As grafias acenção e assenção surgiram por se estabelecer uma relação entre as palavras ascensão e assunção

A grafia 'impecilho' surgiu por se estabelecer uma ligação errada entre o verbo empecer, que significa prejudicar, e o verbo impedir

Em cheques, erradamente se escreve cincoenta por influência de cinco

A grafia excessão surgiu por associação da palavra exceção com a palavra excesso. Exceção significa o ato de excluir. Excesso é o resultado do ato de exceder.

A grafia 'previlégio' surgiu por associação com palavras que se iniciam com 'pre' e funcionam como prefixo.

A grafia 'advinhar' surgiu por associação com palavras que têm consoante muda, como advogado, advento, advertir, adjetivo, advérbio, adversário, advertência, administrar, admirar, admitir, admissão etc.

Benvindo, como substantivo, só existe como nome próprio.

A errada grafia 'ressucitar' surgiu por associação com a palavra ressurreição.

A errada grafia 'triologia' surgiu por associação de trilogia com a palavra trio.

15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. Esses substantivos só se usam no plural, por convenção.

16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser complemento ou adjunto. Esses pronomes só funcionam como sujeito ou predicativo. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto, exceto se tiver valor possessivo no contexto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama. Mas: Acariciou-lhe os cabelos. (acariciou os seus cabelos)

18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito, quando o sujeito está apassivado pelo pronome SE: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição, adjetivo ou advérbio não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos. / Ainda se vai à missa no interior. / Era-se mais feliz naquela casa. / Respeitou-se às normas.

20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em, como ocorre com os verbos estáticos: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade. Implicar só admite a preposição em no sentido de envolver-se, comprometer-se: Ele se implicou em crimes hediondos. Esse uso surgiu por influência do verbo resultar, que é transitivo indireto e exige a preposição em: Recessão resulta em desemprego.

22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão. Custas só existe como sinônimo de despesas de processo judicial, e não com sentido de dinheiro, sacrifício, recursos, influência ou dependência.

23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros:caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, parte de um todo, segmento, e sessão equivale a reunião, intervalo de tempo ou exibição de um filme ou programa: seção eleitoral, seção de moda, seção de limpeza, seção do jornal; sessão da Câmara, sessão da tarde, sessão espírita, sessão fotográfica, sessão de terapia.

26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina, e não feminina, como ocorre no sentido de relva: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, a dinamite, a apendicite, a derme, a libido, etc.

27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. Qualquer é pronome de sentido afirmativo, deve ser usado com valor de indeterminar, generalização.

29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

30 - Soube que os homens "feriram-se". Os pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos atraem o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha, e não espinho, como têm as plantas. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso ou virtuoso, "cabeçário" (cabeçalho).

A casa é geminada (de gêmeos), e não germinada (de germinação). Troca-se o fusível (peça de instalação elétrica), e não o fuzil (arma de fogo). A forma 'cabeçário' surgiu por associação com berçário ou vestiário ou com palavras como estagiário, bancário, bibliotecário, empresário ou operário, que indicam profissão ou lugar.

32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?. Onde só se usa em referência a lugares reais ou virtuais. Quando não houver essa indicação, usa-se em que ou no qual.

33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram.Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.

35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia, embora se refira a um adjetivo no feminino ou no plural: meio louca, meio esperta, meio amiga. Meio, numeral, varia: meio limão, meia laranja. Como substantivo, varia: Trem e ônibus são meios de transporte.

36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui. / Se ligue na revisão. / Saia da Sibéria e venha para a Net já. / Você quer um desconto? Faça um 21. / Saia que é sua, Taffarel. / Se você gosta de cerveja, experimente esta.

37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. Nada a haver significa nada a receber: Não temos nada a ver da herança de nossos avós.

38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. 'Emprestar de' é imitação de construção francesa.

40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa censurar: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano. Taxar significa tributar ou avaliar positivamente: Os produtos serão taxados pelo governo. / O cliente foi taxado de herói.

41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Embora muitos gramáticos considerem essa concordância facultativa, um dos que, em documentos oficiais, artigos científicos e redações, faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.

42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos ou quebrados, somente com números redondos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe como particípio, somente no presente do indicativo. O certo: Tinha chegado atrasado.

45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo (derivação imprópria), não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.

46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc., por se tratar de expressão, e não de substantivo composto. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.

47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega. Casar e noivar, no entanto, exigem a preposição com. 

48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.

49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional), futuro do subjuntivo ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").

51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica tempo passado, existência ou acontecimento e equivale a faz, acontece ou existe enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz, ocorre ou existe): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a(tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, sem ser seguida da preposição a: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.

54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe, isso é imitação de construção italiana: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.

56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular e literária, a locução não existe. Use porque, com orações subordinadas adverbiais causais: Ficou contente porque ninguém se feriu. Ou por causa de, com adjuntos adverbiais de causa: Ficou contente por causa da ausência de lesões.

57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.

58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem. Também existe a medida que, quando o que é pronome relativo: A medida que ele tomou foi drástica.

59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). O substantivo receio se escreve com i, mas o adjetivo receoso e o verbo recear se escrevem sem i. Da mesma forma, o substantivo estreia se escreve com i, mas o adjetivo estreante e o verbo estrear se escrevem sem i, o substantivo recheio se escreve com i, mas o adjetivo recheado e o verbo rechear se escrevem com i.

60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.

61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses.(O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)

62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.

63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.

64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi. O u mudo não exige trema: quente, química, guerra, guitarra.

65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.

66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os, exceto quando se segue um pronome: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto. Mas: Todos aqueles amigos o elogiavam.

67 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores. Se o verbo favorecer for substituído pelo adjetivo favorável, a preposição será obrigatória: A decisão foi favorável ao time da casa.

68 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia. Mesmo, usado no sentido de embora, é invariável: Mesmo não tendo condições, elas compraram um terno.

69 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos"). Mesmo é pronome demonstrativo, sua função é retomar uma oração ou reforçar um termo de natureza substantiva.

70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.

72 - A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável, conformidade: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa contrariedade, oposição: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.

73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa oposição: Ao invés de entrar, saiu.

74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser(de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer),predissermos.

75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. Os demais verbos terminados em iar se conjugam como confiar: anunciar, evidenciar, licenciar, etc. Só em Portugal se conjuga negoceio, negoceias, negocia, etc.

76 - Ele "adequa" seu comportamento à situação. Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc. Substitua essas formas por adapta ou adapte, por exemplo. O dicionário Houaiss considera válida a forma 'adéqua'.

77 - Evite que a bomba "exploda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "quero que ela exploda" ou "eu explodo de raiva", substituindo essas formas por estouro ou estoure, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Não vem de ver, nem de haver, nem de vir. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", substitua essas formas por previno ou previna, acautelo ou acautele, por exemplo. O dicionário Houaiss considera válida a forma 'exploda'.

78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este conserva a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê" etc., substituindo essas formas por recupero ou recupera, resgato ou resgata, por exemplo. São defectivos também os verbos abolir, colorir, demolir, extorquir, falir, computar, viger e ressarcir.

79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer, pôr, usar e seus derivados: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. Quiz existe como substantivo, sinônimo de questionário.

80 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens.Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, contribui, retribui, evolui, substitui, instrui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue, acentue, efetue, habitue, situe.

81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar real ou virtual: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...

82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas alguém é informado de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados. / Os empregados foram informados da decisão. Da mesma forma, uma coisa é perguntada, mas a pessoa é questionada: a polícia perguntou se houve um acidente, mas nós fomos questionados.

83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial para diferenciar da preposição por: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc. Nenhum derivado de pôr é acentuado: depor, propor, impor, repor, expor, compor, supor, antepor, etc.

84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.

85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre), que se associa com o pronome de tratamento Vossa Eminência, usado para cardeais. Nem tráfico (negócio ilícito) com tráfego (trânsito), ratificar (corrigir) com ratificar (confirmar), apóstrofe (figura de linguagem) com apóstrofo (sinal gráfico), deferir (autorizar) com diferir (diferenciar), descriminar (inocentar) com discriminar (segregar), flagrante (evidente) com fragrante (perfumado), infração (desvalorização do dinheiro) com inflação (violação), emigrar (sair da pátria) com imigrar (entrar em um país estrangeiro para nele morar), incidente (episódio) com acidente (desastre), suar (transpirar) com soar (emitir som), usuário (aquele que usa) com usurário (agiota), sortir (abastecer) com surtir (produzir evento), retalhar (cortar em pedaços ou retalhos) com retaliar (pagar ofensa com ofensa), delatar (denunciar) com dilatar (estender) ou deletar (apagar), prescrever (recomendar) com proscrever (proibir), despercebido (não notado) com desapercebido (desprevenido), treplicar (refutar com tréplica) com triplicar (tornar três vezes maior), intimorato (corajoso) com intemerato (íntegro), vultoso (importante) com vultuoso (inchado), ablação (ato de extrair) com oblação (oferta feita a Deus ou aos santos).

86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem.A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Embora a palavra cumprimentar seja cognata de cumprimento, o substantivo comprimento não possui uma palavra cognata que seja verbal.  Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).

87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa, nunca de forma independente em frases afirmativas: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. Se quer é a sequência da conjunção se com o verbo querer.

88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores(não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.

89 - "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).

90 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").

91 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado, visto ou sentido. Desapercebido significa desprevenido.

92 - "Haja visto" seu empenho... O conectivo é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. Não existem haja vistos nem haja vistas. Haja visto é tempo composto do verbo ver: Espero que vocês hajam visto a novela.

93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.

94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. /Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... O sujeito pode ter complemento, mas não ser complemento. A regra não é rígida. Muitos gramáticos aceitam essa contração como uma variante linguística.

95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").

96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.

97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto final ou expoente. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.

98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias... No entanto, devido a é invariável: devido à igualdade, devido aos problemas. Devido a é uma locução prepositiva (invariável), enquanto dado, dada, dados e dadas são formas do particípio do verbo dar.

99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.

100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas locuções, embora seja facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

1 - Quando "estiver" voltado da Europa. Nunca confunda tiver e tivesse com estiver e estivesse. Assim: Quando tiver voltado da Europa. / Quando estiver satisfeito. / Se tivesse saído mais cedo. / Se estivesse em condições. Tive-se não existe, só se você inventar novas regras para a gramática.

2 - Que "seje" feliz. O subjuntivo de ser e estar é seja e esteja: Que seja feliz. / Que esteja (e nunca "esteje") alerta.

3 - Ele é "de menor". O de não existe: Ele é menor ou menor de idade.

4 - A gente "fomos" embora. Concordância normal: A gente foi embora. / Nós fomos embora. E também: O pessoal chegou (e nunca "chegaram"). / A turma falou.

5 - De "formas" que. Locuções desse tipo não têm s: De forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que, etc.

6 - Fiquei fora de "si". Os pronomes combinam entre si: Fiquei fora de mim. / Ele ficou fora de si. / Ficamos fora de nós. / Ficaram fora de si. Esta regra se aplica a qualquer verbo: Iludi a mim mesmo. / Ele iludiu a si mesmo. / Nós iludimos a nós mesmos. / Eles iludiram a nós mesmos.

7 - Acredito "de" que. Não use o de antes de qualquer que: Acredito que, penso que, julgo que, disse que, revelou que, creio que, espero que, etc. Somente se o verbo ou nome exigir a preposição de, este será indispensável: gosto de que, preciso de que, lembrei de que, esqueci de que, fui informado de que, estou certo de que, estou isento de que, sou merecedor de que, estou acusado de que, estou carente de que, tenho certeza de que, tenho impressão de que, tenho urgência de que, tenho medo de que, tenho compreensão de que.

8 - Fale alto porque ele "houve" mal. A confusão está-se tornando muito comum. O certo é: Fale alto porque ele ouve mal. Houve é forma de haver: Houve muita chuva esta semana.

9 - Ela veio, "mais" você, não. É mas, conjunção, que indica contrariedade, oposição: Ela veio, mas você, não. Mais indica adição ou quantidade: Eles trabalharam mais do que o esperado. / Sete mais três são dez.

10 - Fale sem "exitar". Escreva certo: hesitar (estar indeciso) e excitar (despertar, estimular). Existe o substantivo êxito (sucesso, resultado favorável), que não tem nada a ver com hesitação (incerteza, insegurança) ou excitação (estímulo).

Veja outros erros de grafia e entre parênteses a forma correta: "areoporto" (aeroporto), "metereologia" (meteorologia), "deiche" (deixe), enchergar (enxergar), "exiga" (exija), 'asterístico' (asterisco), 'bicabornato' (bicarbonato), 'toráxico' (torácico), 'supérfulo' (supérfluo), 'losângulo' (losango), 'conhecidência' (coincidência), 'poliomelite' (poliomielite), 'célebro' (cérebro), 'entertido' (entretido), 'madastra' (madrasta), 'intrevista' (entrevista), 'milhonário' (milionário), 'degladiar' (digladiar), 'pobrema' (problema), 'cardaço' (cadarço), 'largatixa' (lagartixa), 'excessão' (exceção), 'exceço' (excesso), 'pertubar' (perturbar), 'padastro' (padrasto), 'estrupo' (estrupo), 'mendingo' (mendigo), 'estrupo' (estupro), 'cabelereiro' (cabeleireiro), 'mortandela' (mortadela), 'espontaniedade' (espontaneidade), 'trabisseiro' (travesseiro), 'intinerante' (itinerante). E nunca troque menos por "menas", verdadeiro absurdo lingüístico. É igual a Papai Noel: não existe.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Segunda Dama - Equipe de produção - Memória Globo

Série é escrita por: Heloísa Périssé, Paula Amaral e Isabel Muniz
História de: Filipe Miguez e Izabel de Oliveira
Sinopse: Cláudio Paiva
Redação final: Cláudio Lisboa, Nilton Paiva
Consultor de texto: Filipe Miguez
Colaboração: Denise Crispun, Márcio Wilson, Adriana Chevalier, Cláudia Gomes, Júlia Spadaccini, Felipe Flexa, Luiza Yabrudi e Carla Flaor
Supervisão de texto: João Emanuel Carneiro
Direção: Daniela Braga, Clara Kutner
Direção núcleo: Wolf Maya
Direção-geral: Carlos Araújo, Maurício Farias
Direção de produção: Carla Mendonça
Período de exibição: 15/05/2014 – 10/07/2014
Horário: 23h30
Nº de episódios: 9

Elenco

Carolina Pismel – Ceição

Dan Stulbach – Paulo Hélio Garcez

Elizangela – Edinéia

Fabio Lago – Tito

Helio de La Peña – Edmúcio

Heloísa Périssé – Analu e Marali

Heloisa Santiago – Analu criança

Hermila Guedes – Zilda

João Pedro Zappa – Greg

José Loreto – Kaíke

Laura Cardoso – Sarah Garcez

Ludmila Santiago – Marali criança

Zezeh Barbosa – Ditinha

Autorização especial: Sated Rj

Cenografia: Fábio Rangel e Mauro Vicente

Cenógrafos assistentes: Larissa Anibolete,  Daniel Cordeiro e Diana Domingues

Figurino: Natalia Duran

Figurinistas assistentes: Ana Argolo Agapito, Ana Carolina Almeida e Silvia Cavalnti

Equipe de apoio ao figurino: José Luiz Melo, José Lima Ferreira, Thiago Carneiro Da Silva, Maria Da Conceição Dos Anjos, Neide Aparecida De Souza e Ana Lucia De Sá

Direção de fotografia: Nonato Estrela

Direção de iluminação: José Luis Fernandes De Souza

Equipe de iluminação: Felipe Amaral, Raphael Dos Santos Teixeira, Leonardo Alves dos Santos Franco e Robson Simoneti

Produção de arte: Isabela Sá

Produção de arte assistente: Juliana Levenhagen, Adriana Simões, Daniela Antunes e Carolina Gomes

Equipe de apoio à arte: Jorge Cirilo, Aristides Paschoal, Paulo Reboredo, Gerson Peixoto e Ronaldo Ferreira

Produção de elenco: Rosane Quintaes

Coreografia: Fly

Instrutores de dramaturgia: Vera Freitas, Sérgio Penna, Marcia Rubin e Mareliz Rodrigues

Consultoria musical: Hermano Vianna

Produção musical: Roger Henri

Direção musical: Mariozinho Rocha

Consultoria de dublagem: Marly Santoro de Brito

Desenho de caracterização: Alê Souza

Caracterização: Anna Van Steen

Equipe de apoio à caracterização: Leonardo Almeida, Ancelmo Salomão Saffi, Deivid Bogo, Luciene Mello e Monique Diogo

Edição: Fávio Zettel e Diego Gonzales

Colorista: Marcello Pereira

Sonoplastia: Kesner Pushmann, Carlos Wagner e Claudio Valdetaro

Efeitos visuais: Mariana Rocha, Jonathan Raw e Mauro Heitor

Efeitos especiais: Ricardo Menezes

Abertura: Alexandre Pit Ribeiro e Rodrigo Gomes

Ilustração da abertura: Flávio Mário Gelli e Elifas Andreato

Câmeras: Anderson Accioly, Reginaldo Roque e Edilson Giachetto

Equipe de apoio à operação de câmera: Alessandro dos Santos, Eptacio Alves do Nascimento, Alexandre Barreto e Rafael De Souza Lopes

Equipe de vídeo: José Carlos Gonçalves, Mirian Pinto Carvalho e Reginaldo Silveira Vieira

Equipe de áudio: Jocimar Marques Cardoso, Juliana Marron Ribeiro e Ademar De Souza Rosa, Marco Paulo Damiano

Supervisor e op. sistema: Adelto Martins, Dannyo Escobar, Felipe Feijó, Gabriel Eskenazi e Ricardo Balthazar

Gerente de projetos: Marco Tavares

Produção de cenografia: Eduardo Areal

Equipe de cenotécnica: Thiago Nascimento Dos Santos, Ivanildo Luiz Da Silva, Igor Guerra, Nelson Pereira Iris, Sebastião Camilo Leite Junior, Diego Da Silva Ignácio, José Domingos Da Silva Filho, Marco Antonio Coelho De Souza, Flávio Da Silva Castilho, Fabiano De Jesus Correa, Fernando Silva Dos Santos, Osvaldo Neves, Genecy Francisco Leal, Valmir Da Conceição Procópio, Luiz Mário Salvador, Cátia Oliveira Eloy e Simone Oliveira Eloy

Supervisão de produção de cenografia: Alexandre da Silva Santanna, Sergio Rodrigues de Souza, Claudio Silva Santos, Norival de Oliveira Eloy Moreira e Marcos Antonio de Vasconcellos

Pesquisa de texto: Júlia Schnoor

Pesquisa de imagem: Madalena Prado de Mendonça

Consultoria: Virgínia Casé

Continuidade: Eliane Freitas e Juliana De Bonis

Assistentes de direção: Diego Schliemann e Benjamin Hassan

Produção de engenharia: Carlos Câmara

Equipe internet: Juliana Saboya, Hellen Couto, Bruno Toledo e Nilo Maia

Equipe de produção: Camila Morais, Leandro Naja, Renata Rossi, Claudio Nunes, Tamara Araújo, Fernanda Neves, Danillo Maciel, Daniel Dias, Lorrana Casesque, Ricardo Ferrarezi e Julio Dias

Coordenação de produção: Rodrigo Leão

Supervisão executiva de produção: Silvaldo Fernandes, João Romita, Marcelo Polaco, Gilberto Garcia, Vladimir Carvalho, Lucas Zardo

Supervisão executiva de produção de linha: Mario Jorge

Produção executiva:
Direção: Carla Mendonça

Núcleo: Wolf Maya

Merchandising: Lukscolor Tintas, Extra Hipermercados

''Esta é uma obra coletiva de ficção
baseada na livre criação artística
e sem compromisso com a realidade''

sábado, 25 de janeiro de 2020

60 anos - Jornal Correio da Paraíba

O jornal Correio da Paraíba está comemorando 60 anos de história. Para celebrar a data, o Sistema Correio de Comunicação, que engloba ainda o jornal JÁ, a RCTV, a TV Correio, o Portal Correio a revista Premium e diversas rádios na Capital e no interior do Estado, lançou uma edição especial do jornal, um selo comemorativo dos Correios e Telégrafos e um livro especial que conta as seis décadas de existência.
A edição especial do Jornal Correio circulou nessa segunda-feira (5), feriado que marca o aniversário de João Pessoa.  O lançamento do livro dos 60 anos e do selo comemorativo dos Correios e Telégrafos será na próxima quarta-feira (07).

Depoimentos sobre o fazer jornalístico, entrevistas e relatos de ex-editores, comentários dos dirigentes sobre o presente e o futuro do jornalismo impresso, além da reprodução de capas históricas e mensagens especiais de empresas parceiras integram o livro “Correio da Paraíba 60 anos, em dia com a história”. O lançamento acontecerá no Espaço Massai Experience, localizado no bairro do Bessa, em João Pessoa, a partir das 20h.

Um pouco de história - A primeira manchete do Correio da Paráiba, que dizia “Luto e silêncio na cidade serrana”, noticiou a morte do político e jornalista Félix Araújo, em Campina Grande. Conforme noticiou a reportagem, 50 mil pessoas participaram do velório do paraibano, que nasceu em Cabaceiras, mas ganhou notoriedade na Rainha da Borborema.

Nos dias seguintes, jornais da época comentaram o aparecimento do Correio da Paraíba: ‘O Norte’ e ‘A União’ dedicaram artigos sobre o novo periódico. No Rio de Janeiro, também recebeu homenagens do Diário Carioca. Em Pernambuco, também foi repercutido pelo Diário de Pernambuco.

Ao longo da história do jornal, o time da redação foi composto por profissionais notáveis, como Biu Ramos, Gonzaga Rodrigues, Soares Madruga, Dorgival Terceiro Neto (ex-governador e ex-prefeito de João Pessoa), Luiz Augusto Crispim, Luiz Ferreira, Carlos Roberto de Oliveira, João Manoel de Carvalho, Agnaldo Almeida, Dulcídio Moreira, entre outros.

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Conceito das 10 classes gramaticais - Rafaela Motta

Substantivo:

A) Definição: palavra que nomeia seres, coisas, pessoas, lugares, sentimentos, eventos etc.
B) Relação: núcleo da função sintática
C) Função sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo do objeto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo
D) Variação: gênero, número e grau
E) Classificação: simples, composto, primitivo, derivado, comum, próprio, concreto, abstrato e coletivo, além da locução substantiva

Artigo:

A) Definição: palavra que individualiza ou generaliza o substantivo, determinando-o ou indeterminando-o
B) Relação: satélite de um substantivo
C) Função sintática: adjunto adnominal
D) Variação: gênero e número
E) Classificação: definido e indefinido

Adjetivo:

A) Definição: palavra que indica qualidade, condição, característica, aparência, aspecto, defeito, estado ou local de origem a um substantivo ou pronome
B) Relação: satélite de substantivo ou equivalente
C) Função sintática: adjunto adnominal ou predicativo
D) Variação: gênero, número e grau
E) Classificação: simples, composto, primitivo, derivado, pátrio, explicativo e restritivo, além da locução adjetiva

Numeral:

A) Definição: palavra que indica quantidade, ordem, multiplicação ou divisão de uma quantidade
B) Relação: satélite de substantivo ou equivalente ou núcleo da função sintática
C) Função sintática: adjunto adnominal (quando numeral adjetivo) ou funções próprias do substantivo (quando numeral substantivo)
D) Variação: gênero e número. Na linguagem coloquial e literária, apresentam variação em grau.
E) Classificação: cardinal, ordinal, multiplicativo, fracionário e coletivo

Pronome:

A) Definição: palavra que substitui, retoma ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço, no tempo ou no próprio texto
B) Relação: satélite de substantivo ou equivalente ou núcleo da função sintática
C) Função sintática: adjunto adnominal (quando pronome adjetivo) ou funções próprias do substantivo (quando pronome substantivo)
D) Variação: gênero, número e pessoa
E) Classificação: pessoal (reto, oblíquo e de tratamento), possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo, relativo, reflexivo e recíproco, além da locução pronominal

Verbo:

A) Definição: palavra que expressa um processo: ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, existência, acontecimento, desejo, conveniência ou atividade mental
B) Relação: núcleo que recebe um complemento
C) Função sintática: núcleo do predicado verbal ou do predicado verbo-nominal, exceto o verbo de ligação
D) Variação: número, pessoa, tempo, modo, voz e aspecto
E) Classificação: regular, irregular, anômalo, defectivo, abundante, auxiliar, pronominal, reflexivo, impessoal, unipessoal e vicário, além da locução verbal

Advérbio:

A) Definição: palavra que indica uma circunstância
B) Relação: satélite de verbo, de um adjetivo, de um outro advérbio ou de uma oração inteira
C) Função sintática: adjunto adverbial
D) Variação: grau (em alguns)
E) Classificação: lugar, tempo, modo, intensidade, afirmação, negação, dúvida, limite, direção, frequência, efeito, oposição, causa, concessão, conformidade, finalidade, condição, meio, instrumento, assunto, companhia, preço, quantidade, referência/limitação, ordem, medida, peso, matéria, proporção, reciprocidade, substituição/troca, favor, exclusão, inclusão, consequência/conclusão e argumento, além da locução adverbial e das palavras denotativas: de adição, de afastamento, de afetividade, de aproximação, de designação, de exclusão, de explicação, de inclusão, de limitação, de retificação, de realce/expletiva e de situação

Preposição:

A) Definição: palavra que liga dois termos ou duas orações (reduzidas), estabelecendo relações entre elas
B) Relação: não possui
C) Função sintática: não exerce
D) Variação: não há (palavra invariável)
E) Classificação: essencial, acidental e locução prepositiva

Conjunção:

A) Definição: palavra que liga duas orações (desenvolvidas) ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo relações de causa, tempo, condição, consequência, adição, oposição etc.
B) Relação: não possui
C) Função sintática: não exerce
D) Variação: não há (palavra invariável)
E) Classificação: coordenativa, subordinativa e locução conjuntiva
F) Divisão das coordenativas: aditiva, adversativa, alternativa, explicativa e conclusiva
G) Divisão das subordinativas: causal, consecutiva, concessiva, condicional, conformativa, comparativa, temporal, final, proporcional e integrante

Interjeição:

A) Definição: palavra que expressa emoções, sensações, estados de espírito
B) Relação: não possui
C) Função sintática: não exerce
D) Variação: não há (palavra invariável)
E) Classificação: de alegria (ou satisfação), de dor (ou tristeza), de aplauso (ou aprovação), de animação (ou estímulo), de desejo (ou intenção), de surpresa (espanto ou admiração), de impaciência (ou contrariedade), de silêncio, de alívio, de medo (ou terror), de advertência, de concordância, de repulsa (ou desaprovação), de dúvida (ou incredulidade), de socorro (ou pedido de auxílio), de saudação, de chamamento (ou invocação), de afugentamento, de agradecimento, de desculpa, além da locução interjetiva

Eliminatórias - Soletrando 2008

Primeira Eliminatória - Amapá está na semifinal!

A amapaense Auricélia do Nascimento venceu os representantes de Goiás e da Paraíba, tornando-se a primeira semifinalista do Soletrando 2008.

Segunda Eliminatória - Minas Gerais está na semifinal!

O mineiro Éder Coimbra venceu os representantes do Tocantins e do Distrito Federal, tornando-se o segundo semifinalista do Soletrando 2008.

Terceira Eliminatória - Ceará está na semifinal!

O cearense Bryan Feitosa venceu as representantes do Pará e de Roraima, tornando-se o terceiro semifinalista do Soletrando 2008.

Quarta Eliminatória - Bahia está na semifinal!

A baiana Vanessa Carvalho venceu as representantes do Rio Grande do Sul e de Pernambuco, tornando-se a quarta semifinalista do Soletrando 2008.

Quinta Eliminatória - Paraná está na semifinal!

A paranaense Thafne Souza venceu as representantes do Acre e de São Paulo, tornando-se a quinta semifinalista do Soletrando 2008.

Sexta Eliminatória - Rio de Janeiro está na semifinal!

A carioca Amanda Costa venceu as representantes de Rondônia e de Sergipe, tornando-se a sexta semifinalista do Soletrando 2008.

Sétima Eliminatória - Santa Catarina está na semifinal!

A catarinense Fabíula Ribeiro venceu as representantes do Maranhão e do Amazonas, tornando-se a sétima semifinalista do Soletrando 2008.

Oitava Eliminatória - Mato Grosso está na semifinal!

A mato-grossense Valéria Figueiredo venceu as representantes do Piauí e do Rio Grande do Norte, tornando-se a oitava semifinalista do Soletrando 2008.

Nona Eliminatória - Espírito Santo está na semifinal!

A capixaba Beatriz Lacerda venceu as representantes de Alagoas e do Mato Grosso do Sul, tornando-se a nona semifinalista do Soletrando 2008.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Dicionário Michaelis - telever

telever
te·le·ver

vtd neol Assistir a uma programação pela televisão.
ETIMOLOGIA
voc comp do gr tēle+ver.

Irreg. - conjug. v.: ver. Pres. subj.: televeja, televejas etc. Cf.: Talaveja, antr.

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